Sua Majestade, O Bardo

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Valença, Bahia, Brazil
Escritor, autor do livro "Estrelas no Lago" (Salvador: Cia Valença Editorial, 2004) e coautor de "4 Ases e 1 Coringa" (Valença: Prisma, 2014). Graduado em Letras/Inglês pela UNEB Falando de mim em outra forma: "Aspetti, signorina, le diro con due parole chi son, Chi son, e che faccio, come vivo, vuole? Chi son? chi son? son un poeta. Che cosa faccio? scrivo. e come vivo? vivo."

sexta-feira, 4 de novembro de 2005

Valsa para Fabíola

Valsa para Fabíola

Salvador, 01º de outubro de 2005 - 04h25


Foi numa noite enluarada,
Estrelada,
Que seu olhar esmeralda
Rompeu o horizonte das paixões.
Então o poeta apaixonado,
Enamorado,
Correu assim fascinado
Por entre as nuvens flamejantes,
Atrás deste olhar.
Queria conhecer este fogo
Carinhoso,
Maravilhoso,
Que semeia planetas no infinito
Formoso
Da existência divina.
Por entre belas borboletas,
Pirilampos,
Sonhos doces de amor e ventura
O poeta vagou
Para encontrar o olhar esmeralda
De sua musa sonhada,
Sua musa amada
Que lhe incendiou o coração.
Só em ti, minha doce Fabíola,
Vi realizado todos os meus sonhos
De perfeição.

Canção para Fabíola

Canção para Fabíola

Salvador, 10 de outubro de 2005 - 02h02

"Fabíola! É o teu nome!…"
Os Anjos da meia-noite – Castro Alves

Quisera eu dizer com todas as flores,
Com todos os cometas no firmamento,
Com todas as estrelas alfas do crepúsculo,
Com todas as conchas e ondas do mar;
Um poema único de amor,
Um poema grandioso,
Um poema imortal.
Que faria corar os antigos bardos
E os pósteros gravariam em outro e elétron.
Quisera eu escrever um poema
Que fizesse a ti, minha Fabíola,
A rainha de todas as musas e mulheres,
Um poema que eternizasse teu olhar esmeralda
E teu sorriso fofo de marfim.
Seria um poema que causaria furor e comoção
Aos elementos da natureza,
Que cessaria todas as tempestades e tsunamis,
Que deteria com rosas a lava do vulcão,
Que paralisaria todos os terremotos,Seria assim um poema que faria a distante Aldebaran
(O olho gigante e vermelho da constelação de Touro)
Serenar o firmamento sideral,
Impedindo as supernovas surgirem no infinito silencioso
E faria a Lua silenciar os meteoritos
Só para ouvir este meu cantar.
Seria um poema assim pungentes
Que as sereias e as ninfas corariam de vergonha,
Por não serem belas como tu és, Fabíola.
Fariam as bacantes suspirarem por jamais
Terem sido amadas assim pelos seus sátiros.
Ah, minha amada Fabíola!
Quisera eu ser o teu Orfeu enamorado
A cantar na minha tosca lira
Este poema imortal e esmeralda…
Mas ao por o teu nome no pergaminho,
Nada mais preciso dizer ou escrever
Se eu quiser expressar dez mil anos de paixão:
Tu, Fabíola, já és a própria perfeição…

quarta-feira, 2 de novembro de 2005

Soneto da Solidão

Soneto da Solidão

24 de agosto de 2002 (01h45)

Houve um tempo em que as rosas
Eram rubras e puras como o arrebol.
E as estrelas rompiam airosas
Como delicados beijos de girassol.

Beijar teus lábios era beijar o mel
Virgem das flores que desabrocham
Nas campinas; era colher sorrisos no céu.
Nossas almas, languidamente, voavam

Pelos sonhos das moças e dos infantes…
Ah! Em que momento, feral instante
Perdemos nossas auroras perfumadas?

Hoje o silêncio se faz de fera coroada
E devora mansamente nosso coração
Enquanto naufragamos na solidão…

Ninfas e Sátiros

Ninfas e Sátiros
Salvador, 28 de março de 2000



É noite. A Lua encobre o céu e a terra
Com seu negro, veludoso pálio cintilante,
Incrustado de soberbos diamantes;
Iluminando o palco p’ra lasciva festa.

