Sua Majestade, O Bardo

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Valença, Bahia, Brazil
Escritor, autor do livro "Estrelas no Lago" (Salvador: Cia Valença Editorial, 2004) e coautor de "4 Ases e 1 Coringa" (Valença: Prisma, 2014). Graduado em Letras/Inglês pela UNEB Falando de mim em outra forma: "Aspetti, signorina, le diro con due parole chi son, Chi son, e che faccio, come vivo, vuole? Chi son? chi son? son un poeta. Che cosa faccio? scrivo. e come vivo? vivo."

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Pequeno como uma Pérola

Pequeno como uma Pérola: Um brevíssimo ensaio sobre Contos

(tradução do ensaio cujo original é em língua inglesa, entregue como parte da avaliação na disciplina "Conto em Língua Inglesa", ministrada pela profa. Sônia M. D. Simon)

Salvador, 15 de agosto de 2006
[tradução em Salvador, 27 de dezembro de 2007]


Less than a pearl in a sea of stars
Roma Ryan and Enya



Pelo senso comum, Conto é uma breve narrativa em prosa que é pequeno como uma pérola. Um romance pode ser um diamante tão grande como o Ritz Hotel – nunca um conto! Ele terá todas as características de uma romance, porém em menor escala. O tempo é curto e o enredo terá poucos eventos. Mas, qual deve ser o tamanho de um conto?Ou, será o tamanho apenas a única característica que determina a natureza do conto?Quais outras características precisam ter um conto?



Sobre quão longo (ou curto) pode ser um conto, nós temos diferentes visões. Observando a definição do Dicionário para Cambrigde Advanced Learners Dicitionary (02ª edição), um conto teria cerca de 10.000 palavras de extensão. Um grupo de autores escolheu determinar o tamanho de conto em cerca de 7500 palavras; outro, grupo, em 15.000 palavras. Ou seja, um conto teria algo em torno de 05 páginas e a estória deveria um único capítulo. Mas existem contos extensos que possuem 10. 15, até 30 páginas! Como exemplo destes contos extensos nós temos “Financiando Finnegan” de Scott Fitzgerald com cerca de 10 páginas; “Bola de Sebo” de Guy de Maupassant, com 33 páginas e “O Alienista” de Machado de Assis com mais ou menos 38 páginas. No outro extremo, existem contos que são tão cabe em apenas meia página, como alguns textos de Inácio de Loyolla Brndão e Evandro Affonso Ferreira (autor da coletânea “Grogotó”). Assim, o número de páginas não determina quão curto deve ser um conto. Como diz Edgar Allan Poe, o tamanho de conto é aquele que um leitor pode ler de uma única vez (ou, como diz o populacho, “de uma sentada”).



Se o tamanho não dá a resposta exata sobre o que é o conto, nós precisaremos ver outras características. No geral, o conto é uma narrativa como é uma peça teatral, uma telenovela, um mito, um romance, uma fábula, uma notícia jornalística e algumas crônicas. O conto possui uma ação ou evento que acontece com um grupo de personagens, num local definido durante um fragmento de tempo. O ponto central é O QUE DEVEM TER ESTA NARRATIVA, CASO EU QUERIA ESCREVER UM CONTO? Alguns autores (como Cortazar) entendem que um conto precisa ser como uma Polaroid, um recorte da realidade retratada numa pequena narrativa. Outros escritores, (como Poe) pensam que especificidade de um conto esteja nos eu efeito. Melhor dizendo, numa economia de estilo em que um autor deve usar o mínimo de recursos para alcançar o máximo de feitos. Todas estas abordagens dão algumas pistas e clareiam a questão. Um conto é pedaço da realidade que o autor precisa ser econômico na sua pena. Isso pode ser completada com mais três conceitos: Exatidão, Leveza e Rapidez. Essas características são usadas nos mesmo sentido dado por Ítalo Calvino no seu ensaio “Seis Propostas para o Próximo Milênio”: primeiro, um conto precisa ser leve como um salto ágil e imprevisto. Seu enredo precisa ser ágil caso ele queria ser igual a uma Polaroid. O conto pode ter um enredo denso ou não, porém tem que ser sempre ágil. Segundo, um conto precisa ser rápido na sua leitura, como uma explosão fulgurante. Assim, o leitor poderá ler a estória em uma única sentada. Por último, a linguagem do conto deve ser a mais precisa possível e que possa traduzir todas as faces do pensamento e imaginação. Deste modo, com esta linguagem, um conto de ter a economia de estilo.



Assim, um conto pode ser definido como uma narrativa breve, rápida, leve e precisa, em prosa, que tenha um único e simples efeito. Uma estória pequena e perfeita como uma pérola no mar da Literatura



BIBLIOGRAFIA

GOTLIB, Nádia Batella. Teoria do Conto. 10ª ed. São Paulo: Ática, 2004 (Série Princípios).

GOMES, Goulart. Poetrix: uma proposta pra o novo milênio. In Iararana, Salvador: Aleiton Fonseca e Carlos Ribeiro, Ano VI, nº. 09, p. 72, ago. 2006.



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01) Texto inicialmente apresentado em inglês ("Less than a Pearl"), para no máximo duas páginas em espaçamento duplo. Fica como esboço de uma teoria maios ampla sobre o conto.



02) Coisas da tradução: Como na língia inglesa, "conto" é traduzido como "Short-Story" [literalmente, Estória Curta] e o ensaio deveria ser curto, pensei numa brincadeira: A Brief Essay about Short-Story, ous eja, um Breve Ensaio sobre Estórias Curtas... Pena não ter podido traduzir esta blague.



03) Quem conhece os contos de F. Scott Fitzgerald percebeu a brincadeira quando me refiro ao romance como sendo grande como um diamante do tamanho do Ritz Hotel.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Ricardo Vidal ganha menção honrosa da ALER


Ricardo Vidal ganha menção honrosa da ALER

O escritor valenciano Ricardo Vidal, 29 anos, é um dos poetas laureados do Prêmio Luciano Passos – III Concurso de Poesia da Academia de Letras do Recôncavo (ALER). A premiação ocorrerá no dia 14 de dezembro de 2007, às 20h00, na Câmara Municipal de Cruz das Almas. Ricardo Vidal já havia ganhado uma menção honrosa no II Concurso de Poesia da ALER, cuja entrega dos prêmios ocorreu no ano passado, no auditório da FACE, em Valença. O poema de Ricardo Vidal que ganhou a menção honrosa foi “Feitiço da Lua”.

“Este final de ano foi muito rico para minha carreira literária. Papai Noel foi muito generoso para mim ao dar-me dois prêmios literários neste final de ano.” – declarou Ricardo Vidal, referindo-se a recente republicação do seu poema “O Beijo” no Panorama Literário Brasileiro 2007, da Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE), no Rio de Janeiro, no final de novembro deste ano. Sobre o poema premiado, Ricardo Vidal lembra que foi um dos últimos poemas escritos em Valença, antes de sua mudança para Salvador. “Ganhar uma menção honrosa com este meu poema tem um sabor especial. Escrito antes de minha mudança para Salvador, Feitiço da Lua tem muito do meu estilo: poema em quintetos, a imagem da Lua, o Amor. Eu o havia escrito em 01º de setembro de 1996, seis dias antes de me mudar para Salvador. É de se admirar como um poema escrito aos 18 anos tivesse força para ganhar um prêmio!”.

10 poetas baianos foram laureados pela Academia de Letras do Recôncavo neste concurso. A comissão julgadora do concurso contou com a participação da escritora valenciana Mácaria Andrade. O primeiro lugar foi ganho por Marilene Oliveira de Andrade, de Varzedo, com o poema “A Beleza da Alma de um Poeta”. O segundo lugar foi para cruz-almense Cristiane de Jesus Barbosa, autora do poema “De Cotidianas Coisas” e o terceiro lugar foi para Elaine Cristina Sant'Ana dos Santos, poetisa de Muritiba e autora do poema “Passos”.

CARREIRA DE SUCESSO. Esta premiação coroa um ano de sucessos de uma carreira literária ascendente. No mês passado, Ricardo Vidal fora escolhido pela editora carioca CBJE como um dos 150 melhores poetas do país. Ricardo Vidal publicou em 2004 o livro de poemas Estrelas no Lago. Além disso, seus poemas, contos e crônicas foram publicados em websites (como a revista eletrônica Neocodex) antologias, como as da CBJE e a Quase Escritores, publicado em 1994, pelo Educandário Paulo Freire. Também já ganhou prêmios em concursos de poesia, como a menção honrosa no II Concurso de Poesia da ALER (2004) e o 03º lugar – Menção Espacial Bahia – no Concurso Literário da revista Iararana (2002). Na ocasião, três de seus poemas foram publicados na oitava edição da revista, que também foi lançada na Europa, nas cidades de Paris (França) e Budapeste (Hungria). Ricardo Vidal possui um blog, O Castelo do Bardo Celta (http://www.bardocelta.blogspot.com/).

José Ricardo da Hora Vidal nasceu em Valença em Abril de 1978. Estudou o ginásio no Colégio Social de Valença e o curso Científico no Educandário Paulo Freire (EPF). Nesta época, quando aluno do EPF, participou da fundação da UMES-VA, onde ocupou o diretor de Imprensa nos anos de 1994-1995. Desde 1996 reside em Salvador, onde atual estuda Letras/Inglês na UNEB e cuja formatura será no ano que vêm. Antes, Ricardo Vidal estudou Jornalismo na UFBA, sem concluir o curso. Ricardo Vidal é bisneto do Maestro Barrinha, sobrinho-neto de Antônio Sereia, sobrinho doe poeta Valdo da Hora e primo do pintor Junior da Hora (www.rrtv.com.br/juniordahora) e do vereador Zé da Hora.

Publicado nos jornais: Valença Agora (http://www.valencaagora.com/x/b/bs.php?bl=1&menu=528) e A Voz da Região

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Currículo Literário Atualizado 2007

José Ricardo da Hora Vidal, escritor, nasceu em Valença (Bahia) no dia 20 de abril de 1978. Cursou o ginásio no Colégio Social de Valença e o Científico no Educandário Paulo Freire (sendo um dos alunos destaques ao concluir o 3º ano em 1995). Reside em Salvador desde 1996, onde cursa a Licenciatura em Língua Inglesa e Literaturas pela UNEB, após estudar (sem concluir) o curso de Jornalismo pela Faculdade de Comunicação da UFBA. Além de escrever, também é fotógrafo amador e programador visual.

