Sua Majestade, O Bardo

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Valença, Bahia, Brazil
Escritor, autor do livro "Estrelas no Lago" (Salvador: Cia Valença Editorial, 2004) e coautor de "4 Ases e 1 Coringa" (Valença: Prisma, 2014). Graduado em Letras/Inglês pela UNEB Falando de mim em outra forma: "Aspetti, signorina, le diro con due parole chi son, Chi son, e che faccio, come vivo, vuole? Chi son? chi son? son un poeta. Che cosa faccio? scrivo. e come vivo? vivo."

sábado, 29 de março de 2008

Onde você estava em 1989?


Ainda sobre a série ""Queridos Amigos":


Eu estava entrando no ginásio. Em 1989 eu estudava a 05ª série B no Colégio Social de Valença (carinhosamente conhecido como COSOVA ou CSV). Foi quando estudei Português com prof. Jorge Aguiar (e de quebra, aprendi minhas primeiras lições de filosofia, quando prof. Jorge explicou sobre o Mito da Caverna, de Platão).


O curioso é que já naquela idade eu já gostava muito de história e eu tinha vontade de acompanhar os acontecimentos, de ser testemunha ocular dos fatos. Não tinha, naturamente, maturidade para discenir claramente sobre os fatos. O que signifiva a queda do Muro de Berlim? ou o real tamanho simbólico daquela disputa entre Lula e Collor? Só sei que vivi, eu tenho memórias desta época. Eu posso dizer que fui uma das crianças que cresceram ouvindo o jingle "Lula lá" como uma canção que anunciava um futuro melhor e que, por isso, tornou-se eleitor de carteirinha do PT (O que me faz perguntar: será que os adolescentes de hoje serão os eleitores ferrenhos de Helóisa Helena de amanhã?), que viu a ascenção do neo-liberalismo de Thatcher e Reagan e o declínio da URSS de Mikhail Gorbathev. Que vi a moeda mudar nome como quem troca de roupa e um terror chamado inflação. Cresci achando que a culpa era do FMI, da Dívida E(x)terna e das Multinacionais.


Outro dado curioso: naquela eu sonhava em ser cientista, um arqueólogo. Achava que poesia era coisa de "maricas" e não me interessava a ler. Que ironia hoje eu ser escritor, um poeta viril que usa os versos para seduzir as mulheres (de vez em quando)..... Que fique claro: eu morava em Valença (interior da Bahia) nesta época e tinha 11 anos. E não cresci em um ambiente de pessoas que liam poesia. Pelo contrário!


No mais, vale a pena conferir este vídeo da minisérie

Fragmentos de um diário - Queridos Amigos


Salvador, 29 de março de 2008 (00h43)


A minissérie global "Queridos Amigos" chegou a fim. Terminou leve como uma pluma voando no vento, com aquele clima de catarse: Ok, o tempo passa, tudo muda, tudo que é sólido desmancha no ar, os anos rebeldes e o desbunde já são história, mas o importante é os amigos que levamos desta vida. E assim, depois que Denise Sarraceni pôs o "FIM" no ar, ficamos com aquela vontade louca de ligar para um amigo que não vemos a muito tempo e dizer como foi bom nosso passado, lembrar as loucuras que foram feitas e marcar um encontro com a turma. Turma? Por que não marcar um almoço ou um jantar de confraternização com a turma de ex-colegas? Ter este sentimento de carinho bobo que nos humaniza de vez em quando e justificam os manuais de auto-ajuda e de motivação....


Falando assim eu pareço que peguei um pouco do espírito sarcástico de Benny (Guilherme Weber). Nada disso (aliás, eu estou para uma mistura de Pedro, Tito e Ivan). Eu gostei da minissérie. Foi bom ver este acerto de contas da geração de 1960 (que eu sempre admirei), relembrar o ano de 1989 (A queda do muro de Berlim, a primeira eleição direta para presidente em quase 30 anos, a campanha de Lula, o centenário do Aborto Republicano Brasileiro, os bicentenários de da morte de Tiradentes e da Queda da Bastilha, a moda, as músicas etc...). Foi ótimo ouvir a trilha sonora - cuja música capitão foi "Nada Será como Antes" na voz de Milton Nascimento. E o que fala das atuações de Maria Luísa Mendonça, Débora Bloch, Mayana Neiva (grande revelação!), Mallu Galli, Tarcísio Filho, Denise Fraga, Guilherme Weber, Bruno Garcia, Mateus Nacthergaele, Drica Moares, Fernando Gabo Mendes, Dan Stulbach, Luis Carlos Vasconcelos, Juca de Oliveira, Araci Balabanian, Fernanda Montenegro... ufa! E o restante do elenco.


