Talvez de todos os homens de Estado da monarquia tenha sido o
único apto a ocupar qualquer dos postos com a mesma proficiência e mesmo, se as
circunstâncias o obrigavam a tanto, todos a um tempo. A sua atividade era igual
à sua capacidade.Joaquim Nabuco,
sobre o Barão de Uruguaiana[1]
Contando com apenas treze anos de emancipação
civil do município e onze anos de emancipação eclesiástica, a então Vila de
Nova Valença era um município em franco desenvolvimento: a população já
superando a casa dos 5.000 habitantes desde 1808 e em 1811 já com uma escola de
primeiras letras - criada por decisão de D. Marcos de Noronha e Britto, o Conde
dos Arcos. E sua economia estava baseada no corte de madeiras e lavouras de
café, arroz e mandioca (para fabrico da farinha), destinadas ao abastecimento
de Salvador. E contava com uma estrada que ligava o porto de Valença ao Rio
Doce[2].
Reflexos da mudanças que passava o Brasil na
época? Talvez. As guerras napoleônicas fizeram que a corte portuguesa
transferisse a sede do Império para o Rio de Janeiro, e com ela a então colônia
começou a respirar os primeiros ares cosmopolitas: portos abertos às nações
amigas (leia-se, Inglaterra), surgimento do Banco do Brasil, das Academias
Militar, Naval e de Medicinas (Salvador e Rio de Janeiro), dos primeiros
jornais, da Biblioteca Nacional e do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Como
represália à invasão franco-espanhol do Portugal Continental, os
luso-brasileiros invadem a Guiana Francesa e a Cisplatina, entendendo o litoral
do Brasil da foz do Prata até às margens do Caribe. Não tardaria que até o
status político do Brasil mudasse para algo digno da nova capital de um grande
império colonial lusitano[3].
E no rastro das radicais mudanças que esse
início de século promovia nas margens do Atlântico, um pouco dessa aura
respingou na Vila de Nova Valença, freguesia do Sagrado Coração de Jesus. entre
1807 e 1815, uma geração pródiga nascia sob os encantos dos rios Una e
Jequiriçá. Na família do Capitão-Mor Bernadino Madureira nasciam os meninos
Bernadino, Cassimiro e Izidro[4] (respectivamente os
futuros Comendador responsável pela construção da fábrica de tecidos Nossa
Senhora do Amparo, o Desembargador do Tribunal de Justiça e o Barão de
Jiquiriçá, fundador da Santa Casa de Misericórdia de Valença). Na família
Vasconcelos, os meninos João Antonio e Zacarias[5], [6] (respectivamente os
futuros presidentes do Supremo Tribunal de Justiça e Conselheiro do Império)
nasciam em 1807 e 1815. E na família Muniz da Silva Ferraz nascia o menino Ângelo
em 03 de novembro de 1812. Batizado na fé católica, a intenção da família é que
Ângelo ouvi-se as vozes angelicais e seguisse a carreira eclesiástica. E, mesmo
não dispondo de grandes posses materiais (contudo, possuindo
inteligência,coragem e energia que o levaria longe), é enviado para Salvador,
onde é aluno de humanidades do Fr. João Quirino Gomes, no colégio da Palma.
Mas, como observou Sébastien Auguste Sisson[7]:
A
elevação do Brasil à categoria de Reino, e a mudança da sede da monarquia
portuguesa para a América, tinha despertado ambições, e fortalecido esperanças,
de modo que a mocidade principiou a aspirar a um futuro mais lisonjeiro, e
próspero. Muitos jovens votados ao serviço dos altares, desfizeram os planos de
suas famílias. As novas idéias, e a abertura de cursos jurídicos no país (1828)
libertaram as inclinações forçadas.
Assim como outros, Ângelo Moniz da Silva
Ferraz, com 18 anos, segue em 1830 para Olinda, a fim de estudar na recém
criada Academia de Direito. Viria ser colega dos jovens José Nabuco de Araújo
(pai) e João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu, seus futuros pares Senado como .