Iniciou sua carreira literária em 1994, ainda estudante do curso científico, quando publicou a crônica “Saudade” no livro Quase Escritores, editado pelo Educandário Paulo Freire. Em 2002, foi o 3º lugar (menção especial Bahia) no concurso de poesia promovido pela revista literária Iararana (Salvador/BA), com os poemas "Cântico dos Lírios", "Entardecer no Inverno" e "Canção para Avalon". Em 2004, os poemas “O Farol e o Mar” e “Cântico dos Lírios” e o conto “Retrato de Família” integraram, respectivamente a Antologia dos Poetas Brasileiros Contemporâneos (08º e 10º volumes) e Antologia de Contos Autores Contemporâneos (01º volume), organizados pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores - CBJE (Rio de Janeiro/RJ). Seu poema “Cântico dos Lírios”, que havia sido uma das premiadas no concurso da Iararana, foi escolhido pela CBJE como uma das 100 poesias publicadas naquele ano, integrando assim o livro Panorama Literário Brasileiro 2004/2005 Poesia – As 100 melhores de 2004. Em 2005, Ricardo Vidal ganhou, com seu poema “Soneto da Solidão”, a menção especial no concurso de poesia promovida pela Academia de Letras do Recôncavo. Em 2007, o poema "O Beijo" foi publicado no 34º volume da Antologia dos Poetas Brasileiros Contemporâneos da CBJE, sendo escolhido para participar do Panorama Literário Brasileiro 2007/2008 Poesia – As 150 melhores de 2007. Neste mesmo ano também ganhou a menção honrosa no III Concurso de Poesia da ALER, com o poema "Feitiço da Lua".

Na internet, tem textos publicados nos websites Sonetos.com.br, Nave da Palavra, Usina de Letras e Neocodex. Mantem o blog “Estrelas no Lago” (http://bardocelta.blogspot.com/) e uma homepage na CBJE (www.camarabrasileira.com/ricardovidal.htm).

Em 2004 publicou o seu primeiro livro de poemas, Estrelas no Lago, pela Cia Valença Editorial (Salvador/BA). Ricardo Vidal tem ainda inéditos os livros de poesia Flores do Outono; Sombras do Luar; Brumas do Lago; Torre de Quimeras; Quimeras, Esfinges & Centauros e Peregrino en una Noche sin Luna (este último, em espanhol e inglês). Em prosa, tem inéditos Prosas Bárbaras (miscelânea de contos, crônicas e artigos) e As Corujas de Frei Ethereld (peça de teatro).

Ricardo Vidal é filho de Antonio José Conceição Vidal e Vilma da Hora Vidal, bisneto do Maestro Barrinha (autor da música do Hino de Valença), sobrinho-neto de Antônio Sereia, sobrinho do poeta Valdo da Hora e primo do pintor Junior da Hora (www.rrtv.com.br/juniordahora) e do vereador Zé da Hora.

Monção de Aplausos - Câmara Municipal de Valença

Correria neste final de ano, com entrega de projeto de pesquisa (ante-projeto da monografia) na Faculdade, provas e seminários para conclusão de semestre, recebimento de prêmios quase que seguidos, isso tem me deixado louco! Não reclamo dos prêmios nem das minhas obrigações com os estudos; contudo, o que dizer quando vemos as coisas se acumularem???

Bem, digo isso porque desde a semana passada que tento me lembrar para colocar esta notícia no blog: Ganhei uma Menção de Aplausos da Câmara Municipal de minha cidade!!! O vereador Jairo Baptista foi o autor da proposta que foi aceita pelos vereadores de minha cidade.

Enquanto eu não mando por escrito meus agradecimentos aos vereadores (e o farei antes do Natal!!!), torno público o meu agradecimento PÚBLICO aos nobres vereadores de minha cidade, em especial, ao Sr. Jairo Batista.

(segue abaixo a íntegra do ofício comunicando a monção de aplauso)

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"M.A.N nº98/2007

Valença, 16 de novembro de 2007

Ao Ilmº Sr. Ricardo Vidal

Prezado Senhor

Tendo o Legislativo Valenciano aprovado uma MENÇÃO DE APLAUSOS a Vossa Senhoria de autoria do Vereador JAIRO DE FREITAS BAPTISTA, consignamos em ata dos trabalhos camárarios da Sessão Ordinária realizada no dia 13/11/2007, por ser escolhido pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE), como um dos 150 melhores poetas publicados em 2007. Seu poema "O BEIJO", publicado em março deste ano no volume 34 de Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos.

"Neste feliz ensejo em que cientificamos V. Sa. desta oportuna iniciativa do Legistalativo Valenciano, reiteramo-lhes a nossa manifestação de elevada estima, apreço e distinta consideração"

Cordialmente,

Bertolino de Jesus - Presidente"

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Valenciano dentre os melhores poetas de 2007

Valenciano dentre os melhores poetas de 2007

O escritor valenciano Ricardo Vidal, 29 anos, foi escolhido pela Câmara Brasileira dos Jovens Escritores (CBJE) como um dos 150 melhores poetas publicados em 2007 e participará na antologia Panorama Literário Brasileiro 2007. O livro será lançado em dezembro próximo, na sede da editora, na cidade do Rio de Janeiro. O texto escolhido de Ricardo Vidal foi o poema “O Beijo”, publicado em março deste ano no volume 34 da Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos. O poema estreou no jornal Valença Agora, na edição de 21 de fevereiro deste ano.

Foi uma grata surpresa quando recebi a notícia, pois a mensagem chegou quando eu estava aqui em Valença, festejando a Lavagem do Amparo. Só vim saber da indicação dois dias depoi, quando eu retornei pra Salvador” – declarou Ricardo Vidal. Esta é a segunda vez que Ricardo Vidal participa do Panorama Literário Brasileiro. Em 2004, seu poema “Cântico dos Lírios” foi escolhido, depois deste poema ter sido publicado no volume 10 da Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos, após ter sido um dos três poemas que ganharam o terceiro lugar no Concurso promovido pela revista Iararana em 2002.

O Panorama Literário Brasileiro, segundo as palavras dos editores, “é um documento histórico, que é editado no seu quarto ano consecutivo”. Foram avaliados todos os trabalhos inscritos para as seletivas da CBJE durante este ano. Os membros do Conselho Editorial da CBJE escolheram os poemas, sendo também ouvida a opinião dos leitores. O volume terá 170 páginas e cerca de 400 exemplares serão destinados às Bibliotecas Públicas do país. A lista completa dos demais selecionados está disponível na internet, no endereço www.camarabrasileira.com/panorama2007-2008.htm.

CARREIRA DE SUCESSO. Com este honraria, a bibliografia de Ricardo Vidal ganha o oitavo volume. Pela CBJE, o jovem escritor publicou poemas e contos na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos (volumes 08, 10 e 34), Antologia de Contos de Autores Contemporâneos (volume 01) e Panorama Literário Brasileiro (edições de 2004 e 2007). Pelo Educandário Paulo Freire, participou do livro Quase Escritores. Em 2004 lançou seu primeiro livro, Estrelas no Lago. Além dos livros, Ricardo publicou seus textos em websites, jornais e revistas. Ricardo Vidal também assina um weblog, Castelo do Bardo Celta (http://www.bardocelta.blogspot.com/), além de possuir uma página no website da CBJE (www.camarabrasileira.com/ricardovidal.html).

Ricardo Vidal também já ganhou prêmios literários. Em 2002, foi o terceiro lugar (menção especial) no Concurso Nacional de Poesia da revista Iararana. Na ocasião, três de seus poemas foram publicados na oitava edição da revista, que também foi lançada na Europa, nas cidades de Paris (França) e Budapeste (Hungria). No ano passado foi menção especial no II Concurso de Poesia da ALER com o poema “Soneto da Solidão”.

QUEM É O AUTOR. José Ricardo da Hora Vidal nasceu em Valença em 1978. Estudou no Colégio Social e no Educandário Paulo Freire (EPF). Na época em que foi aluno do EPF, participou ativamente do movimento estudantil. Foi dos fundadores da UMES-VA, chegando a Diretor de Imprensa no biênio 1994-1995. Mora em Salvador desde 1996, contudo visita a cidade regularmente. Atualmente está quase concluindo o curso de Letras/Inglês da UNEB, após ter estudado Jornalismo na UFBA – curso que ale abandonou faltando três semestres para a formatura.

Ricardo Vidal é bisneto do maestro Barrinha (autor da música do Hino de Valença), sobrinho-neto de Antônio Sereia (benfeitor de Valença e construtor do Estádio Municipal de Valença), sobrinho do poeta Valdo da Hora e primo do pintor Junior da Hora e do vereador Zé da Hora. É filho de Antonio José Conceição Vidal e de Vilma da Hora Vidal.

Salvador, 05 de novembro de 2007.
Assessoria de Imprensa de Ricardo Vidal
Contacto:
cve_livros@hotmail.com

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Nota Rápida - adendo ao meu fragmento de diário

Não poderia deixar de citar: Neste mês de novembro de 2007, eu igualei meu récorde de posts - 14 textos!!! A mesma quantidade de posts que eu escrevi em fevereiro de 2006. Desde abril deste ano que eu não escrevo tanto no meu blog. E imaginar que houve mês que eu ficava imaginando: o que eu irei colocar no blog, para ele não ficar muito desatualizado? Ironias da vida...

Fragmentos de um diário - Pré-Balanço do ano

Será que Papai Noel ainda vai me dar algum presente neste natal? Eu acho difícil que ele venha ainda me dar mais alguma coisa, uma vez que nestes últimos meses se sucederam vários eventos prazerosos na minha vida pessoal.

Bem, já em setembro eu ganhei um quadro do pintor Junior da Hora. Um quadro belíssimo de um jovem mestre valenciano. Depois, vieram a publicações de alguns artigos no jornal Valença Agora - artigos que falam de minha cidade e que mereçaram bons comentários do poeta valenciano Ângelo Paraíso Martins (http://paraisomartins.zip.net). E neste mês de novembro fui agraciado com dois prêmios: O primeiro, no dia 10, a Câmara Brasileira de Jovens Escritores escolheu meu poema "O Beijo" para a integrar a antologia "Panorama Literário Brasileiro 2007/2008 - As 150 melhores poesias do ano". Ontem, dia 26 de novembro, o Sr. Almir de Oliveira, presidente da Academia de Letras do Recôncavo, liga para minha casa avisando que o meu poema "Feitiço da Lua" ganhou a menção honrosa no Concurso de Poesia da Academia. E, Last, but not least, pude trocar mensagens com minha amiga cabo-verdiana Margarida Fontes, autora do blog Os Momentos (http://odiaquepassa.blogspot.com/) e com o jovem poeta valenciano Aécio Flávio - talento que esyá revelando na minha terra. Isso paar não falar com as conversas que tive com o meu amigo Martiniano Costa, atual presidente da CUT-Bahia.

São coisas pequenas e grandes, na verdade, coisas pessoais cuja única importância só diz respeito pra mim, mas não me deixa de me alegrar. Bem, falo isso, pois meu meio de ano foi péssimo: um crise na minha vida amorosa levou a uma depressão psicológica, que pensei que eu não poderia esperar de mais nada de bom para este ano. agora, olhando retrospectivamente, comecei o ano nas nuvens, quando vivi meu idílio amoroso, logo após o meu aniversário eu atravessei meu inferno astral e agora aqui estou eu comemorando minhas recentes conquista na minha carreira literária, que a bem da verdade andava hibernando nestes dois últimos anos. Isso para confirmar um aquele verso "A vida vem em ondas, como o mar".