Tudo bem que alguns podem dizer: esperava mais da série. Só que deve se lembrar em conta que esta série surgiu quase por acaso, para cobrir um outro projeto que fora recusado pela TV Globo. E o resultado foi não aquela minissérie épica que a Globo faz no início do ano, quase que uma novela reduzida. Fez uma minissérie intimista, lírica, poética. Fez algo mais suave e delicado. Por isso que ficou boa. Em lugar de papeis dramáticos (como na "Casa das Sete Mulheres", "Presença de Anita" ou "Amazônia - de Galvez a Chico Mendes"), ficou esta interpretação mais branda sem ser superficial ou piegas ou caricata - na medida certa.


Eu achei que o cainho que Denise Fraga deu para sua personagem "Bia" estava certo: para quem sublimava os traumas no DOI-CODI com o budismo e a astrologia, ela tinha que parece uma quarentona riponga com aquele sorriso melancólico na maior parte do texto. Se ela tivesse explorado mais o lado de vítima que ficava o tempo todo debaixo da cama provavelmente teria ficado exagerado.


Quando ao Tito, Mateus Nachtergaele não carregou nas tintas - conheci muitos esquerdistas radicais que são assim mesmo! Durões, que politizam tudo, até mesa de bar!


Guilherme Weber deu o tom certo para Benny, como um existencialista de trejeitos yuppie nihilista - alguém que, sem perder contacto com as raízes filosóficas da década de 60, soube captar as mudanças que vinha no vento dos anos 80.


Dan Stulbach, como Léo, soube conduzir bem o fio lírico da trama. Como os anos 60 não poderiam durar para sempre e a resseca foi grande (aliás, para uma geração que pedia o impossível, a impressão imediata foi que fracassaram), era preciso que os sobreviventes desta época soubessem guardar esta memória com carinho, sem grandes análises ou cobranças.


Eu arriscaria dizer que Léo, no fundo, foi uma alegoria deste espírito da década de 60 - uma década de transgressões, revoluções e de utopias que todos acreditara serem possíveis, cujos frutos, todavia, não seriam imediatos. E por não serem imediatos os frutos, quem viveu aqueles anos não deveriam cair no outro extremo, de negação total. Deveria ainda ser guardado um pouco daquela magia e encarar esta passagem do tempo como uma obra de arte. Ou como dia professor Sérgio Guerra durante as aulas: para quem passou por aquele turbilhão e sobreviveu, hoje tem obrigação de ser otimista.


Bem, estou aqui fazendo uma dissertação sobre o último capítulo, tentando por em palavras algo que no fundo é pura emoção. Deu vontade de comprar o romance "Aos meus amigos", de Maria Adelaide Amaral para cotejar a obra, ver como foi feita a tradução inter-semiótica do romance. Comprando o livro, eu possa matar a saudade de personagem como Tito (que ainda acredita no leninismo), Ivan, Pedro (gostei do look de Bruno Garcia - parecido com o meu), Benny (o sarcasmo era perfeito) e Léo - o demiurgo desta "família".

Até a próxima nota do diário

quarta-feira, 26 de março de 2008

O Farol e o Mar

O Farol e o Mar

(à Srta. Eridan Santiago Matos)

As ondas e o penhasco se abraçavam com volúpia
Enquanto o farol, impassível, mirava o infinito.
Gigante de granito e eletricidade; guarda imortal
Das tormentas, das trevas, dos ventos e das marés;
O farol resplandecia.

As sereias e os tritões ascendiam as ardentias nas vagas
E as estrelas no horizonte conversavam com o farol.
Os peixes, melancólicos, passeavam pelas sendas do oceano.
O orvalho e a maresia se confundiam plenamente.
O mar estava calmo.

O mar, a natureza o criou líquido. E criado,
Mãe e berço foi dos seres vivos e da própria Vida.
O farol, os homens o planejaram e ergueram sólido
Para a proteção e guarda das rotas e das naus.
Mas ambos eram um só.

O farol, com sua luz intermitente, ao mar beijava
E o mar, com suas ondas macias, acariciava seus alicerces.
Ao farol, o mar devia sua segurança e proteção.
Ao mar, o farol devia sua existência e função.
Ambos se amavam.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

Assim como na natureza é a vida e o amor,
Quando duas almas diferentes se encontram.
Tese e antítese, ambos se complementavam;
E juntos, constróem sua existência conjunta,
Em perfeita síntese.

