Sua Majestade, O Bardo

Minha foto
Valença, Bahia, Brazil
Escritor, autor do livro "Estrelas no Lago" (Salvador: Cia Valença Editorial, 2004) e coautor de "4 Ases e 1 Coringa" (Valença: Prisma, 2014). Graduado em Letras/Inglês pela UNEB Falando de mim em outra forma: "Aspetti, signorina, le diro con due parole chi son, Chi son, e che faccio, come vivo, vuole? Chi son? chi son? son un poeta. Che cosa faccio? scrivo. e come vivo? vivo."

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Programa "Hora do Turismo" - Bicentenario do Cons Zacarias

Programa "A Hora de Turismo", de 31 de outubro de 2015 - rádio Clube de Valença. Mesa redonda com Roque Campelo e eu, para fala do valenciano Zacarias de Góis e Vasconcelos.




terça-feira, 10 de novembro de 2015

Entrevista a TV Guaibim - Bicentenario do Conselheiro Zacarias -

Bicentenário do Conselheiro Zacarias - 2015


Entrevista dada à TV Guaibim, no dia 08 de novembro de 2015

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

As varias faces do Conselheiro Zacarias

As várias faces do Conselheiro Zacarias

Valença; 04 de novembro de 2015 (02h32)

Prof. Ricardo Vidal – escritor, especialista em Estudos Linguísticos e Literários pela UFBA. Membro da Academia Valenciana de Educação, Letras e Artes (AVELA)

.   Nesse dia cinco de novembro de 2015, o Brasil reverencia a memória do ilustre valenciano Zacarias de Góis e Vasconcelos. Afinal, comemora-se nesse dia o bicentenário de nascimento do Conselheiro Zacarias. Mas, quem é essa figura que o Estado do Paraná enaltece como fundador e que na sua cidade natal a memória passa quase em brancas nuvens? Falar do conselheiro é falar de um personagem multifacetado e que representa o que de melhor a cidade de Valença legou para o Brasil.
.   Zacarias nasceu no sobrado na Praça da Triana (no sobrado onde funcionou o Fórum) em 1815, filho do Capitão Antônio Bernardo de Vasconcelos e irmão – dentre outros – de Conselheiro João Antônio (futuro presidente do Superior Tribunal Federal e governador da Paraíba). Fez parte da mesma geração dos Barões de Jequiriçá e de Uruguaiana – de quem foi amigo e correligionário político dentro do Senado.
.   Zacarias foi um político e um estadista. Foi governador das províncias de Sergipe, Piauí e Paraná – do qual foi o virtual fundador. Também foi conselheiro de estado e ministro da Marinha, da Fazenda, da Justiça e dos Negócios do Império. Por três vezes foi primeiro-ministro do Império do Brasil nos anos de 1862, 1864 e 1866. Salienta-se que só o Duque de Caxias e o Marquês de Olinda repetiram tal façanha. De sua passagem como primeiro ministro destaca-se o início da fase vitoriosa do Brasil na Guerra do Paraguai.
.    Também foi deputado estadual, federal e senador vitalício do Império. E na sua atuação de parlamentar destacou-se pela oratória ferina e certeira durante os debates. Como escreveu Machado de Assis, na crônica O Velho Senado: “[Zacarias] tinha a palavra cortante, fina e rápida. (…) Quando se erguia, era quase certo que faria deitar sangue a alguém”.
.   Igualmente foi jurista, no melhor sentido da palavra. Foi professor de Direito em Olinda aos 25 anos e, como advogado especializado em direito canônico, coube a ele defender os bispos Dom Vital e Dom Macedo Costa durante a Questão Religiosa de 1870 – conflito envolvendo o Império Brasileiro e a Santa Sé sobre a maçonaria. Dessa forma, conseguiu que os prelados citados saíssem da prisão.
.   Zacarias também foi escritor, autor de obra sobre direito constitucional e política. É dele a obra mais importante do liberalismo brasileiro: “Da Natureza e Limites do Poder Moderador”. Nela, Zacarias faz uma análise sobre constituição imperial e defende que o poder do imperador deveria ser mais limitado, de modo que o Gabinete de Ministro pudesse agir com mais autonomia. Também foi autor do “Manifesto do Centro Liberal”, “Programa do Partido Liberal” e “Questões Políticas”.
.   Contundo, ao falar desse gigante valenciano, que foi estadista, político, orador, advogado, professor e escritor, há o homem de trajes elegantes e sóbrios, vaidoso na indumentária, católico fervoroso e de inteligência rápida, ferina e certeira. Nas crônicas de Machado de Assis e no livro “Brasil Anedótico” de Humberto de Campos, pululam histórias (algumas engraçadas) que ilustram bem o caráter do Conselheiro Zacarias. 
.   Pela sua grandeza, Zacarias de Góis e Vasconcelos serve como um grande exemplo para o povo de nossa cidade de Valença, que precisa conhecer mais desses grandes nomes que brilham na história do Brasil.