Bem, isso é pra me lembrar qure ano vêm é o ano de minha formatura na UNEB, ano de eleições municipais, ano que eu devo me preparar para mestrado me Literatura. Ano que devo também pensar em publicar mais um livro meu -afinal, a profissão que euescolhi para minha vida é a de Escritor. E isso eu não irei renunciar nunca!

Era só isso que eu gostaria de dizer por agora. E espero que Papai Noel não se esqueça do meu presente de Natal - vários livros para minha biblioteca, dentro os quais, o mais novo de Bruna Surfistinha (hehehehehe)

Feitiço da Lua

Feitiço da Lua
(Menção especial no III Concurso de Poesia da Academia de Letras do Recôncavo)

Valença, 01º de setembro de 1996 (23h00)

Bailando, a imagem tua,
Sobre as veredas do meu coração,
Gotas douradas de orvalho são.
Amo-te, minha amada, fada,
Juro-te pelo feitiço da Lua.

Tu voas em meu coração, tua
Face emoldura a magia do amor.
Corro apaixonado com uma flor
Para te dares, minha singela dama.
Tu és mais bela que a Lua.

A doçura, em teu rosto, se insinua.
Tu és toda paixão e feminilidade,
Rainha das Deusas e das Beldades.
Fazei de mim teu escravo, teu servo:
Meu amor é maior, maior que a Lua.

Teu colo de bailarina, teu ar de princesa,
São dádivas raras, presentes da Natureza.
Juro-te sim, que nunca vi tais encantos.
Não chores, não minto ou engano:
Tua beleza é tão forte quanto a Lua

Sonho acordado por teus beijos,
Teus lábios acendem meus desejos.
Enfeitiço-me co’o brilho de tuas estrelas,
Quão doce é ser acariciado por tuas mãos
Sobre o manto pálido da Lua.

III Concurso de Poesia da ALER

III Concurso de Poesia da Aler
Saiu os resultados

Bien, Saiu o resultado do III Concurso de Poesia da Academia de Letras do Recôncavo / ALER (http://www.aler.org.br/). De novo, ganhei a menção honrosa pelo meu poema "Feitiço da Lua", escrito à 11 anos atrás(!!!). Aliás, foi um dos últimos poemas que eu escrevi antes de me mudar para Salvador.

A cerimônia de premiação ocorrerá em Câmara Municipal de Cruz da Almas, no dia 14 de dezembro, à noite.

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Nota oficial da Academia


Após reunião da Comissão Julgadora, a ALER divulga resultados finais do seu III Concurso de Poesias, Edição 2007, que homenageia o poeta cruz-almense Luciano Passos, patrono da cadeira nº 24, em primeiro lugar foi classificado o poema: “A beleza da alma de um poeta”, de autoria da poetisa Marilene Oliveira de Andrade, da Cidade de Varzedo, Bahia; em segundo, “De cotidianas coisas”, de Cristiane de Jesus Barbosa, da Cidade de Cruz das Almas; em terceiro lugar, o poema “Passos”, de Elaine Cristina Sant’Ana dos Santos, da Cidade de Muritiba.

Pelas qualidades dos trabalhos apresentados, a Comissão houve por bem conceder Menção Honrosa as seguintes poesias.

Feitiço da Lua José Ricardo da Hora Vidal – Salvador – Ba

Fé, alimento da alma - Almir Santos Rodrigues – Santo Antônio de Jesus – Ba

Cidadão, Poeta e Advogado - Claudemiro Fonseca Peixoto – Cruz das Almas – Ba

Terra de Todos - Gonçalo Ramos de Souza – Nazaré – Ba

Signo - Jorge Rabelo Mendes – Seabra – Ba

Somos iguais?! - Juliana dos Santos Ribeiro – Cruz das Almas – Ba

Quero Falar de Crianças - Yasmim Manatta Camardelli – Salvador – Ba

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O Retorno Econômico das Faculdades para Valença - Artigo

O Retorno Econômico das Faculdades para Valença

O último decênio se caracterizou no estado da Bahia pela expansão do ensino superior. Isso se refletiu em Valença, que deixou de ser uma mera exportadora de estudantes (cérebros) para ser uma cidade que conta com três instituições: Um “campus” da Universidade de Estado da Bahia (UNEB), a Faculdade de Ciências Educacionais (FACE) e a Faculdade Zacarias de Góis (FAZAG); além de lutar pela instalação do Centro de Pesquisas Costeiras, “campus” da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). Com o aumento da possibilidade de Valença se tornar um pólo universitário, abri-se uma nova alternativa para o crescimento da economia local.

A vinda da UFRB para nossa cidade consolidará a posição de sermos centro de atração de estudantes, professores e pesquisadores. E junto com a fauna acadêmica vem oportunidade de divisas, emprego e renda para a população valenciana, através dos serviços de apoio aos estudantes, do turismo de eventos e na pesquisa e produção de conhecimento.

O campo de serviços de apoio aos estudantes é um dos mais promissores e de retorno econômico imediato. O estudante universitário, já por definição, um jovem que acabou de sair da casa dos pais para começar uma vida mais independente, precisa de teto para se abrigar – lucra o setor imobiliário e a construção civil. Este mesmo estudante também necessita se alimentar, de um lugar onde possa pelo menos fazer algumas das refeições diárias – lucra a agricultura (setor de hortifrutigranjeiros), lanchonetes e restaurantes. Estudantes e professores necessitam comprar material didático (por exemplo, livros, cadernos e disquetes) e serviços de apoio ao estudo (como impressão, acesso à internet e aluguel de equipamentos) – lucram o comércio e loja de serviços, a exemplo dos cybercafés, copiadoras e locadoras de DVD. Finalmente, estudantes, professores e funcionários necessitam de lazer, algo que possa ocupar o tempo ocioso – lucram os bares, os artistas (que poderão se apresentar para um público mais refinando), boates e produtoras de eventos como shows, peças e festivais. Claro que estes são os serviços de consumo diário, pois além desse há os voltados para formatura, como fotógrafos, programação visual para convites, produção de festas, filmagem e roupas. O crescimento na demanda por imóveis e alimentação foi sentido em Feira de Santana, com a vinda da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), em que o bairro que circunda a instituição viu a proliferação de kitchenettes, restaurantes e lanchonetes. Da mesma forma que famosa Livraria Progresso, situada na Praça da Sé, só pode florescer e deixar marcas na cultura baiana (como a edição de livros) por causa da proximidade com a veneranda Faculdade de Medicina do Terreiro de Jesus – semente da UFBA e de todo o ensino superior do Brasil.

Se estas oportunidades já seriam o suficiente para crescer o olho e a ânsia para instalação de mais faculdades em Valença, é porque não foi analisado ainda o impacto no setor de turismo. Este setor lucrará bastante com os eventos acadêmicos. A necessidade que os estabelecimentos de ensino superior têm de intercâmbios com outras instituições e divulgação de suas pesquisas faz com a realização de congressos, encontros temáticos e seminários sejam uma constante na vida acadêmica. Logo, a malha hoteleira e turística da cidade é acionada com a chegada de um público seleto, presente em qualquer estação do ano e que além de participar dos eventos também quer se divertir. Aliás, um exemplo disso nossa cidade de Valença experimentou no início de setembro de 2006, quando a FAZAG promoveu um evento com a participação de estudantes de outras cidades. Além da ocupação de leitos de hotel fora da alta estação, a cidade ganhou com a venda de comida, bebida e oferta de divertimentos para estes professores e estudantes. Ao invés da cidade ficar refém do turismo de veraneio (restrito aos meses de verão e dependentes do bom tempo), o turismo de eventos acadêmicos ocorre todo o ano, não dependente do clima e ainda pode impulsionar outros tipos de turismo, como o histórico-cultural, rico manancial que ainda não foi devidamente descoberto em nossa cidade.

Finalmente, outra oportunidade de lucro para Valença é de se tornar um centro produtor de conhecimento. A sociedade contemporânea elegeu como uma de suas mais caras, importantes e estratégicas mercadorias o saber e a tecnologia. Algo que possa se produzir mais, com qualidade e com menor custo. E as universidades e faculdades são por excelências os centros de produção de conhecimento, de desenvolvimento tecnológico e de descobertas científicas. Além do emprego para os auxiliares na realização das pesquisas, os “royalties” oriundos das patentes revertem para o município na forma de impostos e taxas.

Este retorno a nossa cidade já recebeu, ainda que de forma incipiente, com as três instituições já existentes. Contudo, a vinda de um campus de uma universidade federal, como a UFRB, muito mais que prestígio, consolidará Valença como um forte pólo universitário do interior e poderá incentivar tanto a atração de outras instituições de ensino superior (quer privadas, quer públicas), como a ampliação das já existentes, com a instalação de novos cursos, como Letras, Enfermagem e Engenharias.

O nosso povo, intuindo isso, já se mobilizou para a instalação imediata do campus da UFRB, como mostra as matérias que saíram nos jornais da terra nos últimos meses. A prefeitura, principal beneficiária com a arrecadação de impostos e taxas, deveria não só adiantar suas obrigações para a construção do campus da Universidade Federal do Recôncavo Baiano como criar as condições para que os setores de habitação, comércio, turismo e serviços voltados para o público acadêmico possam se desenvolver na nossa cidade, de forma ordenada.

Não nos enganemos. A vinda da UFRB não significará apenas a vinda de mais estudantes para Valença. Significa também a vinda de futuro, dinheiro, emprego e oportunidades para quem souber aproveitar. Basta o atual governo municipal fazer sua parte que o nosso povo fará a sua.

Bibliografia
FORUM da UFRB. Baixo sul unido para a implantação do campus. Valença Agora. Valença. 14-fev. a 21-fev. 2007.p. 04.
AUDIÊNCIA pró campus da UFRB tem participação maciça da população. Valença Agora. Valença, 28-mar. a 074-abr. 2007. p. 06-07.
UNIVERSIDADE federal do recôncavo – afinal o povo acordou. O Farol. Morro de São Paulo e Valença. Jan. 2007. p. 06
AUDIÊNCIA une a região em torno da UFRB. Costa do Dendê. Valença, Fev/Mar. 2007. p. 03
MARTINIANO continua lutando pela vinda da UFRB. Rolando na Orla. Valença. Jan. 2007. p. 19
CENTRO de pesquisas costeiras é criada na cidade de Valença. Rolando na Orla. Valença, fev.2007. p. 07

Salvador, 15 de novembro de 2007. 05h02 AM

Ricardo Vidal, 29 anos, escritor. Autor do livro “Estrelas no Lago”. Participou de várias antologias e foi menção honrosa nos concursos de poesia da revista Iararana (2002) e da ALER (2005). Fundador e ex-diretor da UMES-Valença (1994-1996). Estuda Letras/Inglês na UNEB-Salvador. Blog: www.bardocelta.blogspot.com. E-mail: cve_livros@hotmail.com

Disponível no site do Valença Agora: http://www.valencaagora.com/x/b/bs.php?bl=1&menu=398

sábado, 10 de novembro de 2007

Homenagem para Valença

Só para constar, Minha querida Valença, cidade natal, comemora hoje (10 de novembro) 158 anos de elevação à categoria de cidade. O município de Valença, contundo, já comemora 208 anos de idade. E no dia 08 de novembro último, comemorou 250 anos de devoção popular à Nossa Senhora do Amparo. Minha amada cidade, parabéns!!!!!!!!!!!!