(publicado nos livros "Estrelas no Lago" e "Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 08")

Bibliografia – Ricardo Vidal (Março de 2008)

BIBLIOGRAFIA – Ricardo Vidal (Março de 2008)

LIVROS

  1. Estrelas no Lago. Salvador: Cia Valença Editorial, 2007.

ANTOLOGIAS

  1. Cântico dos Lírios. In Panorama Literário Brasileiro 2004/2005 Poesia. As 100 melhores de 2004. Rio de Janeiro: Câmara Brasileira de Jovens Escritores, 2004. pág. 63
  2. O Beijo. In Panorama Literário Brasileiro 2007/2008 Poesia. As 100 melhores poesias de 2007. Rio de Janeiro: Câmara Brasileira de Jovens Escritores, 2007. pág. 125
  3. O Farol e o Mar. In Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos. Vol.08. Rio de Janeiro: Câmara Brasileira de Jovens Escritores, 2004. pág. 51
  4. Cântico dos Lírios. In Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos. Vol.10. Rio de Janeiro: Câmara Brasileira de Jovens Escritores, 2004. pág. 47
  5. O Beijo. In Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos. Vol.34. Rio de Janeiro: Câmara Brasileira de Jovens Escritores, 2007. pág. 37
  6. Retrato de Família. In Antologia de Contos de Autores Contemporâneos. Vol. 01. Rio de Janeiro: Câmara Brasileira de Jovens Escritores, 2004. pág. 34-37
  7. Saudades. In Quase escritores 2004. O talento literário dos alunos do Educandário Paulo Freire. Valença: Educandário Paulo Freire, 1994. pág. 87-88
  8. Soneto da Solidão. In Segundo Concurso de Poesia da Academia de Letras do Recôncavo. Santo Antonio de Jesus: Academia de Letras do Recôncavo, 2005. pág. 10
  9. Feitiço da Lua. In Terceiro Concurso de Poesia da Academia de Letras do Recôncavo. Santo Antonio de Jesus: Academia de Letras do Recôncavo, 2007.

REVISTAS LITERÁRIAS

  1. Cântico dos Lírios / Canção para Avalon / Entardecer no Inverno. In Iararana nº08. Revista de arte, crítica e literatura. Salvador: março de 2002 a março de 2003. pág. 60

JORNAIS

  1. ENTARDECER no Inverno. In Costa do Dendê nº 45. Ano V. Valença: 30 de setembro de 2003. pág. 02
  2. O BEIJO. In Valença Agora nº 94. Ano IV. Valença: 21 de fevereiro a 28 de fevereiro de 2007. pág. 10
  3. ANIVERSÁRIO do Conselheiro Zacarias. In Valença Agora nº 130. Ano V. Valença: 01 de novembro a 08 de novembro de 2007. pág. 20 e 21
  4. O LADO Recôncavo Valença. In Valença Agora nº 131. Ano V. Valença: 08 de novembro a 15 de novembro de 2007. pág. 06
  5. O RETORNO Econômico das Faculdades para Valença. In Valença Agora nº 133. Ano V. Valença: 22 de novembro a 29 de novembro de 2007. pág. 08
  6. MULHERES sem vergonha… de escrever sobre sexo. In Valença Agora nº 137. Ano VI. Valença: 10 de janeiro a 17 de janeiro de 2008. pág. 25
  7. CONTOS Zero Zero de Patrick Brock (uma resenha do livro ‘Textorama’). In Valença Agora nº 145. Ano VI. Valença: 14 de fevereiro a 21 de fevereiro de 2008. pág. 28
  8. NA COLINA do Amparo. In Valença Agora nº 146. Ano IV. Valença: 21 de fevereiro a 28 de fevereiro de 2007. pág. 12
  9. CINQÜENTENÁRIO de um Livro Esquecido. In Valença Agora nº 148. Ano IV. Valença: 06 de março a 13 de março de 2008. pág. 17
  10. PERFIL de um mestre - Professor Brasílio. In Valença Agora nº 150(?). Ano IV. Valença: XX de março a XX de março de 2008. pág. XX

domingo, 9 de março de 2008

Perfil de um mestre – Professor Brasílio

Perfil de um mestre – Professor Brasílio

Ricardo Vidal, 29 anos, escritor. Autor do livro “Estrelas no Lago”. Estuda Letras/Inglês na UNEB-Salvador. Weblog: www.bardocelta.blogspot.com, E-mail: cve_livros@hotmail.com

Neste ano em que se comemoram os 50 anos do livro “Notas Geográficas sobre a Cidade de Valença” e os 55 anos da fundação do primeiro ginásio valenciano, um nome se destaca para o avanço da cultua e da educação em Valença: Professor Brasílio. Seja como escritor, seja como educador, Professor Brasílio é um dos grandes nomes que muito fizeram pela nossa cidade e cuja memória precisa ser preservada.

Brasílio Machado da Silva Filho nasceu em 14 de junho de 1919. Ele foi o primeiro diretor do primeiro ginásio de Valença entre os anos de 1953 e 1965 – Ginásio Estadual de Valença, que funcionou no prédio da Escola Estadual João Leonardo da Silva (ex-CENEVA) e que foi a mãe do atual Complexo Escolar Gentil Paraíso Martins (ex-Ginásio Industrial Ministro Oliveira Brito). Além de diretor, ele também lecionou Geografia Geral e do Brasil. Junto com o professor Brasílio, participaram da primeira turma de professores ginasiais pessoas como professora Marina, professora Maria José Pinto, professor Loureiro Catalar e professor Newton Argemiro Taquary (quem deu para o autor deste artigo muitas informações preciosas. Ficam aqui registrados os sinceros agradecimentos).