****
Dos cantos do bosque, bailavam formosas
Ninfas de talhes belos e perfeitos.
Corpos nus resvalavam seios bem feitos,
Dançavam ao som de flautas vaporosas.

****
Chegando este nobre cortejo à clareira,
Encontravam-se co’os sátiros já em transe,
Com seus falos imensos e latejantes.

****
O prazer de Vênus, à todos, incendeia.
Iniciava-se os mistérios: A volúpia regia;
A paixão inflamava e imperava a orgia.

Canto da Primavera

Canto da Primavera

Salvador, 23 de setembro de 1998

Iam uer egelidos refert repores,
iam caeli furor aequi noctuialis
iocundis Zephyri silescit aureis
Carmina - Catulo

****
Primeiro foi o orvalho,
Rosa vermelha abrindo-se,
Inverno sonolento indo-se.
Mangueiras, Ciprestes, Ipês
Acordando em doces flores,
Vespas e abelhas trabalhando
E as borboletas, sabiás, amores
Raiando com a nova estação:
Amanhecer tão suave da Primavera.

Fragmentos de um diário

Vale pelo registro: Dia 17 de outubro, meu poema "Da Profissão do Professor" é lido pela profa. Rita Angélica Luz (coordenador do Curso de Letras da UNEB-Campus 01) durante a aula magna de abertura do semetre 2005-01 para os calouros do curso de Letras.

Dia 19 de novembro deverei receber o prêmio "Menção Honrosa" do II Concurso de Poesia da Academia de Letras do Recôncavo.

Resultado - minha carreira consta com as seguintes premiações: crônica Saudades inclusa no volume "Quase Escritores 1994"(editado pelo Educandário Paulo Freire), resultado no concurso literário organizado pelo colégio onde cursei o segundo grau; 03º Lugar / menção Especial Bahia (certificado e poema publicado na edição #08 da revista) do Concurso Iararana de Poesia, promovido pela revista literária Iararana [o detalhe que esta mesma edição foi lançada em Paris/FR e Budapeste/HU]; poema Cântico dos Lírios publicado no "Panorama Literário Brasileiro2004/2005" - seleção dos melhores poemas publicados nas antologias organizadas pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores durante o ano; finalmente, o poema Soneto da Solidão é escolhido, como menção honrosa, para integrar o livro de poemas resultante do segundo concurso de poesia da Academia de Letras do Recôncavo.

Quanto tempo falta para eu ganhar o Prêmio Nobel de Literatura?

Biblioteca do Bardo Celta (Leituras recomendadas)

  • Revista Iararana
  • Valenciando (antologia)
  • Valença: dos primódios a contemporaneidade (Edgard Oliveira)
  • A Sombra da Guerra (Augusto César Moutinho)
  • Coração na Boca (Rosângela Góes de Queiroz Figueiredo)
  • Pelo Amor... Pela Vida! (Mustafá Rosemberg de Souza)
  • Veredas do Amor (Ângelo Paraíso Martins)
  • Tinharé (Oscar Pinheiro)
  • Da Natureza e Limites do Poder Moderador (Conselheiro Zacarias de Gois e Vasconcelos)
  • Outras Moradas (Antologia)
  • Lunaris (Carlos Ribeiro)
  • Códigos do Silêncio (José Inácio V. de Melo)
  • Decifração de Abismos (José Inácio V. de Melo)
  • Microafetos (Wladimir Cazé)
  • Textorama (Patrick Brock)
  • Cantar de Mio Cid (Anônimo)
  • Fausto (Goëthe)
  • Sofrimentos do Jovem Werther (Goëthe)
  • Bhagavad Gita (Anônimo)
  • Mensagem (Fernando Pessoa)
  • Noite na Taverna/Macário (Álvares de Azevedo)
  • A Casa do Incesto (Anaïs Nin)
  • Delta de Vênus (Anaïs Nin)
  • Uma Espiã na Casa do Amor (Anaïs Nin)
  • Henry & June (Anaïs Nin)
  • Fire (Anaïs Nin)
  • Rubáiyát (Omar Khayyam)
  • 20.000 Léguas Submarinas (Jules Verne)
  • A Volta ao Mundo em 80 Dias (Jules Verne)
  • Manifesto Comunista (Marx & Engels)
  • Assim Falou Zaratustra (Nietzsche)
  • O Anticristo (Nietzsche)