Soneto da Solidão
24 de agosto de 2002 (01h45)
Houve um tempo em que as rosas
Eram rubras e puras como o arrebol.
E as estrelas rompiam airosas
Como delicados beijos de girassol.
Beijar teus lábios era beijar o mel
Virgem das flores que desabrocham
Nas campinas; era colher sorrisos no céu.
Nossas almas, languidamente, voavam
Pelos sonhos das moças e dos infantes…
Ah! Em que momento, feral instante
Perdemos nossas auroras perfumadas?
Hoje o silêncio se faz de fera coroada
E devora mansamente nosso coração
Enquanto naufragamos na solidão…
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