Com grande conhecimento em Humanidades (principalmente Geografia), Brasílio Machado escreveu os livros “Notas Geográficas sobre a Cidade de Valença” (ver artigo ‘Cinqüentenário de um Livro Esquecido’) e “Geografia da Bahia (para o curso médio)”, publicada em Salvador em 1964. Este último se destinava principalmente para as estudantes de Magistério, que no primeiro ano, deveriam estudar a disciplina de igual nome. Neste livro, destaca-se uma foto antiga do Rio Una que apareceu nas primeiras páginas como exemplo de meandro de rio.

Professor Brasílio marcou a vida educacional em Valença nas décadas de 50 e 60 do século passado, apesar de não ter nascido aqui na terrinha do Rio Una. Era um homem culto, polido e dotado do típico “humour britânico” (que une a mais refinada ironia com a mais pura fleuma). Conforme lembra Ivanice Muniz Conceição, ex-aluna dele no antigo curso de Magistério, professor Brasílio tinha jeito calmo, sereno e educado de tratar com os alunos. Mesmo quando repreendia um aluno, nunca se alterava e gritava com seus educando; pelo contrário fazia seu sermão de tal forma educada que cativava o aluno.

Intelectual de prestígio, Brasílio Machado foi amigo do professor Francisco da Conceição Menezes (ex-diretor do Ginásio Estadual da Bahia, atual Colégio Central, e membro do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia, IHGB), a quem entregou uma cópia autografada do seu livro “Notas Geográficas sobre a Cidade de Valença”. Este exemplar hoje se encontra na Biblioteca Rui Barbosa, do IHGB.

Além dos livros “Notas Geográficas sobre a Cidade de Valença” e “Geografia da Bahia (para o curso médio)”, Brasílio Machado também escreveu: "Discurso de Paraninfo", feito em Nazaré das Farinhas em 1949; "Problemas Municipalistas", tese apresentada no 01º Congresso dos Municípios Baianos, realizado em Jequié em 1951 e "Aspectos Atuais do ensino Secundário nos Municípios", trabalho apresentados no I Seminário Municipalista Baiano em Salvador entre os dias 21 e 26 de abril de 1952. Consta ainda que Professor Brasílio tivesse escrito mais dois livros – "Notas Geográficas (Comentários de Ordem Geral)" e "Notas sobre o Ensino Secundário". Porém o autor deste artigo não sabe informar se os mesmo vieram a ser publicados ou ficaram no rol de obras inéditas.

Professor Brasílio ainda está vivo, com seus 89 anos, morando em Salvador.

Salvador, 04 de março de 2008

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Publicado no jornal Valença Agora [http://www.valencaagora.com/x/b/bs.php?bl=1&menu=1111]

sexta-feira, 7 de março de 2008

Recital da CORTe: Divulgação


Da sessão: Vidal recomenda!


Recital de poesia organziado pelo meu amigo Cazé, no ICBA. Informações abaixo


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ESCRITORES FAZEM RECITAL DE LITERATURA E ROCK'N'ROLL


Escritores baianos da nova geração farão uma leitura de trechos de seus livros no sábado, 15 de março, às 18h, no pátio do ICBA (Instituto Goethe, Avenida Corredor da Vitória, 1.809). São eles o poeta Sandro Ornellas, com "Trabalhos do corpo e outros poemas físicos" (2007), e os contistas Gustavo Rios, com "O amor é um coisa feia" (Sette Letras, 2007) e Lima Trindade, com "Corações blues e serpentinas" (Arte Paubrasil, 2007). Os livros estarão à venda na ocasião.


"Esses três livros foram lançados em 2007, em datas separadas, sempre nas manhãs de sábado, numa livraria do centro de Salvador", diz Lima Trindade. "Quando percebemos a afinidade que existe entre nossos trabalhos, tivemos a idéia de fazer um relançamento conjunto, em outro local e outro horário, como uma forma de nos aproximarmos de um público diferente, ligado em cultura pop e comportamento jovem."


Além de Ornellas, Rios e Trindade, participam do recital no ICBA os escritores e jornalistas Katherine Funke (que fará a trilha sonora do recital tocando guitarra elétrica) e Wladimir Cazé (que lerá trechos de um livro que está escrevendo).


O recém-formado grupo literário Corte (Cazé, Ornellas, Rios e Trindade) produz poesia e prosa sob influência de música popular, quadrinhos, cinema e clássicos da literatura mundial. "O nome 'Corte' é uma sigla com as iniciais dos nossos sobrenomes, em ordem alfabética", explica Cazé, de acordo com quem a letra "e" ao final do nome representa a participação de um escritor convidado a cada novo evento do Corte.