Como sugestão de leituras, ficam os meus poemas "Cântico de Amor de um Ausente" e "Balada para o Progreso de Valença" e o conto "Lendas do Amparo".

LEMOS & RELEMOS - Valença Agora 131

LEMOS & RELEMOS - Arte, Gente, Empresas e Negócios.
ricardolemosarte@hotmail.com

FRASE DA SEMANA: “A minha proposta no PT é unificar o partido aqui em Valença” (Ruy Lima – Candidato a Presidente do PT)
NOTA de RICARDO VIDAL: Tem meu apoio no PED-PT de 02 de dezembro de 2007

VALENCIANO DENTRE OS MELHORES POETAS DE 2007

O escritor valenciano Ricardo Vidal, 29 anos, foi escolhido pela Câmara Brasileira dos Jovens Escritores (CBJE) como um dos 150 melhores poetas publicados em 2007 e participará da antologia Panorama Literário Brasileiro 2007. O livro será lançado em dezembro próximo, na sede da editora, na cidade do Rio de Janeiro. O texto escolhido de Ricardo Vidal foi o poema “O Beijo”, publicado em março deste ano, no volume 34 da Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos. O poema estreou no jornal Valença Agora, na edição de 21 de fevereiro deste ano.

QUEM É O AUTOR. Ricardo Vidal também já ganhou prêmios literários. Em 2002, foi o terceiro lugar (menção especial) no Concurso Nacional de Poesia da revista Iararana. Na ocasião, três de seus poemas foram publicados na oitava edição da revista, que também foi lançada na Europa, nas cidades de Paris (França) e Budapeste (Hungria). No ano passado, foi menção especial no II Concurso de Poesia da ALER com o “Soneto da Solidão”.
José Ricardo da Hora Vidal nasceu em Valença em 1978. Estudou no Colégio Social e no Educandário Paulo Freire (EPF). Na época em que foi aluno do EPF, participou ativamente do movimento estudantil. Foi dos fundadores da UMES-VA, chegando a Diretor de Imprensa no biênio 1994-1995. Mora em Salvador desde 1996, contudo visita a cidade regularmente. Atualmente está quase concluindo o curso de Letras/Inglês da UNEB, após ter estudado Jornalismo na UFBA – curso que abandonou, faltando três semestres para a formatura.
Ricardo Vidal é bisneto do maestro Barrinha (autor da música do Hino de Valença), sobrinho-neto de Antônio Sereia (benfeitor de Valença e construtor do Estádio Municipal de Valença), sobrinho do poeta Valdo da Hora e primo do pintor Junior da Hora e do vereador Zé da Hora. É filho de Antonio José Conceição Vidal e de Vilma da Hora Vidal.

Fonte: http://www.valencaagora.com/x/b/bs.php?bl=1&menu=274

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

E-mail da CBJE, anunciando a publicação do meu poema na Antologia

Panorama Literário Brasileiro 2007/2008‏
De: Antologias (antologias@camarabrasileira.com)
Enviada: quinta-feira, 8 de novembro de 2007 14:26:04
Para: Ricardo Vidal (bardocelta@hotmail.com)

Câmara Brasileira de Jovens Escritores
A casa do novo autor brasileiro - Fundada em 29 de dezembro de 1986
Rua Crundiúba 71/201F - Rio de Janeiro/RJ
http://www.camarabrasileira.com/


Os melhores poemas de 2007

Prezado poeta,
José Ricardo da Hora Vidal (20/04/1978) - Salvador/BA.
Estudante/Escritor
Poema: "O Beijo"

É com satisfação que informamos que o seu poema "O Beijo" foi selecionado para compor a Edição Histórica do Panorama Literário Brasileiro 2007/2008, com lançamento previsto para o dia 5 de dezembro de 2007.

Nesta edição, excepcionalmente, estamos reunindo 150 poetas brasileiros contemporâneos que tiveram suas obras indicadas pela Comissão de Avaliação da CBJE e aprovadas pelos Grupos de Leitura especialmente criados para este fim.

Veja detalhes do processo seletivo e os nomes de todos os poetas que estão sendo publicados, em: http:///

Especificações da obra:
Livro no formato 14x21cm - 170pp - Miolo em papel offset 90g
Capa em policromia, plastificada, com orelhas, fino acabamento
Com ISBN e Código de Barras
Capa: Paola Benvenutti
Produção visual: Alexandre Campos

Centenas de exemplares distribuídos para mais de 400 Bibliotecas Públicas do país.
RESERVE JÁ O SEU EXEMPLAR!!!

Saiba que para nós é motivo de orgulho e satisfação ter você com personagem desta Edição Histórica, que no seu quarto ano consecutivo registra a realidade mais autêntica da arte poética brasileira nos anos 2.000.

Cordiais saudações,
Gláucia Helena / Pres. Conselho de Administração
Georges Luiz / Editor

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Comentário do Autor: É hoje que eu não durmo por causa d'alegria. Quanto falta para eu ganhar o Prêmio Nobel de Literatura???

O Lado Recôncavo de Valença - artigo

O lado recôncavo de Valença

Ricardo Vidal, 29 anos, escritor. Autor do livro “Estrelas no Lago”. Participou de várias antologias e foi menção honrosa nos concursos de poesia da revista Iararana (2002) e da ALER (2005). Fundador e ex-diretor da UMES-Valença (1994-1996). Estuda Letras/Inglês na UNEB-Salvador. Weblog: www.bardocelta.blogspot.com
E-mail: cve_livros@hotmail.com

Na convenção municipal dos Democratas (ex-PFL), realizada em Valença no dia 19 de outubro de 2007, o deputado estadual Heraldo Rocha fez a infeliz declaração de que Valença não receberia um campus da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), pois nossa cidade não faria parte desta região… Considerando que ele se arroga em dizer que nos representa na Assembléia Legislativa, esta declaração mostra o quanto desconhece sobre nossa história e nosso povo. O nosso município de Valença tem a singularidade de ser a síntese do litoral do Estado da Bahia, por ter tanto características da Região Cacaueira como (principalmente) do Recôncavo baiano. E os fatos estão aí para comprovar que Valença é o Cacaueiro do Recôncavo.

Nossa vocação de ser o limite entre as zonas de influência de Salvador e Ilhéus é patente desde o período colonial. Embora as terras valencianas FORMALMENTE pertencentes à Capitania dos Ilhéus (constituindo-se no limite norte da mesma), a verdade histórica mostra que desde aquela época está ligada ao Recôncavo. O professor Waldir Freitas, no seu livro “A Industrial Cidade de Valença: um surto de industrialização na Bahia do século XIX” afirma, inclusive, que Valença, estando “perfeitamente integrada à vida econômica do Recôncavo”, caracterizava-se como “simples extensão da área diretamente controlada pelos Governos com sede em Salvador”. Cairu, Valença, Taperoá, Boipeba, todas essas terras neste período se desenvolveram como centros de abastecimento, fornecendo madeira e farinha mandioca pro Recôncavo. Também pelo seu valor estratégico, nossa região integrou o perímetro de defesa de Salvador, em que o Forte do Morro de São Paulo constituía o baluarte sul do sistema de apoio do Recôncavo (juntamente com os fortes de Santa Cruz do Paraguaçu e de São Lourenço na ilha de Itaparica) à defesa da capital.

No Dois de Julho (data por excelência do Recôncavo), a então vila emancipada de Nova Valença enviou o Reverendo Theodózio Dias de Castro como seu representante do junto ao Conselho Interino – com sede em Cachoeira – que lutava pela independência da Bahia. É de se notar que, enquanto nas outras vilas e cidade da Bahia fora do Recôncavo só havia notícias das lutas, Valença participou ativamente na independência, não só com homens e mantimentos como também foi no nosso litoral (no canal de Tinharé, entre Valença e Cairu) viu o nascimento da primeira esquadra da Matinha de Guerra Brasileira, quando os navios de Lord Cochrane, chegados do Rio de Janeiro, se encontrou com a heróica Flotilha Itaparicana do tenente João das Botas, conforme lembra o professor Edgard Oliveira no seu livro “Valença: dos primórdios à contemporaneidade”.

Nossa ligação com o Recôncavo continuou quando Valença participou da industrialização da região, com a vinda das fábricas de tecidos (primeira com a Todos os Santos, hoje em ruínas, e depois com a Nossa Senhora do Amparo, atual CVI). No caso da Cia. Valença Industrial, a ligação com Salvador (e por tabela, com o Recôncavo) era tão forte que seu iate, a “Industrial” fazia linha com o porto de Salvador (e não com o porto de Ilhéus) e por lá comprava algodão e vendia o tecido. Também foi no bairro soteropolitano do Comércio, na esquina da Rua da Grécia com Avenida Estados Unidos que a CVI manteve seu escritório por anos.

E ainda hoje, Valença se liga ao Recôncavo no plano cultural, seja na produção dos saveiros e escunas – embarcações típicas da Bahia de Todos os Santos, seja através dos nossos escritores, que participam da Academia de Letras do Recôncavo (ALER). Como lembra o presidente da ALER, Sr. Almir de Oliveira, já na fundação da entidade se havia a preocupação de integrar Valença e Taperoá (cidade que apenas geograficamente eram consideradas Baixo Sul Baiano) dentro dos limites de atuação da academia. E esta intenção se materializou com a eleição de seis valencianos para o quadro da Academia (Ivamar Batista, Macária Andrade, Mustafá Rosemberg, Rosângela Góes, Alfredo Neto e Araken Vaz Galvão), na participação do Prof. Dr. Dário Loureiro como membro benfeitor da entidade e na existência de uma sub-sede da ALER no campus da FACE na cidade.

Bem, pelo o que agora foi exposto, parece que Valença não teria ligações com a região Cacaueira. Nossa cidade é o limite sul das Terras do Cacau. Por conta disso que Valença conta com um escritório da CEPLAC e uma unidade da EMARC. Da mesma forma, até 1883, Valença integrou a jurisdição da Comarca de Ilhéus, mantendo assim coesa por 349 a unidade administrativa da antiga capitania. No ponto de vista agrícola, nossa ligação maior é com Ilhéus. Mas no ponto vista cultural, histórico e prático, nós de Valença somos Recôncavo.