Bibliografia:
ASSIS, Machado de. O Velho Senado. Brasília, Senado Federal: 1989.
CAMPOS, Humberto de. O Brasil Anedótico. Rio de Janeiro, W. M. Jackson: 1945.
OLIVEIRA, Cecília Helena de Salles. Zacarias de Góis e Vasconcelos. São Paulo, Editora 34. 2002. Coleção Formadores do Brasil.
OLIVEIRA, Edgard Otacílio da Silva. Valença: Dos Primórdios à Contemporaneidade. 2ª edição. Valença, Editora FACE. 2009.
QUEIROZ, Alexandre Muniz. Carta datilografada para André. São Paulo, 8 de fevereiro de 1995. Cópia xérox do original em poder do autor da crônica.
VARGAS, Túlio. O Conselheiro Zacarias. Curitiba, Grafipar. 1977.
VASCONCELOS, Zacarias de Gois. Da Natureza e Limites do Poder Moderador. Brasília, Senado Federal. 1978.
VASCONCELOS, Zacarias de Gois. Perfis Parlamentares (Discursos). Brasília, Câmara dos Deputados. 1979.

Biblioteca do Bardo Celta (Leituras recomendadas)

  • Revista Iararana
  • Valenciando (antologia)
  • Valença: dos primódios a contemporaneidade (Edgard Oliveira)
  • A Sombra da Guerra (Augusto César Moutinho)
  • Coração na Boca (Rosângela Góes de Queiroz Figueiredo)
  • Pelo Amor... Pela Vida! (Mustafá Rosemberg de Souza)
  • Veredas do Amor (Ângelo Paraíso Martins)
  • Tinharé (Oscar Pinheiro)
  • Da Natureza e Limites do Poder Moderador (Conselheiro Zacarias de Gois e Vasconcelos)
  • Outras Moradas (Antologia)
  • Lunaris (Carlos Ribeiro)
  • Códigos do Silêncio (José Inácio V. de Melo)
  • Decifração de Abismos (José Inácio V. de Melo)
  • Microafetos (Wladimir Cazé)
  • Textorama (Patrick Brock)
  • Cantar de Mio Cid (Anônimo)
  • Fausto (Goëthe)
  • Sofrimentos do Jovem Werther (Goëthe)
  • Bhagavad Gita (Anônimo)
  • Mensagem (Fernando Pessoa)
  • Noite na Taverna/Macário (Álvares de Azevedo)
  • A Casa do Incesto (Anaïs Nin)
  • Delta de Vênus (Anaïs Nin)
  • Uma Espiã na Casa do Amor (Anaïs Nin)
  • Henry & June (Anaïs Nin)
  • Fire (Anaïs Nin)
  • Rubáiyát (Omar Khayyam)
  • 20.000 Léguas Submarinas (Jules Verne)
  • A Volta ao Mundo em 80 Dias (Jules Verne)
  • Manifesto Comunista (Marx & Engels)
  • Assim Falou Zaratustra (Nietzsche)
  • O Anticristo (Nietzsche)