Nos livros dos autores do Corte, encontra-se principalmente a vontade de ser realmente livre para escrever e viver. Nas suas obras, estilo de escrita e estilo de vida se confundem (à maneira dos beatniks). O Corte anuncia outros eventos promocionais de suas obras em Feira de Santana (19 de março, auditório da UEFS, durante todo o dia, com a presença dos escritores Mayrant Gallo, Renata Belmonte, José Inácio Vieira de Melo e Lupeu Lacerda) e em Porto Alegre/RS (de 27 a 29 de março, durante a Festipoa Literária).


SERVIÇO:


Quem: Corte


O que: Recital de literatura e rock


Onde: pátio do ICBA, Avenida Corredor da Vitória


Quando: sábado, 15 de março, às 18h


Preço: Entrada franca


SOBRE OS ESCRITORES:


Gustavo Rios, escritor e cozinheiro, vive em Salvador e lança seu primeiro livro de contos, "O amor é um coisa feia" (contos, Sette Letras, 2007). Email: gustavosilvassa@gmail.com


Katherine Funke, escritora e jornalista, nasceu em Joinville (SC) e mora em Salvador há cinco anos, onde trabalha no jornal A TARDE.


Sandro Ornellas, escritor e professor, lança seu segundo livro de poemas, "Trabalhos do corpo e outros poemas físicos" (Letra Capital, 2007), já lançado em Salvador e São Paulo. Email: ssornellas@gmail.com


Vivaldo Lima Trindade, escritor e editor, nascido em Brasília (DF), vive em Salvador e lança seu terceiro livro, "Corações blues & serpentinas" (contos, Arte Pau-Brasil, 2007), já lançado em Salvador e Brasília. Email: verbo21@gmail.com.


Wladimir Cazé, jornalista, publicou o folheto de cordel "A filha do Imperador que foi morta em Petrolina" (2004) e o livro de poemas "Microafetos" (2005), ambos esgotados.


MAIS INFORMAÇÕES:


Blog de Wladimir Cazé: http://www.silvahorrida.blogspot.com/


Blog de Sandro Ornellas: http://www.simuladordevoo.blogspot.com/


Blog de Gustavo Rios: http://cozinhadocao.blogspot.com/


Blog de Katherine Funke: http://www.notasminimas.blogspot.com/

Notícia sobre moção de aplauso, de Jairo Batista

Vereadores querem segurança efetiva em Valença

A sessão de, 13/11, teve a presença dos alunos de 4ª série do ensino fundamental da escola Elísio Pimentel. O vereador Jairo Baptista pediu ao secretário de Infra-Estrutura Bruno Albérico que atenda os pedidos dos moradores da Rua João Cardoso dos Santos, na Bolívia, devido aos buracos e para evitar alagamentos naquela rua. Também o vereador fez moção de congratulações ao Sr. Wellington Luis de Almeida pelo Concursos de Dança Regional.

O mesmo indicou moções de aplausos para o Sr. Ricardo Vidal, valenciano, de 29 anos que está entre os 150 melhores poetas brasileiros, e extendeu a moção para Araken Vaz da Queiroz, pela posse como membro no Conselho de Cultura da Bahia.

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Bem, sei que notícia é velha. Vale como registro para meu blog e, novamente, meus sinceros agradecimentos ao Sr. Jairo Baptista pela indicação da moção de aplausos.

Cinqüentenário de um livro esquecido - revisado e publicado

Cinqüentenário de um livro esquecido

Ricardo Vidal, 29 anos, escritor. Autor do livro “Estrelas no Lago”. Estuda Letras/Inglês na UNEB-Salvador. Weblog: www.bardocelta.blogspot.com, E-mail: cve_livros@hotmail.com

Para muitos valencianos, tanto a obra como o autor são desconhecidos. Vários, com certeza, dirão que “não é do meu tempo!” – e eles estarão certos! Quem se recordaria de um livro de geografia, de 20 páginas, escrito em 1958, por um ex-diretor de ginásio? Contudo, as “Notas Geográficas sobre a Cidade de Valença”, do professor Brasílio Machado da Silva Filho, é um livro de suma importância para a cultura de nossa cidade e que, infelizmente, chega ao cinqüentenário de sua publicação totalmente esquecida pela população e pelo poder público.

A edição “princeps” do livro “Notas Geográficas sobre a Cidade de Valença” foi impressa em maio de 1958 pela Tipografia Tupy, aqui na cidade de Valença. É uma brochura de 20 páginas, cuja capa em cartão cor de goiaba não apresenta nenhuma ilustração.
Na primeira parte, intitulada “Aspecto Geral do Município”, professor Brasílio faz uma descrição abreviada do município de Valença, destacando os aspectos físicos, divisão política na época, clima e subsolo.