Valença foi agraciada pelo destino de ser o limite destas duas importantes regiões do Litoral Baiano – cuja divisa simbólica pode ser localizada nas margens do nosso Rio Una. Sendo assim, seria natural que nossa cidade mereça ganhar um campus da UFRB, por possuí todas as condições históricas e culturais. E a vinda desta universidade é de máxima importância para o desenvolvimento (principalmente econômico) da nossa cidade, que possui tudo para ser uma perfeita cidade universitária. Esta luta é de todos nós e cabe ao governo municipal saia de sua inércia e encampe sua OBRIGAÇÃO de providenciar a instalação do campus da UFRB, respondendo um anseio geral de todos nós que amamos nossa cidade. Mesmo que o seu desinformado deputado, putativo representante da Valença, diga o contrário…

Bibliografia
OLIVEIRA, Edgar Otacílio da Silva. “Valença: dos primórdios à contemporaneidade”. Salvador: Secretaria de Cultura e Turismo, 2006. (Coleção Cidades da Bahia)
OLIVEIRA, Waldir Freitas. “A industrial cidade de Valença”. Um surto de industrialização na Bahia do século XIX. Salvador: Centro de Estudos Baianos da Universidade Federal da Bahia, 1985.
OLVEIRA, Almir de. Academia de Letras do Recôncavo: Apontamentos para a história. Revista da Academia de Letras do Recôncavo. Santo Antonio de Jesus: Academia de Letras do Recôncavo, Nº 01, 2005. p. 13-16.
DEMOCRATAS em convenção. Valença Agora. Valença, 25-out. a 01-nov. 2007. p. 05.

Valença, 27 de outubro de 2007.

Publicado no Jornal Valença Agora, edição nº 131

VALENCIANO DENTRE OS MELHORES POETAS DE 2007

VALENCIANO DENTRE OS MELHORES POETAS DE 2007

O escritor valenciano Ricardo Vidal, 29 anos, foi escolhido pela Câmara Brasileira dos Jovens Escritores (CBJE) como um dos 150 melhores poetas publicados em 2007 e participará na antologia Panorama Literário Brasileiro 2007. O livro será lançado em dezembro próximo, na sede da editora, na cidade do Rio de Janeiro. O texto escolhido de Ricardo Vidal foi o poema “O Beijo”, publicado em março deste ano no volume 34 da Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos. O poema estreou no jornal Valença Agora, na edição de 21 de fevereiro deste ano.

Foi uma grata surpresa quando recebi a notícia, pois a mensagem chegou quando eu es-tava aqui em Valença, festejando a Lavagem do Amparo. Só vim saber da indicação dois dias depois, quando eu retornei pra Salvador” – declarou Ricardo Vidal. Esta é a segunda vez que Ricardo Vidal participa do Panorama Literário Brasileiro. Em 2004, seu poema “Cântico dos Lírios” foi escolhido, depois deste poema ter sido publicado no volume 10 da Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos, após ter sido um dos três poemas que ganharam o terceiro lugar no Concurso promovido pela revista Iararana em 2002.

O Panorama Literário Brasileiro, segundo as palavras dos editores, “é um documento histórico, que é editado no seu quarto ano consecutivo”. Foram avaliados todos os trabalhos inscritos para as seletivas da CBJE durante este ano. Os membros do Conselho Editorial da CBJE escolhe-ram os poemas, sendo também ouvida a opinião dos leitores. O volume terá 170 páginas e cerca de 400 exemplares serão destinados às Bibliotecas Públicas do país. A lista completa dos demais selecionados está disponível na internet, no endereço www.camarabrasileira.com/panorama2007-2008.htm.

CARREIRA DE SUCESSO. Com este honraria, a bibliografia de Ricardo Vidal ganha o oitavo volume. Pela CBJE, o jovem escritor publicou poemas e contos na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos (volumes 08, 10 e 34), Antologia de Contos de Autores Contem-porâneos (volume 01) e Panorama Literário Brasileiro (edições de 2004 e 2007). Pelo Educan-dário Paulo Freire, participou do livro Quase Escritores. Em 2004 lançou seu primeiro livro, Es-trelas no Lago. Além dos livros, Ricardo publicou seus textos em websites, jornais e revistas. Ri-cardo Vidal também assina um weblog, Castelo do Bardo Celta (http://www.bardocelta.blogspot.com/), além de possuir uma página no website da CBJE (www.camarabrasileira.com/ricardovidal.html).

Ricardo Vidal também já ganhou prêmios literários. Em 2002, foi o terceiro lugar (menção especial) no Concurso Nacional de Poesia da revista Iararana. Na ocasião, três de seus poemas foram publicados na oitava edição da revista, que também foi lançada na Eu-ropa, nas cidades de Paris (França) e Budapeste (Hungria). No ano passado foi menção especial no II Concurso de Poesia da ALER com o poema “Soneto da Solidão”.

QUEM É O AUTOR. José Ricardo da Hora Vidal nasceu em Valença em 1978. Estudou no Colégio Social e no Educandário Paulo Freire (EPF). Na época em que foi aluno do EPF, participou ativamente do movimento estudantil. Foi dos fundadores da UMES-VA, chegando a Diretor de Imprensa no biênio 1994-1995. Mora em Salvador desde 1996, contudo visita a cidade regularmente. Atualmente está quase concluindo o curso de Letras/Inglês da UNEB, após ter estudado Jornalismo na UFBA – curso que ele abandonou faltando três semestres para a formatura.

Ricardo Vidal é bisneto do maestro Barrinha (autor da música do Hino de Valença), sobrinho-neto de Antônio Sereia (benfeitor de Valença e construtor do Estádio Municipal de Valença), sobrinho do poeta Valdo da Hora e primo do pintor Junior da Hora e do vereador Zé da Hora. É filho de Antonio José Conceição Vidal e de Vilma da Hora Vidal.

Fonte: A Voz da Região: http://www.avozdaregiao.com.br/ver.php?manchete=491 (em 08-out-2007)

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

A propósito de um quadro

Salvador, 07 de novembro de 2007.

Caro Mestre Junior da Hora



Gostaria de ter dito estas palavras em viva voz, para expressar a minha gratidão pelo belíssimo quadro que me mandaste. Mas, como é a vida: no dia em que eu pude viajar pra terrinha, acabou que não nos encontramos. (Ah, já estou sabendo do novo emprego – felicidades e sucesso). Por isso, uso do espaço do meu blog para mandar-te esta mensagem e tornar público o meu agradecimento pelo presente.



Agradeço de coração o soberbo presente que me mandaste. Ele é magnífico! Maravilhoso!! Quimérico!!! Feérico!!!! Como dizem os ingleses, “Terrific”!!!!! É uma jóia que eu coloquei no meu quarto, junto com meus livros. Sabendo o quanto gosto dos meus livros, então tu já entendeste que pus o teu quadro dentre as coisas eu mais prezo e amo neste mundo.



Fiquei encantado com o jogo de claro/escuro entre as tintas azuis e brancas, em que noite e luz aparecem numa rima forte, rara, brincando com os contrastes. E o que falar da composição? Bem equilibrada, com o farol ocupando um terço lateral e emanando luz para direita, o reflexo turvo do farol nas ondas da praia e as árvores por detrás do farol, feitas com pinceladas expressionistas. As texturas ficaram interessantes, principalmente aquelas decorrentes do uso da espátula – como o telhado vermelho da casa e o contorno do farol. Outro ponto digno de nota foi ter posto as imagens fortes (diria até, as mais ricas em cores) na esquerda – exatamente onde nós ocidentais começamos a leitura. Depois de se concentrar nas figuras e nos símbolos expressos, a mente pode seguir em devaneios para direita, onde a luz caminha para o branco. Na esquerda encontramos as mensagens, a noite azulada, os vermelhos e os laranjas quentes da construção, o verde fugaz da mata – verde nervoso que também pode para uma fogueira (estaríamos falando na devastação da natureza?) – o farol ereto e rijo, másculo e poderoso a indicar os caminhos; enquanto na direita deixamos o branco, a reflexão, a serenidade. Aliás, é este contraste entre uma esquerda forte a irromper para o mundo toda uma gama de falas e conceitos e sentimentos que me fascinou no quadro. Pena que eu não conheça mais sobre artes plásticas para melhor expressar minhas impressões sobre este teu quadro. Caro Junior da Hora, tu és um mestre nas artes e por isso eu te saúdo: “Evoé, Grande Pintor, Evoé!”.



Depois que recebi teu quadro (imagine, uma belíssima pintura de um mestre!), minha mente ficou em ebulição. Minha mão coça em fazer um poema ou uma crônica. E com certeza, meu próximo livro terá a pintura na capa. Outra possibilidade é aproveitar a pintura num pôster. Nossa avó Valdete com certeza ficaria felicíssima em ver um pôster como esse: um quadro do neto artista plástico junto com um poema do neto escritor. Se, por um lado, admito que eu seja egoísta o suficiente para guardar com carinho a pintura original pra a visão de alguns eleitos, eu também creio que uma cópia deva ser acessível para a admiração dos outros – como todos os seus quadros, caro primo. Idéias não faltam!!! Qualquer coisa que eu fizer, tu serás o primeiro a saber e a ter uma cópia.



Sabes que eu sou teu fã incondicional. Agradeço de coração o presente e te garanto que este quadro será o primeiro de minha coleção. E outras pinturas eu irei comprar na tua mão no futuro, pois a ti desejo o mesmo sucesso de Picasso, Dalí, Goya, El Greco, Velásquez, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Portinari, Ticiano, Rafael Sanzio, Giotto, Botticelli, Hieronymus Boch, Van Gogh, Gauguin, Renoir, Toulouse-Laucret e Klint.



Um abraço fraterno do teu primo,



Ricardo Vidal

Aniversário do BLOG - atrasado

Meu pai, Sr. Antonio, Eu e minha mãe, Sra. Vilma, em Valença

Casa de Jorge Amado, 2002. Lançamento da Revista Iararana #08
e entrega dos prêmios aos vencedores do II Concurso Iararana de Poesia


Só agora percebi: no último dia 16 de outubro o meu blog comemorou o seu segundo aniversário. Já possui mais de 100 posts, com artigos, poemas, contos, memórias, comentários e notícias escritos em português, inglês e espanhol!!!!!! Tudo isso e parece que foi ontem quando escrevi o prefácio deste blog...

Bem, com quase uma quinzena de atraso, fica o post lembrando aniversário do Weblog "Castelo do Bardo Celta". Com a palavra, os senhores leitores....

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Carta para o Jornal Valença Agora

Caro Senhor Editor-Chefe do Jornal Valença Agora

Saudações.

Li na versão on-line a nova edição do jornal. Além de ficar lisonjeado com a publicação do meu artigo, igualmente fico feliz com a manifestação de Profa. Macária Andrade sobre o atual estado do prédio onde nasceu Conselheiro Zacarias. Nestas horas que eu me pergunto: Cadê um Secretário de Cultura (que não seja também de Turismo, Industria, Comércio e outras bizarrices) digno deste nome, dotado com um mínimo de tirocínio, que não pensou em transformar aquele prédio histórico num museu ou doasse para que seja a sede da ALER? A Prefeitura de Valença, na segunda gestão de Agenildo, já cometeu um erro irreparável, com a venda e posterior demolição do antigo Mercado Municipal, 03º prédio na Bahia a usar concreto armado. Melhor do que fazer este crime de lesa-cultura, teria sido a própria prefeitura tombado o patrimônio, como prevê a nossa Constituição- era mais fácil para procurar patrocínio para restauração e depois o transformaria numa espécie de Mercado Modelo. O local de venda de carne poderia ter sido a prate de venda de lembrança e artesanatos e o local de venda de farinha poderia ter sido o lugar de apresentações folclóricas e artísticas. Assim, não só teria gerado renda como preservarva a cultura de nosso município e atrairia mais turistas pra nossa cidade. Será que Valença cometerá o mesmo pecado, deixando destruir a casa onde nasceu seu filho mais ilustre?

