Sua Majestade, O Bardo

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Valença, Bahia, Brazil
Escritor, autor do livro "Estrelas no Lago" (Salvador: Cia Valença Editorial, 2004) e coautor de "4 Ases e 1 Coringa" (Valença: Prisma, 2014). Graduado em Letras/Inglês pela UNEB Falando de mim em outra forma: "Aspetti, signorina, le diro con due parole chi son, Chi son, e che faccio, come vivo, vuole? Chi son? chi son? son un poeta. Che cosa faccio? scrivo. e come vivo? vivo."

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Fragmentos opus 30 - Oceanico


Somente uma página. Ponto de exclamação. Uma página branca, cibernética, marítima. Uma página que é um ponto de partida, porto de partida. Seguimento. Estação de chegada.
Somente uma semente alada, ao léu, jogada assim, alhures. Vírgula. Nada mais que uma possibilidade insône. Ou uma prosa poética em embrião, o Sandman de Neil Gailman tentando se libertar das correntes.
(Um parênteses a la Fernando Pessoa: todos os sonhos cabem numa Binômio de Newton, o que falta é uma metafísica para acendê-los...).
Somente uma reticência resistente. Uma vontade louca de se fazer ao mar e vencer as ressacas com o esporão de meu CSS Merrimack. Ter um oceano em fúria para sangrar com a tridente de Neptuno, singrar a deriva até o maelstron da existência. Fúrias e Tormentas. Scylla et Caríbdis. Uma prosa poética fragmentária como um schrapnel zundindo em direção ao infinito, vindo de uma fragata aérea, cheia de rosas e sangue. Una nau cruzando as nuvens de enxofre e insânia. Ah, todos os marujos juntos, cantando em homenagem a Santiago e Moby Dick. Rum e gaita, tempestades e trovões, isso que se faz uma noite terrível e tragicamente bela em alto-mar.
Somente um fogo-de-santelmo como farol. uma calmaria. A pomba branca descendo ao convés com um ramo de oliveira. Paz. sossego.
E por não haver mais sonhos, fecha-se a janela e o Amanhã canta tuas incerteza nas trevas...
Salvador, 25 de janeiro de 2011 (01h27 AM)

sábado, 8 de janeiro de 2011

Cronicas do Reino de Jambom - Seria Mayakosky?



Era madrugada do ano-novo de 2011 no Castelo. o escritor R. Vidal já havia se despedido da sarau do ano-bom e por isso estava exausto. Não fora a festa que o cansara (como poderia se cansar quando estava com a Senhorita B, Musa Isabel, Barão de Olho D'Água de Pai Mané, Condessa Karinina de la Luna e outros amigos?), mas o nascimento de mais um ano.
R Vidal foi até a sua torre, esperar o nascer do dia. Acendeu algumas velas e ficou olhando a sua escrivaninha. Neles, anda estavam os rascunhos dos cartazes do ano passado, misturado. Numa pasta esquecida na poltrona, estavam os poucos rabiscos poéticos. Ele sentia dúvida. Seria mesmo um Mayakósvky? Queria acreditar que sim: usar sua criatividade para ajudar o novo governo do Reino de Jambom, criar um país mais justo. Aliás, lutara tanto para ter um governo de esquerda, trabalhista, sobre a liderança de Don Ignácio... E eis que ele foi chamado para o governo, dar uma modesta contribuição no Departamento de Agitação e Propaganda. Também não era nada grande, porque ele não tinha ambição. Só que os dias nos estúdios não eram de alegria vermelha. Agitprop também era stress roxa, cansaço verde, riso amarelo para contornar os problemas. E para isso sacrificou alguns saraus e adiou o lançamento dos livros. E pensou no final de Mayakósky. Surgiram dúvidas e uma outra ambição, mas terrena e pessoal tomou conta de teu coração.
Por isso que 2010 foi um ano confuso e estressante e 2011 nascia como uma encruzilhada para o nosso escritor. Encruzilhada que na vida civil é mais complexa, com o concurso para professor, o namoro sério, a necessidade de entrar no mestrado e ter poemas novos pedindo para serem escritos.

Biblioteca do Bardo Celta (Leituras recomendadas)

  • Revista Iararana
  • Valenciando (antologia)
  • Valença: dos primódios a contemporaneidade (Edgard Oliveira)
  • A Sombra da Guerra (Augusto César Moutinho)
  • Coração na Boca (Rosângela Góes de Queiroz Figueiredo)
  • Pelo Amor... Pela Vida! (Mustafá Rosemberg de Souza)
  • Veredas do Amor (Ângelo Paraíso Martins)
  • Tinharé (Oscar Pinheiro)
  • Da Natureza e Limites do Poder Moderador (Conselheiro Zacarias de Gois e Vasconcelos)
  • Outras Moradas (Antologia)
  • Lunaris (Carlos Ribeiro)
  • Códigos do Silêncio (José Inácio V. de Melo)
  • Decifração de Abismos (José Inácio V. de Melo)
  • Microafetos (Wladimir Cazé)
  • Textorama (Patrick Brock)
  • Cantar de Mio Cid (Anônimo)
  • Fausto (Goëthe)
  • Sofrimentos do Jovem Werther (Goëthe)
  • Bhagavad Gita (Anônimo)
  • Mensagem (Fernando Pessoa)
  • Noite na Taverna/Macário (Álvares de Azevedo)
  • A Casa do Incesto (Anaïs Nin)
  • Delta de Vênus (Anaïs Nin)
  • Uma Espiã na Casa do Amor (Anaïs Nin)
  • Henry & June (Anaïs Nin)
  • Fire (Anaïs Nin)
  • Rubáiyát (Omar Khayyam)
  • 20.000 Léguas Submarinas (Jules Verne)
  • A Volta ao Mundo em 80 Dias (Jules Verne)
  • Manifesto Comunista (Marx & Engels)
  • Assim Falou Zaratustra (Nietzsche)
  • O Anticristo (Nietzsche)