Canção para Fabíola
Salvador, 10 de outubro de 2005 - 02h02
"Fabíola! É o teu nome!…"
Os Anjos da meia-noite – Castro Alves
Os Anjos da meia-noite – Castro Alves
Quisera eu dizer com todas as flores,
Com todos os cometas no firmamento,
Com todas as estrelas alfas do crepúsculo,
Com todas as conchas e ondas do mar;
Um poema único de amor,
Um poema grandioso,
Um poema imortal.
Que faria corar os antigos bardos
E os pósteros gravariam em outro e elétron.
Quisera eu escrever um poema
Que fizesse a ti, minha Fabíola,
A rainha de todas as musas e mulheres,
Um poema que eternizasse teu olhar esmeralda
E teu sorriso fofo de marfim.
Seria um poema que causaria furor e comoção
Aos elementos da natureza,
Que cessaria todas as tempestades e tsunamis,
Que deteria com rosas a lava do vulcão,
Que paralisaria todos os terremotos,Seria assim um poema que faria a distante Aldebaran
(O olho gigante e vermelho da constelação de Touro)
Serenar o firmamento sideral,
Impedindo as supernovas surgirem no infinito silencioso
E faria a Lua silenciar os meteoritos
Só para ouvir este meu cantar.
Seria um poema assim pungentes
Que as sereias e as ninfas corariam de vergonha,
Por não serem belas como tu és, Fabíola.
Fariam as bacantes suspirarem por jamais
Terem sido amadas assim pelos seus sátiros.
Ah, minha amada Fabíola!
Quisera eu ser o teu Orfeu enamorado
A cantar na minha tosca lira
Este poema imortal e esmeralda…
Mas ao por o teu nome no pergaminho,
Nada mais preciso dizer ou escrever
Se eu quiser expressar dez mil anos de paixão:
Tu, Fabíola, já és a própria perfeição…
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