Envio para para análise outro artigo, falando sobre a nossa identidade com o Recôncavo, o que justificaria a vinda de um campus da UFRB para nossa cidade. Imagino que ele seja o interesse do Valença Agora, por tratar de algo que segue a linha editorial do mesmo: a defesa dos interesse de nossa cidade Valença. Espero que o artigo esteja do agrado do jornal. No mais, um abraço forte e sucesso pro Valença Agora.

Ricardo Vidal
Escritor & Fotógrafo

(E-mail enviado no dia 05 de novembro de 2007, por volta das 11h45 AM, na cidade de Salvador)

Aniversário do Conselheiro Zacarias

Aniversário do Conselheiro Zacarias

(publicado na edição nº130 do Jornal Valença Agora)

O mês de novembro é um mês de festas para os valencianos: Dia 08 é o dia da Nossa Senhora do Amparo. Dia 10 é o dia em que a Valença foi elevada à condição de cidade (não obstante sua emancipação político-adminstrativa tenha ocorrido em 23 de janeiro de 1799). Contudo, ainda neste mês há outra data que honra muito aos cidadãos de Valença, mas que sempre passa em branco: é o dia 05 de novembro, aniversário do Conselheiro Zacarias, um dos seus mais ilustres filhos do município.

Zacarias de Góis e Vasconcelos destacou-se como um dos principais estadistas e pensadores políticos do Império do Brasil. Foi senador, membro do Conselho de Estado, presidente das províncias (cargo equivalente ao de governador) de Sergipe, Piauí e Paraná e Presidente de Conselho de Ministro (cargo equivalente ao de primeiro-ministro) em três ocasiões; além de autor de vasta literatura política.

Ele nasceu em Valença no dia 05 de novembro de 1815, no prédio da Praça da Triana onde funcionou o Fórum Gonçalo Porto, na então Vila de Nova Valença do Sagrado Coração de Jesus, e faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 28 de janeiro de 1877. Aos 22 anos se formou em Direito pela Faculdade de Olinda, retornando em 1840 para ser Professor concursado, aprovado por méritos.
Carreira Política

A carreira política do Conselheiro Zacarias começou com sua eleição para Assembléia Provincial da Bahia pelo Partido Conservador – apoiado pelo Visconde de São Lourenço. Mais tarde foi eleito para a Câmara de Deputado. Em 1862, participou da criação da “Liga Progressista”, formada pela união de conservadores e liberais moderados. Com a dissolução da liga, entrou pro Partido Liberal, do qual foi um dos mais importantes ideólogos. Indicado na lista tríplice, Zacarias foi nomeado Senador Vitalício pelo imperador. Também foi nomeado Conselheiro de Estado e agraciado com a Imperial Ordem da Rosa, na condição de oficial. No Congresso, ficou famoso pelos seus discursos e pela sua vigilância quanto à moralidade e às vestimentas dos colegas.

Como estadista, iniciou sua carreira como presidente das províncias de Sergipe, Piauí e Paraná. Nesta última, recém desmembrada de São Paulo, mostrou sua competência, organizado-a e criando condições pra seu desenvolvimento e consolidação. Por conta disso, até hoje, conta a gratidão e o carinho dos paranaenses. Como resultado desta experiência administrativa, Conselheiro Zacarias foi indicado para ser Ministro de Estado em quatro ocasiões, das quais presidiu o Conselho de Ministro por três vezes, entre 1862 e 1868. Foi o único político liberal a conseguir este feito, que só foi igualado (nunca superado) por dois gigantes do Partido Conservador: Duque de Caxias e Marquês de Olinda. Sua atuação como Presidente do Conselho do Ministro coincidiu com os momentos cruciais da consolidação institucional do Império do Brasil.

Figura marcante no cenário político da época, o Conselheiro Zacarias despertou paixões e respeito. Amado por uns, odiado por outros (que o acusavam de ser um político personalista e ambicioso), todos foram unânimes em reconhecer nele a figura de um estadista habilidoso politicamente, inteligente, erudito, sagaz em vencer os inimigos e incomparavelmente talentoso como escritor, advogado e orador. Devido a isso, foi o líder e campeão inconteste do Liberalismo Brasileiro. Exemplo desta opinião está na crônica “O Velho Senado”, de Machado de Assis, quando o Bruxo do Cosme Velho cita-o textualmente como uma das grandes figuras do Senado do Império, ao lado de Nabuco de Araújo (pai de Joaquim Nabuco), Marquês de Paranaguá e Duque de Caxias.

Escritor e Pensador de Renome

Não só pela sua atuação parlamentar e administrativa, Conselheiro Zacarias entrou para história como pensador político. Além dos discursos, Zacarias de Góis e Vasconcelos legou vários livros onde expôs suas opiniões acerca da realidade brasileira. Dentre seus livros, destacam-se o Manifesto do Centro Liberal, Programa do Partido Liberal, Questões Políticas e a sua obra capital, Da Natureza e Limites do Poder Moderador.

Em Da Natureza e Limites do Poder Moderador, cuja primeira edição é de 1860, o Conselheiro Zacarias propõe a limitação do poder pessoal de Don Pedro II. Foi a primeira tentativa explícita de reformas das instituições monárquicas brasileiras, em direção ao seu aperfeiçoamento e maior semelhança com o modelo inglês – considerado até hoje um dos mais avançados e democráticos sistemas parlamentaristas. Na época em que foi lançado, o Imperador Don Pedro II estava no auge de sua popularidade, motivo pelo qual o texto foi duramente atacado. Todavia, a erudição e os argumentos levantados por Zacarias fomentaram o debate por mais alguns anos (o que levou a uma segunda edição, aumentada, em 1862) e mostrou a necessidade de se ampliar os espaços democráticos no Brasil da época. Em determinado trecho (Capítulo 06 da 03ª Parte), não teme em considerar o Poder Moderador (de uso pessoal do monarca), tal e qual na estava na Constituição de 1824, não só era inútil – uma vez que não impedia o surgimento de revoluções – como poderia ser prejudicial por provocá-las. Hoje, o livro é referencial para entender como as nossas elites compreendiam a nação brasileira e quais rumos aspiravam para ela.

Em Questões Políticas, Zacarias retoma ao debate sobre a limitação do poder Moderador e o papel do Imperador na dissolução dos gabinetes, tendo como pano de fundo a queda do seu Gabinete de Ministros (o terceiro que presidiu, em 1868) durante a Guerra do Paraguai, quando foi substituído pelo Duque de Caxias.

Bibliografia
VASCONCELOS, Zacarias de Góis. “Zacarias de Góis e Vasconcelos”. Organização e introdução de Cecília Helena de Salles Oliveira. São Paulo: Editora 34, 2002. (Coleção Formadores do Brasil).
OLIVEIRA, Edgar Otacílio da Silva. “Valença: dos primórdios à contemporaneidade”. Salvador: Secretaria de Cultura e Turismo, 2006. (Coleção Cidades da Bahia)
CARTA de Alexandre Muniz de Queiroz a Luiz Fernando, São Paulo, 08 de fevereiro de 1995. Cópia pertencente ao arquivo pessoal de Ricardo Vidal.
ASSIS, Machado de. “O Velho Senado”, acessado nos sites: < http://www.cce.ufsc.br/~nupill/%0bliteratura/senado.html> e < http://www.senado.gov.br/sf/senadores/presidentes%0b/Cronica_Machado_de_Assis.asp> no dia 22 de outubro de 2007, às 04h03 da madrugada.

Ricardo Vidal, 29 anos, escritor. Autor do livro “Estrelas no Lago”. Participou de várias antologias e foi menção honrosa nos concursos de poesia da revista Iararana (2002) e da ALER (2005). Fundador e ex-diretor da UMES-Valença (1994-1996). Estuda Letras/Inglês na UNEB-Salvador. Weblog: www.bardocelta.blogspot.com. E-mail: cve_livros@hotmail.com

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Halloween - Dia das Bruxas

Como hoje é o Dia das Bruxas (Halloween), deixo a sugestão para relerem o meu poema Walpurgisnachstraun , inspirando tanto na data como numa passagem do poema Fausto, de Goethe. Doçuras ou Travessuras para todos.
P.S. Estou com uma notícia boa pra daqui a pouco.... Só preciso terminar de formatar uma lista para anunciar no meu weblog (Se eu tiver saco).

Boa Notícia

Acabo de retornar de Valença, onde passei um bom final de semana. E agora, ao receber a notícia, por E-mail, de que a Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE) escolheu meu poema "O Beijo" como um dos melhores de 2007, passando a integrar o Panorma Literário Brasileiro 2007/2008. Nem sei se irei dormor, depois dessa. É o segundo poema meu que foi escolhido para participar desta antologia. O primeiro foi o poema "Cântico dos Lírios", que depois de ser premiado pela Revista Iararana, também foi publicado no "Panorama Literário Brasileiro 2004/2005". Segue a lista com os vencedores

Lançamento: Dezembro de 2007
Prazo de reservas até 15 de novembro de 2007
Saiba como fazer suas reservas em http://www.camarabrasileira.com/p2a.htm

ALGUNS AUTORES SELECIONADOS (A lista no total tem 150 pessoas)
Bruna Longobucco (10/04/1978) - Belo Horizonte/MG. Graduada em Comunicação Social; bacharelanda em Direito. Poema: "Para compor um novo enredo" (recomendo entrar no site dela: www.brunalongobucco.com
Débora Villela Petrin (10/01/1966) - São Paulo/SP. Publicitária. Poema: "Coração"
Fábio Selva Stelzer (31/10/1979) - Castelo/ES. Zootecnista. Poema: "A Primavera de Praga"
Ivandilson Amado Santos (14/12/1958) - Alagoinhas/BA. Aposentado. Poema: "Felicidade"
José Ricardo da Hora Vidal (20/04/1978) - Salvador/BA. Estudante e Escritor. Poema: "O Beijo" - EU

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Article on Drug Addiction

Article on Drug Addiction

The drug addiction problem must not be viewed in a simplistic manner or as a mere contemporary social problem. On the contrary, it encompasses a complex cut which the impact on public health, economic relationships and the drug diversity itself should be taken into account within a wider social context.