Nos anos passados em Pernambuco começou a militar na imprensa, defendendo um
Conservadorismo Moderado. Em 1833, outro valenciano viria estudar Direito em
Olinda: Zacarias de Góis de Vasconcelos, já amigo de um certo jovem chamado
João Maurício Wanderley, o futuro barão de Cotegipe. Túlio Vargas lembra que
aquela turma de bacharéis do norte viria se torna a "flor da inteligência
daqueles tempos"[8]. Veio a se formar em
1834. Com 22 anos e o diploma de Direito nos braços, as asas do menino Ângelo
não esperariam muito para mostrar na águia que se tornara o bacharel Silva Ferraz.
Recém formado em Direito, partiu junto com o
colega Cansanção de Sinimbu para lutar ao lado das tropas legalistas na
Cabanagem, participando na retomada do povoado de Jucuípe[9], [10]. Em 1835, foi promotor
público em Salvador, sendo transferido em 1837 para Jacobina, onde assumiu o
cargo de Juiz de Direito. Sua reputação de juiz íntegro e honesto deram-lhe os
méritos para ser eleito Deputado Provincial em 1838 pelo Partido Conservador,
sendo reeleito para o cargo até 1843. Na sua primeira legislatura, envia uma
petição ao Poder Moderador pedindo anistia aos revoltosos que participaram da
Sabinada. Apesar de ter sido contrário ao movimento revoltoso, tinha amigos
pessoais entre os vencidos e não admitiu que as perseguições aos fossem abusivas,
censurando-as com veemência[11], [12].
Em 1842 é eleito Deputado Geral até 1848. Nessa
época passa a liderar um grupo oposicionista. Tido com um a grande orador,
Sebastien Sisson louvou sua cultura e seus dons como tribuno, capaz de dar
orgulho ao partido e fazer tremer os adversários[13]. Contudo, segundo
Humberto de Campos registra que, pelo menos uma vez, isso não o salvou de um
divertido aparte[14]. Em 1843, foi removido
da Comarca de Jacobina para a vara de Juiz de Feitos da Fazenda da Bahia e
depois, para a 1ª Vara de Crime da Corte. Há suspeitas de que essas mudanças de
cargos no Poder Judiciário uma retaliação aos seus posicionamentos de deputado
oposicionista.
Em 1848, já morando na capital do Império,
assume a Inspetoria da Alfândega do Rio de Janeiro (cargo que ocupou por cinco
anos, antes de assumir a Procuradoria do Tesouro Nacional. Fora do parlamento
durante os anos de 1848 e 1853. Curiosamente, seu conterrâneo Zacarias de Góis e
Vasconcelos fazia sua estreia no gabinete conversador do Visconde de Itaboraí,
como Ministro da Marinha (antes, Zacarias presidiu as províncias do Piauí e de
Sergipe). Ferraz retornaria como deputado geral, em 1853, coincidindo com sua
nomeação como Conselheiro de Estado em outubro do mesmo. Curiosamente, a sua
volta à Câmara de Deputados coincidiu com a nomeação de Zacarias de Góis como
primeiro presidente da recém criada província do Paraná. Os dois valencianos
viriam a disputar a vaga de senador vitalício pela Bahia em 1856, com a vitória
de Ferraz sobre o conterrâneo[15]. Mais tarde, o próprio Conselheiro Zacarias, em discurso na sessão
de 30 de maio de 1870 relembrará essa a eleição, inclusive, comparando os
currículos de ambos na época, que o futuro Barão de Uruguaiana só tinha como
currículo sua boa e ilibada folha como juiz, ao passo que Zacarias já tinha
sido ministro da Marinha e presidente três províncias…
Em 1857, o Marquês de Olinda o nomeia
presidente da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul,ocupando o cargo até
1859.Durante sua gestão fundado o primeiro banco comercial gaúcho, o
"Banco da Província", em 1858. Também foi na sua gestão que um grupo
de luteranos vindo da Pomerânia (região germanófona atualmente dividida entre a
Alemanha e a Polônia) instalaram a Colônia de Santo Ângelo - futuro município
de Agudo.
Como era costume na época (conforme observa
Túlio Vargas na biografia de Zacarias de Góis e Vasconcelos), a nomeação para a
presidência de uma província servia de preparação para os grandes cargos do
Império e em 10 de agosto de 1859, assume a presidência do Conselho de
Ministro, juntamente acumulando os cargos de Ministros da Fazenda e do Império.