A segunda parte, chamada “A Cidade”, fala sobre a localização geográfica, um pouco da histórica, a importância da fábrica de tecido, sobre a nossa indústria madeireira (lembrando que aqui já houve até algumas pequenas fábricas de móveis), demografia e transporte.

Na terceira e última parte da obra, chamada “Breve Histórico”, professor Brasílio dá notícias históricas sobre a colonização de Valença. Complementando o trabalho estão quatro fotos da cidade de Valença na época: da CVI, da Câmara de Vereadores, do Jardim Velho e da Praça da República – sendo que a última, os jardins tinham sido inaugurados três meses, em fevereiro de 1958, pelo então prefeito Gentil Paraíso Martins.

OBRA RARÍSSIMA E CAPITAL: Hoje, o livro pode ser considerado “obra rara”. Atualmente, achar um exemplar do livro representa uma odisséia intelectual pelas bibliotecas de Salvador e Valença, já que as mesmas não dispõem do livro. O autor deste artigo só conseguiu achar um exemplar após quase dois meses de procura, e mesmo assim, apenas após a ajuda do professor Edgar Otacílio da Silva Oliveira, a quem fica os sinceros agradecimentos pela ajuda.

Embora algumas informações constantes no livro (em especial, as ligadas a geografia humana) estejam superadas, este livro continua sendo importante para cultura e a historiografia de Valença por ser um retrato de uma época, pelas fotos publicadas (que resgata a memória urbanística da cidade) e pelos comentários que o professor faz sobre Valença. Por exemplo, interessantes são os comentários acerca dos transportes, mostrando como a estrada do Entroncamento implicou para o crescimento da população vel preocupaçma possçgrrte, mostrando a que a ligaçndo a CVI, outra do pre da necessidade de se construir um porto marítimo na ponta do Mutá – porto esse que chegou a ser planejado na época e que nunca foi construído. Outros comentários dignos de nota são sobre as razões pelas quais a sede do município seja onde está, em detrimento à aldeia de São Fidelis, povoação mais antiga e dos motivos pelos quais Valença foi escolhida para abrigar a Fábrica de Tecido Todos os Santos.

Professor Brasílio Machado da Silva Filho nasceu em 14 de junho de 1919. Foi diretor-fundador do primeiro Ginásio de Valença, professor de geografia e autor de outros trabalhos, principalmente sobre ensino secundário e geografia baiana. Atualmente reside em Salvador, no bairro de Brotas.

Por isso mereceria que neste ano, em que ela comemora o cinqüentenário do seu lançamento, fosse publicada numa segunda edição especial e comemorativa acrescida de um perfil biográfico do professor Brasílio. Pela importância que o Professor Brásilio Machado possui na história educacional de Valença e pelo o que esse livro representa para a cultura da nossa cidade, seu cinqüentenário não pode passar em branco. SE a Prefeitura Municipal de nossa cidade – através de sua “Secretária Municipal de Turismo, Indústria, Comércio e (ufa!)… Cultura”, não puder imprimir uma edição comemorativa da obra; o autor deste artigo deixa um apelo disfarçado de sugestão para que os mecenas e as instituições de ensino superior valencianas assumam este nobre papel em prol da história e cultura de nossa cidade. Pois uma cidade sem história é uma cidade sem futuro.

Post-scriptum: Dedico este artigo para meu pai, Sr. Antonio José Conceição Vidal, pelo apoio e incentivo dados à pesquisa.

Bibliografia

SILVA FILHO, Brasílio Machado. “Notas Geográficas sobre a Cidade de Valença” Valença-Bahia: Tipografia Tupy, 1958.

SILVA FILHO, Brasílio Machado. “Geografia da Bahia” Para o ensino médio. Salvador: sem editora, 1964.

OLIVEIRA, Edgar Otacílio da Silva. “Valença: dos primórdios à contemporaneidade”. Salvador: Secretaria de Cultura e Turismo, 2006. (Coleção Cidades da Bahia)


Salvador, março de 2008.

Publicado na Valença Agora (http://www.valencaagora.com/x/b/bs.php?bl=1&menu=965)

quarta-feira, 5 de março de 2008

Reflexão sobre a Política Cultural Valenciana

Reflexão sobre a Política Cultural Valenciana

Ricardo Vidal, 29 anos, escritor. Autor do livro “Estrelas no Lago”. Estuda Letras/Inglês na UNEB-Salvador. Weblog: www.bardocelta.blogspot.com, E-mail: cve_livros@hotmail.com

Neste ano de eleições municipais, somos convidados a refletir sobre os temas básicos da vida em comunidade: educação, saúde, segurança… Neste oceano de candidatos (e deserto de propostas), gostaria de discutir contigo, amigo leitor, um tema estratégico para o nosso desenvolvimento que é, infelizmente, negligenciado em Valença: Política Cultural.

