Cântico dos Lírios
(Menção Especial Bahia, Concurso Iararana de Poesia 2001)
Valença, 26 de agosto de 1996
Se tu não fosses de meu irmão,
Um buquê de lírios colhidos do coração
A ti ofertaria;
Mas a agonia
Que me maltrata e devora
Minha mais doce e bela aurora,
Desfaz minha alma em prantos
Pequenos e amargos cantos.
Os Lírios, então dormem escondidos
Numa estufa de opacos e finos vidros.
Os campos,
Em prantos
Secam em triste e amarga solidão
Pelos solitários lírios do coração.
Jazendo em ênea torre, perdendo o brilho,
Eis que sufocados ficam os teus lírios,
Lírios que sofrem pelo teu amor,
Entorpecendo-me em medo e dor.
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