Compõe o gabinete conservador seu velho amigo e ex-colega de Olinda João Lins
Vieira Cansanção de Sinimbu, como Ministro dos Estrangeiros, João Lustosa da
Cunha Paranaguá como Ministro da Justiça, Francisco Xavier Pais Barreto como
Ministro da Marinha e Sebastião do Rego Barros como Ministro da Guerra. As
principais realização desse gabinete foram: criação da Secretaria de Agricultura,
Comércio e Obras Públicas; organização das Caixas Econômicas; regulamentação
dos bancos de emissão e do meio circulante; introdução da tomada de contas dos
responsáveis perante a Fazenda Nacional; obrigatoriedade de concurso para
ingresso no serviço público[16]. Foi responsável por
uma forte política protecionista da economia nacional, com restrição às
emissões e reformulação das regulamentos fiscais e tarifas aduaneiras. Com
isso, visava enfrentar um déficit de 10 mil contos de réis que o Estado
Brasileiro tinha nas suas contas p. E no plano político, reformou a lei
eleitoral aprovada pelo gabinete Paraná, ampliando os então "círculos
eleitorais", permite que eles elegessem três deputados, em lugar de um[17]. Em 02 de março de
1861, o gabinete é desfeito e Ângelo Moniz Ferraz entrega a presidência para
seu então correligionário (e depois, inimigo figadal) Marquês de Caxias formar
seu segundo gabinete.
Quando Caxias forma seu segundo gabinete, o
partido Conservador já tinha mais de 10 anos de predomínio na política
nacional. Essa hegemonia será quebrada quando dissidentes moderados do partido
conservador se unem aos liberais para formar a Liga Progressista. Ângelo Moniz
Ferraz e seu conterrâneo Zacarias de Góis aderem o novo partido e será o último
a liderar o gabinete que sucederá Caxias em 24 de maio de 1862 (que durará
apenas seis dias). A Liga Progressista viria fazer mais dois gabinetes ainda:
um, liderado pelo Marquês de Olinda (aliás, seu terceiro gabinete) e o de
Zacarias de Góis, reconduzido ela segunda vez à presidência. Com o fim do segundo
gabinete de Zacarias, a Liga é dissolvida e seus membros passam a fazer parte
do Partido Liberal, em 1864
No final de 1864, o governo de Assunção começa
as agressões bélicas que irão redundar na Guerra do Paraguai. Os próximos
gabinetes liberais tiveram que lidar com esse conflito. Em maio de 1865, o
marquês de Olinda assume pela quarta e última vez a presidência do Conselho de
Ministro (o famoso "Gabinete das Águias[18]"). Para a pasta
da Guerra convoca Ferraz, que irá administrar um momento crítico da guerra, em
que a ofensiva inimiga colocava o Paraguai em vantagem (a ponto de em 5 de
agosto de 1865 o exército inimigo liderado pelo General Estigarribia capturarem
a cidade gaúcha de Uruguaiana). Foi nessa época que é formada a Tríplice
Aliança e esta reverte o cenário, começando o contra-ataque. O resultado disso
foi que, em 14 de setembro o general invasor capitula ante ao Imperador Dom
Pedro II e no dia 16 ocorre a Rendição de Uruguaiana. Ângelo Moniz, na condição
de ordenança de Sua Majestade e Ministro da Guerra, juntamente com os
presidentes aliado Bartolomeu Mitre (da Argentina) e Venâncio Flores (do
Uruguai) assiste ao episódio.