The use of drugs has been present in human culture since its origins. How and when it has been used depends on the context. For instance, at a religious ceremony, mescaline in pre-Hispanic tribes in Mexico; as a stimulus to artist. creation, absinth, hashish etc; or as a medicine, like morphine. The social acceptability for drugs has varied according to the time, quantity and situation: it may range for complete disapproval – as it has been linked to underground, the case of marijuana in Brazil in the 30’s – to appreciation, if not, as na evidence of social status – the case of tobacco and wine. The implies that some drugs may be legalized or not. This is a dynamic factor. It may occur that in a same society a narcotic shifts from a legalized drug to an illegalized one, that is, from social tolerance to social intolerance or vice versa. To illustrate this, let us take the prohibition of alcohol beverages in the USA in 1920 by means of the Dry Law and its later revocation in 1923.

The use of drugs, due to these particularities, make them acquire a glamour and increase the interest in using drugs, and helps to hide its pernicious side. In the case of legalized drugs, their use is usually associated with the idea of social climbing, thus leading to an exaggerated drug use – as was the case of tobacco in the mid 60’s, when advertising connected ostensibly the idea of smoking to success, power, fame, seduction and social climbing. In the other case, the illegality itself is the cause of fascination and attraction to drugs. Thus, its consumption would be associated with a form of social reaction and protest, as it happened to the so-called “lost generation” of North American literature. This was an emblematic since the mere prohibition of alcohol led to the questioning of the limits of the socially acceptable by the writers of that generation and taking the excesses to the ultimate consequences.

If drugs have a “socially” explicable and comprehensible side, and depending on the amount taken, with innocuous or minimal social effects, this does not mean narcotics do not get their dark side, especially under high consumption. The addiction to drugs brings several problems, most of them heavily related to public health. Currently the addiction to drugs is reputed as pathology, and the user is someone who needs careful treatment. The main public health problems related to drugs are: the drug addicted physical and psychological decay, in several times leading to death, the deterioration within the core of the family and, as a consequence, a huge social damage, which can be directly viewed through the increasing of medical care and rehab and, indirectly, by means of the increasing of the violence, criminality, social instability, and higher public expenses.

If drugs cause (one could question?) such problems, why are not drugs totally banished? One could affirm which the answer is on its economic profitability. The drugs –lawful or unlawful– represent one of the greatest markets worldwide, mainly in the last 200 years – as The Opium War, where the British Raj used its military power to support the traffic of opium in the Chinese Empire. In the case of the lawful drugs, the taxes earned by the government could compensate public health expenses – even though public service campaigns about the addiction to drugs dangers and a probable indirect consumption control, such as specific laws or propaganda banishment. About the unlawful drugs, they are “free” from this indirect control, and become a field for criminal action, increasing public security problems. In some cases, the narcotic traffic, besides to give support to criminal activities, such as burglaries, raises what one could name “a parallel power”. A remarkable example is Colombia and its “cocaine cartels”, with a huge social acceptance and being more powerful than some local authorities, influencing politicians, judges, policemen to work on behalf of them. Thus, with a corrupt social structure, fighting the crime become ineffective.

All in all, the question of the drugs is more complex than it seems to be, going for beyond a mere health or police case. The lawful and unlawful narcotic trade profits attract men’s covetousness, regardless their social costs. There are also complex variables related to drugs consumption and society, such as acceptance, boundaries, social and cultural meanings. But, drugs? It is better avoiding.
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(Artigo apresentado para disciplina Inglês Avançado 02 e tido como o melhor escrito na citada disciplina. Tradução logo abaixo)

Artigo sobre vício de drogas

O problema dos vícios de drogas não deve ser visto de forma simplista, como um mero problema social da contemporaneidade. Pelo contrário uma complexa relação cultural em que devem ser levadas em conta os impactos na rede de saúde púbica, as relações econômicas e a própria diversidade das drogas dentro de um contexto social mais amplo.

O uso de drogas está presente na cultura humana desde suas origens. Diversos são usos das drogas e em contextos: como ato religioso (Por exemplo, a mescalina nos tribos pré-hispânica no México), como meios de sociabilidade (como o tabaco na Belle Époque), como ato de contestação (como o LSD nos anos 60) como apoio na criação artista (como o uso do absinto, haxixe e etc.) ou como medicamento (como no caso da morfina). Sua aceitação social varia com o tempo, quantidade e situação: pode variar da completa desaprovação – sendo associado muitas vezes à marginalidade, como no caso da maconha, no Brasil dos anos 30 – até apreciação, quando não, de exemplo de status social – como no caso no vinho e no fumo. Isso implica que algumas substâncias podem ser legalizadas ou não. Esse fator é dinâmico, podem numa mesma sociedade que um narcótico pode passar da legalidade para ilegalidade (ou seja, da tolerância social para intolerância social) ou vice-versa. Exemplo marcante disso foi o álcool nos EUA século XX, que resultou na (desastrosa) Lei Seca de 1920 e sua posterior revogação em 1923.

O uso das drogas, por contas destas particularidades, fazendo com que ganhem uma aura de glamour e aumentando mais o interesse para o uso das drogas, ajuda a mascarar o seu lado pernicioso. No caso das drogas legais, o uso costuma está associado à idéia de ascensão social, levando assim ao uso exagerado das drogas – como no caso do tabaco no meado dos anos 60, em que as propagandas associavam ostensivamente a idéia do fumo como o sucesso, poder, fama, sedução e ascensão social. Em outro caso, própria ilegalidade é causa de fascínio e atração da droga. Assim, seu consumo estaria associado a uma forma de reação e protesto sociais, como aconteceu com a chamada “geração perdida” da literatura norte-americana. Este fato foi emblemático porque a mera proibição do álcool levou o questionamento do limite do socialmente aceitável por parte dos escritores desta geração e levando os excessos até as últimas conseqüências.

Se a droga possui um lado que “socialmente” explicado e compreensível (?) e, dependendo da quantidade, com efeitos inócuos ou mínimos para a sociedade, isso não significa que os narcóticos (especialmente o consumo exagerado) tenham um lado sombrio. O vício provocado por ela cria vários problemas, dos quais os relacionados à saúde pública seja o mais flagrante. Modernamente o vício é considerado como uma patologia (toxicomania) e que o usuário é alguém que precise de tratamento. Dentre os principais problemas das drogas, em relação à saúde estão: a degradação psicofísica da pessoa do toxicômano, muitas vezes levando ao óbito do mesmo, a deterioração e desajustes familiares que os vícios provocam e, conseqüente, o alto custo social acarretado, representado diretamente pelas internações e tratamentos de reabilitação e, indiretamente, pelo aumento da violência, da criminalidade e da instabilidade do meio social e onerando ainda mais os gastos públicos.

Se as drogas (alguém poderia questionar), causam tais problemas, por que não são totalmente banidas? A resposta a esta pergunta está na rentabilidade econômica. As drogas (lícitas e ilícitas) são um dos maiores mercados existem no mundo, principalmente nos últimos 200 anos – como provoca a Guerra do Ópio, em que a Grã-Bretanha usou de sua força político-militar para garantir a tráfico do ópio no Império Chinês. No caso das drogas lícitas, os impostos auferidos pelo governo poderiam compensariam os gastos em saúde pública – não obstante as campanhas de esclarecimento sobre os efeitos perniciosos do vício e o eventual controle indireto do consumo, como as leis limitando ou banindo a propaganda. Já as drogas ilegais, “livres” deste controle indireto, acabam se tornando campo da atuação de grupos criminosos, provocando também problemas na esfera da segurança pública. Em alguns casos, o tráfico de narcóticos, além de financiar outras atividades criminosas como assaltos, faz com que surjam verdadeiros poderes paralelos. Exemplo disso é a Colômbia, em que os “cartéis de cocaína” muitas vezes tinham mais “legitimidade social” e poder de fato do que o próprio governo local, quando não estavam infiltrados na máquina estatal, com policiais, juízes e políticos corrompidos agindo em beneficio destes cartéis. Deste modo, com a estrutura social “viciada e corrompida”, o combate ao crime torna-se ineficaz.

Diante do exposto, a questão das drogas mostra-se mais complexa do que possa parecer, indo além de um simples caso de polícia ou de saúde. Os lucros auferidos pelo comércio (legal e ilegal) de narcóticos são grandes o suficiente para atiçar a cobiça humana, independente dos custos sociais que os mesmos acarretam. Também a relação sociedade e drogas envolvem complexas variáveis como aceitação, limites e significados sócio-culturais que o consumo de drogas possuem. Em todo caso; drogas, é melhor evitar.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Luiz Gama: A Poesia Negra da Abolição

Luiz Gama: A Poesia Negra da Abolição

Luiz Gama ganhou fama como um dos mais intransigentes líderes dos movimentos abolicionista e republicano. Advogado das causas de liberdade e jornalista de língua ferina foi autor de versos que tanto denunciavam as mazelas sociais como cantou a beleza da musa negra.

De escravo a jornalista

Luiz Gonzaga Pinto da Gama nasceu em Salvador em 21 de junho de 1830. Mulato, filho de Luíza Mahin (principal liderança da Revolta dos Malês, em 1835) e de um fidalgo de origem portuguesa que participou da Sabinada em 1837. Mesmo tendo nascido livre, foi vendido aos dez anos e idade pelo próprio pai (para cobrir dívidas e jogos). Foi a última vez que viu sua família na Bahia.

Durante o período em que foi escravo, aprendeu a ler e a escrever. Em 1848, após fugir de seu senhor, conseguiu as provas d sua liberdade. Alistou-se na Guarda Nacional, chegando a ordenança de Conselheiro Furtado de Mendonça, então chefe de Polícia e professor da Faculdade de Direito de São Paulo. Conforme confessou mais tarde, do conselheiro guardou a gratidão pelas boas lições de letras e de civismo que recebera. Abandonando a carreira militar, entrou para o serviço público como amanuense (escrevente) da Secretaria de Polícia de São Paulo em 1856. Nesta época, tornou-se amigo do poeta e professor José Bonifácio, O Moço. Também se tornou autodidata em Direito e Humanidades.

Em 1859, publicou a primeira edição do seu livro "Primeiras Trovas Burlescas de Getulino". Posteriormente, dedicou-se exclusivamente à imprensa, donde pode fazer uma carreira brilhante e polêmica na defesa dos ideais republicanos, abolicionistas e liberais. Colaborou nos jornais O Cabrião, Radical Paulistano, Correio Paulistano, A República (órgão do Partido Republicano Paulista), O Polichinello (do qual foi proprietário) e A Província de São Paulo (atual Estado de São Paulo). Na primeira edição d’O Polichinello, expôs em versos a linha editorial que seria adotado pelo jornal. Daí em diante, o ex-escravo autodidata entrou em definitivo para a seleta República das Letras que regia o Brasil, até então dominada pela elite branca que tinha acesso à dita cultura erudita.

Após ser demitido de seu cargo na Secretaria de Polícia, passou a trabalhar como advogado provisionado, especializando em defender na justiça a libertação dos escravos. Em muitos casos, sequer cobrava seus honorários.