Sobre a importância da cultura creio que não precisa fazer longas explicações. Já está mais do provado que a cultura é a base da civilização. É ela que permitiu ao ser humano se elevar de meros animais irracionais para este ser pensante que cria, inventa, abstrai e simboliza. Mais do que isso, a Cultura forjou a idéia do ser humano como ser gregário que pensar além dos instintos – que a vida possui outras dimensões, como a espiritual, a ética e a estética. Sendo assim, a cultura está no cerne tanto da identidade humana como da coesão social. Consequentemente, qualquer governo deve ter uma política clara para este setor, uma vez que ele afeta uma parte importante (embora nem sempre perceptível) da vida humana.

E qual política cultural adotada em Valença nestes últimos anos? Infelizmente, o que se observou foi que as pessoas que assumiram a prefeitura nos últimos anos trataram o assunto entre o descaso, e o equívoco – com grave prejuízo para o setor.

SECRETARIA-FRANKENSTEIN: O exemplo disso pode ser observado com a atual Secretaria Municipal de Indústria, Comércio, Turismo e (ufa!)… Cultura. Herdeira da visão carlista de transformar a cultura em um mero apêndice do turismo, esta secretaria “Frankenstein” comete o equívoco de unir num mesmo órgão a gestão de políticas públicas díspares entre si. Qual é a identidade de ação teria, por exemplo, o desenvolvimento de um parque industrial e um programa de incentivo à leitura ou a recuperação do patrimônio histórico com organização do comércio atacadista? Cultura difere da indústria, comércio e turismo porque, se estas possuem como fim a geração de lucro material, aquela tem outro compromisso – que é a construção simbólica da identidade humana. Deste modo, Cultura se torna área afim com a Educação. Se em certas áreas da cultura é possível auferir lucro material – como a organização de eventos que atraiam turistas, como o “Revellion no Guaibim”; outras são naturalmente deficitárias, mas que mesmo assim precisam ser mantidas – como o funcionamento constante da Biblioteca Pública Municipal e o apoio à cultura popular. Logo, a incoerência de se manter esta secretaria “Frankenstein” resulta numa gestão precária da cultura em Valença.

Deste modo, se alguns setores ficam totalmente desamparados – como o fomento à criação intelectual e o cuidado ao patrimônio artístico e histórico da cidade (que está se deteriorando a olhos vistos – exemplo disso é o prédio do Grupo Escolar Conselheiro Zacarias); outros são conduzidos com uma visão distorcida – como o que permite o fechamento da Biblioteca Municipal durante o mês de janeiro. Que a funcionária tenha seu direito às férias isso não se discute, mas uma instituição como essa deve estar aberta ininterruptamente, uma vez que ela não se destina apenas às pesquisas escolares – ela serve também para pesquisas científicas (principalmente que Valença é carente de um Arquivo Público) e para o lazer. Seria necessário ter uma segunda bibliotecária trabalhando, para que o recesso de uma delas não implique no fechamento deste órgão municipal.

O resultado final desta série de equívocos é observar que as únicas “realizações” da prefeitura no setor são os eventos de massa, com trio elétrico tocando “sucessos” de gosto duvidoso – como arrocha. E que no final serve mais para atrair turistas e a aplicar da velha política do ‘pão e circo’ para o povo, do que para o real fomento à cultura, que acaba relegado ao quarto ou quinto plano das preocupações da Prefeitura.

ALÈM DOS EVENTOS: Como alternativa a este modelo falido, o município de Valença precisaria ou de uma secretaria exclusiva para tratar da Cultura ou que esta estivesse integrada da Secretaria de Educação. Esta união é facilmente explicável: ambas possuem a mesma tarefa de formação e preservação da identidade humana.

E para que esta Secretaria não se transforme em mera sinecura, ela precisa ter um programa e uma agenda permanente de ações. Dentre estas ações que seriam desenvolvidas nos próximos quatros anos teríamos, como sugestão: 01º) Tombamento e a recuperação de sítios históricos como as ruínas da Fábrica Todos os Santos e os prédios da Câmara Municipal, Teatro Municipal, Recreativa, dentre outros; 02º) Utilização do Teatro Municipal como espaço alternativo para eventos culturais e oficiais, com grupo teatral residente; 03º) Criação de Arquivo Público para Memória Valenciana – que poderia ser desdobrado futuramente em Fundação Cultural e Museu da Cidade; 04º) Desenvolvimento de um programa de formação de público para atividades culturais, em conjunto ou dentro da Secretaria de Educação; 05º) Programa Anual de Incentivo à Cultura, em que a prefeitura – com parceria com os setores privados – financiaria a execução de obras de artes escolhidas em concurso público; 06º) Apoio à cultura popular local – como artesãos e grupos folclóricos; 07º) Realização de uma Bienal de Letras e Artes de Valença, similar à Festa Literária Internacional de Parati, que não só promoveria o intercâmbio dos nossos artistas locais com seus colegas de outros lugares como divulgaria a produção cultural valenciana.