Em 3 de agosto de 1866, Zacarias é chamado para
formar o seu terceiro Gabinete e mantêm seu conterrâneo como Ministro da
Guerra. Contudo, a animosidade que existia entre Ferraz e o comandante em chefe
das forças brasileiras, Marquês de Caxias criavam um impasse político. Caxias
era da oposição conservadora ao gabinete liberal, mas um excelente soldado e
peça chave na guerra - principalmente depois da Derrota de Curupaiti em
setembro de 1866. Era necessário que o comando das forças brasileiras de terra
e mar estivessem na mãos de um grande estrategista e nenhum outro nome superava
ao do Marquês (ainda que os militares tivesse nomes de peso como os Almirantes
Tamandaré e Barroso, além dos Generais Osório. Zacarias, sabendo disso, convoca
a sua primeira reunião de gabinete, para orientar seus companheiros a deixar de
lado ânimos pessoais em prol da unidade do governo e a indicação do Marquês de
Caxias para assumir o comando da guerra. Todos concordam, exceto Ângelo Moniz
Ferraz, que não pode participar da reunião devido a uma enfermidade. Os ministros Sousa Dantas e Martim Francisco
Ribeiro de Andrada são mandados para sua residência, a fim de negociarem o
impasse. A resposta que os emissários receberam não foi que todos esperavam:
Ângelo Moniz aceitava a indicação do General Caxias, mas renunciava ao cargo de
Ministro da Guerra[19], que passaria a ser
ocupado por João Lustosa da Cunha Paranaguá - o mesmo que fora ministro da
justiça no seu gabinete de 1859. Era o ocaso da Águia. Em 9 de outubro daquele
mesmo ano, é feito Barão com Grandeza de Uruguaiana.
O senador, que também era conselheiro do
Império, membro da Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, grã-cruz da
Real Ordem de Cristo portuguesa e comendador da Imperial Ordem de Cristo
brasileira, dignatário da Imperial Ordem da Rosa brasileira, viria falecer em
Petrópolis (RJ) em 18 de janeiro de 1867, aos 54 anos de idade, deixando viúva D.
Francisca Eulália Lima Ferraz. Em 1891, surge o município catarinense de
Angelina, assim nomeado em homenagem póstuma ao Barão.
Referências Bibliográficas
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[1] Araken Vaz Galvão: Valença
/ Memória de uma cidade (1999).
[2]
Edgard Oliveira: Valença: dos primórdios
à contemporaneidade(2006). p. 61
[3]
Como realmente mudou três anos depois, com a elevação do Brasil a Reino, unido
a Portugal e os Algarves.
[4]
Edgard Oliveira: Valença: dos primórdios
à contemporaneidade(2006). p. 67
[5]
Edgard Oliveira: Valença: dos primórdios
à contemporaneidade(2006). pp. 66,68
[6]
Túlio Vargas: O conselheiro Zacarias(1977).
pp. 16-18
[7]
S.A. Sisson: Galeria dos Brasileiros
Ilustres. Disponível em
<http://pt.wikisource.org/wiki/Galeria_dos_Brasileiros_Ilustres/Angelo_Moniz_da_Silva_Ferraz>
[8]
Túlio Vargas: O conselheiro Zacarias(1977).
p. 29
[9]
Araken Vaz Galvão: Valença / Memória de
uma cidade (1999).
[10]
S.A. Sisson: Galeria dos Brasileiros
Ilustres. Disponível em
<http://pt.wikisource.org/wiki/Galeria_dos_Brasileiros_Ilustres/Angelo_Moniz_da_Silva_Ferraz>
[11]
Araken Vaz Galvão: Valença / Memória de
uma cidade (1999).
[12]
S.A. Sisson: Galeria dos Brasileiros
Ilustres. Disponível em
<http://pt.wikisource.org/wiki/Galeria_dos_Brasileiros_Ilustres/Angelo_Moniz_da_Silva_Ferraz>
[13]
S.A. Sisson: Galeria dos Brasileiros
Ilustres. Disponível em
<http://pt.wikisource.org/wiki/Galeria_dos_Brasileiros_Ilustres/Angelo_Moniz_da_Silva_Ferraz>
[14]
Humberto de Campos: O Brasil Anedótico (1945).
p. 65. Ver também Ricardo Vidal, "Anedotas do Conselheiro e doBarão".
[15]
Zacarias de Góis e Vasconcelos: Zacarias
de Góis e Vasconcelos, discursos parlamentares (1977). pp. 320-321.
[16]
BRASIL, Ministério da Fazenda: Ângelo
Moniz da Silva Ferraz. Barão de Uruguaiana. Disponível em
<http://www.fazenda.gov.br/portugues/institucional/ministros/dom_pedroII024.asp>
[17]
Araken Vaz Galvão: Valença / Memória de
uma cidade (1999).
