Último Suspiro
Salvador, 04 de setembro de 2000
Deitada na laje fria de mármore,
Teus seios brilhavam a luz do luar.
E tuas formas seminuas, lânguidas,
Resvalam pelos mantos de cetim.
De teu torso níveo, tua tez macia,
Entrevia uma seara fremente
No qual a Vida ainda vegetava
Em luxuriosos desejos e amores.
Teu hálito de canela rescindia
Enquanto meus lábios juntavam-se
Aos teus em um beijo funéreo.
Pouco depois, o teu corpo arfava
Em pecaminosos espasmos e gozos
Que lhe sugavam u’a última gota vital.
Um comentário:
Forte, muito forte! Marcante!
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