Embora algumas destas atividades propostas não tenham lucro material imediato, elas são importantes para a formação do Patrimônio Simbólico do município, fortalecendo não só o sentimento de cidadania como ajudando no desenvolvimento e o crescimento ordenado da cidade a médio e longo prazo. Enfim, nossa cidade precisa de um outro modelo de gestão de política cultural, que não seja apenas de mero promotor de eventos turístico.

Em suma, pela importância estratégica que a cultura assume na vida das pessoas, as últimas gestões municipais de Valença (especialmente a atual) mostraram que não tiveram uma política consistente para o setor – em parte, devido ao modelo equivocado de unir cultura com turismo, comércio e indústria numa mesma secretaria. Uma alternativa a isso seria uma mudança no organograma da administração municipal e na execução de um programa amplo de atividades mais amplo, que além dos eventos para turistas, também inclua estímulo à criação cultural e gestão do patrimônio histórico e artístico – como ocorreu em Cairu, com o tombamento do Convento.

Aos amigos leitores (principalmente aqueles que desejam ser candidatos para a eleição de 2008), fica aqui este convite a reflexão sobre um tema esquecido, mas importante para uma Valença cidadã e melhor.

Salvador, 16 de fevereiro de 2008. 23h19

terça-feira, 4 de março de 2008

Canção para Gliese 581c


Canção para Gliese 581c


Salvador; 29 de fevereiro de 2008. (03h26)


Quem ouviu na janela das estrelas
Esta canção de uma irmã desconhecida?
Não sei o rosto nem se o perfume de suas planícies.
Mas é ali, numa esquina depois de Antares,
Entre os raios de Aldebaran e das Plêiades,
Escondidas nos pratos de Libra
Que há uma sinfonia que eu ainda não ouvi

Dizem é que é uma irmã perdida,
Irmã ignota igualzinho a ti, planeta Terra.
Um gêmeo distante,
Pequena pérola errante num mar de estrelas.

Com certeza num verei este paraíso,
Mas creio que lá pode ser feliz.
Não sei dos ventos ou se há uma falésia de granito,
Contudo imagino que seus dias passem
Tranqüilos como uma gravura de Hokusai

Pode ser que os céus tenham outras cores
Ou outras plantas feitas de silício ou cobalto
Surjam ali neste jardim estelar, como poemas ao vento.
Pode ser que o caldo da vida ainda esteja cozinhando
E assim veríamos o milagre da criação
Dar seu primeiro passo na estrada de Darwin.
Pode ser que neve traga paz na solidão cósmica
De uma aurora vermelha, aurora fria, aurora desconhecida.
Pode ser uma Shangri-lá sideral a espera de um aceno,
De um afago, de um sonhador que a colonize
Com sonhos e utopias e desejos e fantasias.

E enquanto não aparece um Magalhães espaçonauta que o circunavegue,
Estarei aqui, Gliese 581c, a esperar que sua sonata planetária
Diga-me algo das harmonias pitagóricas das esperas…

Biblioteca do Bardo Celta (Leituras recomendadas)

  • Revista Iararana
  • Valenciando (antologia)
  • Valença: dos primódios a contemporaneidade (Edgard Oliveira)
  • A Sombra da Guerra (Augusto César Moutinho)
  • Coração na Boca (Rosângela Góes de Queiroz Figueiredo)
  • Pelo Amor... Pela Vida! (Mustafá Rosemberg de Souza)
  • Veredas do Amor (Ângelo Paraíso Martins)
  • Tinharé (Oscar Pinheiro)
  • Da Natureza e Limites do Poder Moderador (Conselheiro Zacarias de Gois e Vasconcelos)
  • Outras Moradas (Antologia)
  • Lunaris (Carlos Ribeiro)
  • Códigos do Silêncio (José Inácio V. de Melo)
  • Decifração de Abismos (José Inácio V. de Melo)
  • Microafetos (Wladimir Cazé)
  • Textorama (Patrick Brock)
  • Cantar de Mio Cid (Anônimo)
  • Fausto (Goëthe)
  • Sofrimentos do Jovem Werther (Goëthe)
  • Bhagavad Gita (Anônimo)
  • Mensagem (Fernando Pessoa)
  • Noite na Taverna/Macário (Álvares de Azevedo)
  • A Casa do Incesto (Anaïs Nin)
  • Delta de Vênus (Anaïs Nin)
  • Uma Espiã na Casa do Amor (Anaïs Nin)
  • Henry & June (Anaïs Nin)
  • Fire (Anaïs Nin)
  • Rubáiyát (Omar Khayyam)
  • 20.000 Léguas Submarinas (Jules Verne)
  • A Volta ao Mundo em 80 Dias (Jules Verne)
  • Manifesto Comunista (Marx & Engels)
  • Assim Falou Zaratustra (Nietzsche)
  • O Anticristo (Nietzsche)