Sua Majestade, O Bardo

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Valença, Bahia, Brazil
Escritor, autor do livro "Estrelas no Lago" (Salvador: Cia Valença Editorial, 2004) e coautor de "4 Ases e 1 Coringa" (Valença: Prisma, 2014). Graduado em Letras/Inglês pela UNEB Falando de mim em outra forma: "Aspetti, signorina, le diro con due parole chi son, Chi son, e che faccio, come vivo, vuole? Chi son? chi son? son un poeta. Che cosa faccio? scrivo. e come vivo? vivo."

sábado, 30 de junho de 2007

Manifesto "Amazonia para Sempre"









Para os meus possíveis leitores, gostaria (se não for incômodo) que participem desta campanha. Basta entrar e assinar o manifesto. Grato.

Ricardo Vidal - escritor & fotógrafo

terça-feira, 5 de junho de 2007

As Harpas

As Harpas

(Dedicado à harpista Ana Míccolis, após assistir a seu recital)

Salvador, 15 de abril de 2007 - 23h40 AM


Como um borbulhar doce
De riacho brincando na primavera,
As harpas destilam as notas claras no palácio.
São límpidas as notas de dó, si, ré,
E o sol sustenido fulgura apolíneo
Nos dedos ágeis de Ana Míccolis,
Que colhem delicadamente nos fios da harpa
A alegria suave das canções e temas.
E assim conduzem a alma
D’audiência pelas nuvens atemporais do Elíseo.
Cada nota é um sonho
E cada melodia fatalmente descreve
No espaço, evoluções coloridas de desejos,
Como elfos enamorados
Passeando num crepúsculo âmbar.
Ah! Que doçuras azuladas é o sol das harpas
Quando imperam na sala do palácio, aclamadas
Borboletas de ternuras que pousam nos nossos ouvidos
Como expressão única da Arte e da beleza…

domingo, 3 de junho de 2007

Balada do Trovador Apaixonado

Balada do Trovador Apaixonado

Salvador, 04 de maio de 2007

Porque tu és bela como a aurora dos deuses
E doce como o coração materno meu coração
A ti ofertei devotamente. E como campeão
Medieval pus minha vida, engenho e paixão
A teu serviço, minha rainha e senhora.
E por te amar assim de forma tão profunda,
De uma forma assim sagrada e incomum,
Que faço de meus dias um penar constante.
Vivo feliz quando nos seus olhos esmeraldas
Um arco-íris de felicidade explode soberbamente.
E triste e ferido sigo se sua sombra uma lágrima
Derramar ternamente num segundo de melancolia.
Amo-te sincera e profundamente, minha rainha
Mesmo que meus atos oblíquos digam o contrário.
Amo-te desesperadamente e fico a esperar por tuas
Ordens como teu vassalo e teu amante.
E se minhas faces inflamam se, por ventura,
Outro campeão aparecer, como poderia
Eu abdicar minha rainha e namorada,
De forma simples, sem lutar até o fim?
Amo-te e por te derrubo mil mundos,
Cruzo todos os abismos, até desço os infernos
Se preciso for para te buscar, minha Amada,
Minha abelha-rainha, minha querida Fabíola.
Por ti jejuo dois mil dias, por ti canto
E só por ti minhas baladas e cantigas existem.
Tu és, Fabíola amada,
O sol de minha vida errante,
O gládio de minha honra,
O desejo que me inflama,
Os encantos de meu alaúde.
E só a ti que quero por esposa e amante,
Deusa e mãe, abelha e rainha…

Oferenda

Oferenda

Salvador, 24 de maio de 2002 (12h34 AM)

Em holocausto ofereço meu corpo
No altar do nosso imortal amor,
Para pedir a remissão de meus pecados.
Por todas as palavras inúteis,
Por todos os atos absurdos,
Por todos gestos incompreendidos,
Por todos os pensamentos amargos,
Por todas as lagrimas desperdiçadas,
Por todos os sorrisos abortados,
Por todos os beijos assassinados,
Por todos os olhares acres,
Pela nossa completa insensatez
Que nos privou das tardes a beira mar
E todos os afagos perdidos e agora necessitamos,
Peço o teu perdão.
Em holocausto me ofereço
Nas esperança de riso teu,
Conseguir a redenção deste exílio
Em que fui posto, longe de teus lábios,
Longe teus carinhos e de teu olhar.
A distância entre eu e o teu coração
é o inferno pútrido de desolação e terror.
Nenhum paul insalubre é mais amargo
Do que a sombra de nosso amor,
Vagando nas noites de verão
E na escuridão das nossas lembranças
Deste dias passados juntos.
Estas horas assombram-me
Como demônios azuis do passado.
O suave veneno doce destas recordações
Amargam-me meus olhos, como
Lêmures espectrais despertando nas tumbas.
Não há estrela no céu e no mar
Que não haja dirigido minhas súplicas.
Por ti, percorreria a via de Canossa,
Só para ter o teu perdão, e nada mais…

Cantiga para Condessa Distante II

Cantiga para Condessa Distante II

Salvador, 02 de dezembro de 2002

Os lábios teus que beijei
Ainda tenho os tenho guardado em meus versos.
O amor erótico daquela noite,
Eu os incrustei de jóias, ouro e marfim
E fiz um relicário de aurora.
Guardo-os aqui, em minh’alma,
Mesmo que as estrelas que o geraram
Já não mais existem e as fontes
Cristalinas que bebi, já secaram.

Hoje, mesmo que teus olhos
Dancem como girassóis no passado
E não mais me querem ver,
Nosso amor, ainda o guardo
Sem esperança e sem cura.
Guardo-o aqui, em meus versos,
Em minhas lágrimas de solitário,
Em meus suspiros melancólicos,
Em a esperança de ser feliz,
Sem a cura deste amor…

Biblioteca do Bardo Celta (Leituras recomendadas)

  • Revista Iararana
  • Valenciando (antologia)
  • Valença: dos primódios a contemporaneidade (Edgard Oliveira)
  • A Sombra da Guerra (Augusto César Moutinho)
  • Coração na Boca (Rosângela Góes de Queiroz Figueiredo)
  • Pelo Amor... Pela Vida! (Mustafá Rosemberg de Souza)
  • Veredas do Amor (Ângelo Paraíso Martins)
  • Tinharé (Oscar Pinheiro)
  • Da Natureza e Limites do Poder Moderador (Conselheiro Zacarias de Gois e Vasconcelos)
  • Outras Moradas (Antologia)
  • Lunaris (Carlos Ribeiro)
  • Códigos do Silêncio (José Inácio V. de Melo)
  • Decifração de Abismos (José Inácio V. de Melo)
  • Microafetos (Wladimir Cazé)
  • Textorama (Patrick Brock)
  • Cantar de Mio Cid (Anônimo)
  • Fausto (Goëthe)
  • Sofrimentos do Jovem Werther (Goëthe)
  • Bhagavad Gita (Anônimo)
  • Mensagem (Fernando Pessoa)
  • Noite na Taverna/Macário (Álvares de Azevedo)
  • A Casa do Incesto (Anaïs Nin)
  • Delta de Vênus (Anaïs Nin)
  • Uma Espiã na Casa do Amor (Anaïs Nin)
  • Henry & June (Anaïs Nin)
  • Fire (Anaïs Nin)
  • Rubáiyát (Omar Khayyam)
  • 20.000 Léguas Submarinas (Jules Verne)
  • A Volta ao Mundo em 80 Dias (Jules Verne)
  • Manifesto Comunista (Marx & Engels)
  • Assim Falou Zaratustra (Nietzsche)
  • O Anticristo (Nietzsche)