[18]
Araken Vaz Galvão: Valença / Memória de
uma cidade (1999).
[19]
Zacarias de Góis e Vasconcelos: Zacarias
de Góis e Vasconcelos, discursos parlamentares (1977). pp. 228-229, 240.
No que pese o senso de articulação e negociação do Conselheiro
Zacarias, a chamada "Questão Caxias" ainda iria repercutir sobre seu
gabinete e, indiretamente, causar sua queda em julho de 1868 numa manobra
política no qual imperador D. Pedro II fez uso do Poder Moderador. Com a queda
do Terceiro Gabinete Zacarias, os Conservadores voltaram ao poder com o
Visconde de Itaboraí, depois de seis anos de hegemonia Progressista/Liberal.
Esse fato que levaria Zacarias de Góis a escrever o seu famoso tratado "Da Natureza e Limites do Poder Moderador",
em que defende as limitações do Poder Moderador em nome do maior protagonismo
do Poder Executivo, encarnado pelo Conselho de Ministros…
Contando com apenas treze anos de emancipação civil do município e onze anos de emancipação eclesiástica, a então Vila de Nova Valença era um município em franco desenvolvimento: a população já superando a casa dos 5.000 habitantes desde 1808 e em 1811 já com uma escola de primeiras letras - criada por decisão de D. Marcos de Noronha e Britto, o Conde dos Arcos. E sua economia estava baseada no corte de madeiras e lavouras de café, arroz e mandioca (para fabrico da farinha), destinadas ao abastecimento de Salvador. E contava com uma estrada que ligava o porto de Valença ao Rio Doce[2].
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[1] Araken Vaz Galvão: Valença
/ Memória de uma cidade (1999).
[2]
Edgard Oliveira: Valença: dos primórdios
à contemporaneidade(2006). p. 61
[3]
Como realmente mudou três anos depois, com a elevação do Brasil a Reino, unido
a Portugal e os Algarves.
[4]
Edgard Oliveira: Valença: dos primórdios
à contemporaneidade(2006). p. 67
[5]
Edgard Oliveira: Valença: dos primórdios
à contemporaneidade(2006). pp. 66,68
[6]
Túlio Vargas: O conselheiro Zacarias(1977).
pp. 16-18
[7]
S.A. Sisson: Galeria dos Brasileiros
Ilustres. Disponível em
<http://pt.wikisource.org/wiki/Galeria_dos_Brasileiros_Ilustres/Angelo_Moniz_da_Silva_Ferraz>
[8]
Túlio Vargas: O conselheiro Zacarias(1977).
p. 29
[9]
Araken Vaz Galvão: Valença / Memória de
uma cidade (1999).
[10]
S.A. Sisson: Galeria dos Brasileiros
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[11]
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uma cidade (1999).
[12]
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[13]
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[14]
Humberto de Campos: O Brasil Anedótico (1945).
p. 65. Ver também Ricardo Vidal, "Anedotas do Conselheiro e doBarão".
[15]
Zacarias de Góis e Vasconcelos: Zacarias
de Góis e Vasconcelos, discursos parlamentares (1977). pp. 320-321.
[16]
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[17]
Araken Vaz Galvão: Valença / Memória de
uma cidade (1999).
[18]
Araken Vaz Galvão: Valença / Memória de
uma cidade (1999).
[19]
Zacarias de Góis e Vasconcelos: Zacarias
de Góis e Vasconcelos, discursos parlamentares (1977). pp. 228-229, 240.
No que pese o senso de articulação e negociação do Conselheiro
Zacarias, a chamada "Questão Caxias" ainda iria repercutir sobre seu
gabinete e, indiretamente, causar sua queda em julho de 1868 numa manobra
política no qual imperador D. Pedro II fez uso do Poder Moderador. Com a queda
do Terceiro Gabinete Zacarias, os Conservadores voltaram ao poder com o
Visconde de Itaboraí, depois de seis anos de hegemonia Progressista/Liberal.
Esse fato que levaria Zacarias de Góis a escrever o seu famoso tratado "Da Natureza e Limites do Poder Moderador",
em que defende as limitações do Poder Moderador em nome do maior protagonismo
do Poder Executivo, encarnado pelo Conselho de Ministros…
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