Membro fundador do Partido Republicano, líder incontesti da esquerda liberal radical (chegando a ser acusado de agitador a serviço da Iª Internacional Socialista - liderada por Karl Marx e Friedrich Engels), Luiz Gama faleceu em 24 de agosto de 1882. Morreu muito pobre, contudo, sendo um cidadão respeitado legando um nome honrado ao seu filho Caio Graco Pinto da Gama. Segundo os jornais da época, seu funeral foi o maior jamais visto na capital bandeirante. Nele se acotovelaram negros e brancos; abolicionistas ilustres e grandes senhores de escravos; conservadores, liberais, radicais e republicanos.

Orfeu de Carapinha

Sua produção literária limita-se a um único livro publicado, "Primeiras Trovas Burlescas de Getulino", além de poemas esparsos e artigos publicados nos jornais.

A primeira edição foi feita em São Paulo e constava ainda com dez pomas de José Bonifácio, o Moço - seu amigo e ilustre professor da Faculdade de Direito de São Paulo. Em 1861, foi publicada no Rio de Janeiro a segunda edição, correcta e augmentada (sic). O livro foi aclamado pela crítica literária da época.

A ousadia permeia os poemas de seu livro, a começar pela própria situação de negro-autor, numa época que timidamente o negro entrava como personagem secundário na literatura brasileira. Precursor da Negritude Literária, sua produção antecede e contrasta aos versos embranquecidos de Cruz e Souza, o nosso Cisne Negro do Simbolismo mundial, e a prosa engajada e suburbana do mulato Lima Barreto. Também faz o contraponto com os poemas de Castro Alves. Enquanto este cantava a abolição como condor apaixonado e apiedado pela situação do escravo; Luiz Gama açoitava com o riso e inteligência o preconceito racial e a escravidão.

Seu livro se caracteriza principalmente pelas sátiras, que se tornaram raras na nossa grande literatura, durante o século XIX. Em seus versos, retratava a política os costumes brasileiros da época com um humor ferino e inteligente. Na pele de Getulino, cuja lira é legítima descendente do Boca de Inferno Gregório de Matos, vai rindo a pretensa fidalguia branca das nossas elites, do preconceito racial, das mulheres escravas da moda, da Guarda Nacional (do qual já foi soldado), da política conservadora e monarquista do país – não poupando até a figura veneranda do Imperador D. Pedro II.

Ao mesmo tempo, demonstrava o orgulho de ser negro. Em seus versos, deixava claro ser um Orfeu de Carapinha. Também foi o primeiro a cantar nestas plagas a beleza da Musa de Guiné, da cor do azeviche, em pleno contraste à musa branca européia que dominava (e ainda domina) as nossas Letras. Isso pode ser atestado nos poemas “A Cativa” e “Meus Amores”. Essa consciência étnica avant a lettre encontra eco na própria trajetória de sua vida, filho de uma negra malê revolucionária, e único intelectual negro a autodidata brasileiro a sofrer as agruras da escravidão.

Outra ousadia de Luiz Gama está na linguagem adotada. Zombando do leitor quando se diz um poeta menor, ele alia um sólido conhecimento do vernáculo lusitano e das técnicas poéticas (fruto de suas constantes leituras) com as palavras e a alegria de origens africanas - como pode ser visto no poema “Lá Vai Verso”. Antecipa deste modo à Antropofagia Oswaldiana, ao colocar no plano literário o falar cotidiano do Brasil, que até só se encontrava, escondido, em alguns poemas satíricos e eróticos de Gregório de Matos, mas era totalmente desprezado pelos grandes literatos da época.

De seus poemas, o mais lembrado é “Quem sou eu”, mais conhecido como “A Bodarrada”. Obra-prima da sátira nacional, o poema desnuda com maestria a hipocrisia da sociedade, a listar quantos “bodes” (apelido depreciativo dados naquela época aos negros e mulatos) escondidos em trajes alvos de ovelha existiam (e existe) nas elites brasileiras.

Dentro da linha satírica, também merece nota os poemas “O Rei-cidadão” e “O Velho Namorado”. No primeiro, mostra as contradições do governo de Dom Pedro II, opondo a então imagem pública de governante democrático (com ares quase republicanos) e o que seria a realidade, a de um imperador que detinha sozinho todo o poder. No segundo, narra as desventuras de um velho que tenta cortejar uma jovem.

No plano lírico, encontramos belos poemas contra a escravidão “O Coleirinho” e “No Cemitério de São Benedito” e o pungente “Minha Mãe”, intermezzo afetivo de uma pena que sempre esteve à disposição na luta pela liberdade e da república - além dos já citados versos amorosos de “A Cativa” e “Meus Amores”.

"Primeiras Trovas Burlescas de Getulino", de Luiz Gama é um livro ímpar de nossa produção literária, leitura obrigatória para quem queria conhecer um outro lado da nossa literatura e pouco discutida nas escolas.

GAMA, Luiz. Primeiras trovas burlescas. Edição preprada por Lígia Fonseca Ferreira. São Paulo: Martins Fontes, 2000. (Coleção poetas do brasil).

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Weblogs que eu recomendo

Estava eu a navegar distraidamente neste mar informacional chamado internet quando encontrei o weblogo da jornalista caboverdiana Margarida Fontes (Os Momentos). Um primeiro motivo para lê-lo é que eu já conhecia a autora (fomos colegas na Faculdade de Comunicação da UFBA, nos saudosos tempos da FACOM quando ela estava no campus do Canela). E não estranhei quando encontrei um blog interessante, uma delícia de leitura, falando da cultura e da vida deste país africano tão irmão do Brasil.

Bem, esta não fora a priemria vez que eu encontrei na internet blogs interessantes. Seja de ex-colegas da FACOM, seja de outros escritores que estão aproveitando as possibilidades deste que é o formato caçula da produção literária; normalmente eu encontro algumas pérolas que mereciam estarem impressa em livros.

Por isso que compartilho com meus poucos leitores algumas sugestões de Leituras:

  1. Os Momentos (http://odiaquepassa.blogspot.com) - Weblog de Margarida Fontes. Textos maravilhosos sobre uma país tão próximo e tão distante do Brasil.
  2. Silva Horrida / Guia de Cidades (http://www.silvahorrida.blogspot.com/) - weblog do jornalista e escritor baiano Wladimir Cazé. Também meus colega da FACOM, ele é autor dos livros de poesia "Microafetos" e "A filha do imperador que foi morta em Petrolina". Poemas sintéticos que dizem tudo com uma linguagem ímpar e repelta de surpresas.
  3. Palavras Cruzadas (http://www.palavrascruzadas.blogspot.com/) - Weblog do jornalista e escritor baiano-americano Patrick Brock. Também um ex-colega da FACOM, ele é autor dos livros de contos "Velhas Fezes" e "Textorama". Alternando contos realista com surrealista, Patrick desenvolve uma prosa moderna apresenta a realidade por outras nuances que não seja o óbvio.
  4. Vestígio da Senhorita B. (http://www.vestigiosdasenhoritab.blogspot.com/) - Weblog da contista baiana Renata Belmonte, autora de "Femininamente" e "O que não pode ser". Tive o prazer de conhecê-la durante os lançamentos da revista Iararana. Pelo blog, percebe-se o porquê desta jovem baiana está despontando na cena literária baiana contemporânea como uma de suas melhores escritoras.
  5. Blog Poesia e Prosa (http://paraisomartins.zip.net) - Weblog do poeta valenciano Ângelo Paraíso Martins, autor de "Veredas do Amor".
  6. Blog de Araken Vaz Galvão (http://arakenvaz.blogspot.com/) - Weblog do escritor valenciano Araken Vaz Galvão, membro da Academia de Letras do Recôncavo (ALER).
  7. Coluna de Adriano Pereira (http://colunadoadrianopereira.blogspot.com/) - Coluna que Adriano Pereira mantem no jornal A Voz da Região. Atualidades vista pela lentes afiadas deste jovem intelectual de Valença.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Sessão - Quem já leu meu livro 01

Eu devo admitir que eu estou meio desligado... Logo eu que estudei comunicação, acabei esquecendo que a propaganda é alma do negócio. Em abril de 2006, quase às vesperas do meu aniversário, eu fui pra posse dos valencianos que foram eleitos para Academia de Letras do Recôncavo. A saber, Dr. Alfredo Neto, Arakem Vaz Galvão e Profa. Rosângela Figuereido (minha ex-professora de Literatura no curso Científico). Minha cidade já estava representada pelas pessoas do Sr. Ivamar Batista, Dr, Mustafá Rosenberg e Profa. Macária Andrade.

Semanas depois, procurando pelos autores de minha terra, encontrei a página de Profa. Macária no Microsof Lives Space. E lá, no álbum de fotos, eis que aparece as fotos dela, com meu livro na mão!!!! Copiei as fotos e me queci de colcoar isso no meu blog....

Bem, em todo caso, vem as fotos, apesar do atraso... E também espero que ela não fique zangada por colocar estas footos no meu blog...

Profa. Macária, Dr. Alfredo Neto, Dr. Mustafá Rosemberg, Sr. Araken
Vaz Galvão e Esposa, no coquetel que se segui à posse dos novos
Imortais da ALER. Nas mãos de Profa. Macária, o meu livro "Estrelas no Lago"
.

Profa. Macária Andrade ao lado do Dr. Alfredo Neto. Nas mãos delas, o meu livro "Estrelas no Lago".

Biblioteca do Bardo Celta (Leituras recomendadas)

  • Revista Iararana
  • Valenciando (antologia)
  • Valença: dos primódios a contemporaneidade (Edgard Oliveira)
  • A Sombra da Guerra (Augusto César Moutinho)
  • Coração na Boca (Rosângela Góes de Queiroz Figueiredo)
  • Pelo Amor... Pela Vida! (Mustafá Rosemberg de Souza)
  • Veredas do Amor (Ângelo Paraíso Martins)
  • Tinharé (Oscar Pinheiro)
  • Da Natureza e Limites do Poder Moderador (Conselheiro Zacarias de Gois e Vasconcelos)
  • Outras Moradas (Antologia)
  • Lunaris (Carlos Ribeiro)
  • Códigos do Silêncio (José Inácio V. de Melo)
  • Decifração de Abismos (José Inácio V. de Melo)
  • Microafetos (Wladimir Cazé)
  • Textorama (Patrick Brock)
  • Cantar de Mio Cid (Anônimo)
  • Fausto (Goëthe)
  • Sofrimentos do Jovem Werther (Goëthe)
  • Bhagavad Gita (Anônimo)
  • Mensagem (Fernando Pessoa)
  • Noite na Taverna/Macário (Álvares de Azevedo)
  • A Casa do Incesto (Anaïs Nin)
  • Delta de Vênus (Anaïs Nin)
  • Uma Espiã na Casa do Amor (Anaïs Nin)
  • Henry & June (Anaïs Nin)
  • Fire (Anaïs Nin)
  • Rubáiyát (Omar Khayyam)
  • 20.000 Léguas Submarinas (Jules Verne)
  • A Volta ao Mundo em 80 Dias (Jules Verne)
  • Manifesto Comunista (Marx & Engels)
  • Assim Falou Zaratustra (Nietzsche)
  • O Anticristo (Nietzsche)