Sua Majestade, O Bardo

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Valença, Bahia, Brazil
Escritor, autor do livro "Estrelas no Lago" (Salvador: Cia Valença Editorial, 2004) e coautor de "4 Ases e 1 Coringa" (Valença: Prisma, 2014). Graduado em Letras/Inglês pela UNEB Falando de mim em outra forma: "Aspetti, signorina, le diro con due parole chi son, Chi son, e che faccio, come vivo, vuole? Chi son? chi son? son un poeta. Che cosa faccio? scrivo. e come vivo? vivo."

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Fragmentos de um diario de um escritor em crise - vida dura

Na mensagem anterior, eu comentei a correria de minha vida, tendo que conciliar a carreira literária com a vida "civil" de estudante de Letras. Para quem acha isso que é apenas vaidade de um aspirante a Machado de Assis ou James Joyce, sugiro a leitura destes dois últimos "posts" de da cantora Joyce - aquela mesma famosa cantora e compositora Joyce, bossa-novista consagrada da melhor cepa.

Em um, "Todos os Instrumentos", fala da dificuldade que as empresas aéreas estão colocando para os músicos levarem seus intrumentos músicais. Isso em um país continental como o Brasil!

No outro, "Queridos Intrumentistas", apesar do tom de desabafo e de haver alguns pontos que dizem respeito à categoria dos músicos, vemos as dificuldades (e até as impossibilidades) que as obras culturais possuem para serem levadas a cabo. E como os pequenos detalhes invibilizam um livro, um filme, um exposição, um disco, um concerto...

E depois há quem, vendo o produto pronto no mercado (duro dizer, mas arte e cultura tem seu lado mercantil), acha que o escritor, o intelectual, o artista vivemos aquela de vida "pública" de "glamour" - lançamento com pompa e cirscunstância (ou lançamento puro, só com coxinha e vinho barato), dar autógrafos toda as vezes que sai na rua, assédio dos fãs (quem? quando?), entrevistas, o nome estampado na capa, foto no jornal e uma vida regada à água de coco, varanda com rede e um luar que nos daria pronta e acabada (sem nenhum retoque) o livro, a pintura, o filme, a música, a coreagrafia, a encenação, a paletra.....

Bièn, fica aqui o convite para a leitura do blog de Joyce, Outras Bossas. É aqui vizinho, no próprio "hiperespaço blogpost". Aliás, um dia eu ainda aprenderei como colocar na laterais do meu blog a sugestão de blogs e sites interessantes.

sábado, 17 de maio de 2008

Um escritor em crise - novos fragmentos de um diario

Bièn, ontem terminou meu estágio e o prazo do concurso de literatura do Banco Capital, edição 2008. Sobre o concurso, curiosamente este ano eu acho que a concorrência deva ser menor, já que foi conto. Suponho que deva ter uns 35 a 40 inscritos este ano, comparado aos 80 do anos passado (minha inscrição, ano passado, foi a 79ª). Agora é esperar o resultado.

Mas, isso não significa repouso: agora é a vez deu um me dedicar à minha monografia de conclusão de curso sobre o Fetichismo do Olhar nos Contos de Anaïs Nin, elaborar um projeto de mestrado para o ano que vem e, mais adiante, o concurso de literatura Brasken/ Academia de Letras da Bahia.

Isso tudo é para dizer que trabalho de intelectual é mole....

C'est la vie!!!!!!!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Sobre Direitos e Humanismo



Visitando o blog da escritora Renata Belmonte, "Vestígios da Senhorita B." (http://vestigiosdasenhoritab.blogspot.com/), eu encontrei um interessante e instigante post sobre o conflito de direitos.

No dia dos Direitos Autorais, ela leu uma matéria sobre a polêmica criada pela acima. Uma artista plástica, percebendo que as "celebridades" como Paris Hilton e os ex-BBBs muitas vezes ganhavam destaque na mídia do que dramas humanos como o que se passa em Darfur, Somália (um país hoje que está sem um Estado constituído, entregue aos senhores da guerra) e no Saara Ocidental (outro vácuo na geografia política, em que o povo desta antiga colônia espanhola tenta organizar seu estado independente a despeito da ocupação ilegal do Marrocos); criou este desenho em que um africano pobre "posa" com uma bolsa de grife famosa (Louis Vitton) e um cachorrinho de madame para ver se tornar visível seu drama para a mídia mundial. É uma iniciativa humanirária, sendo que a venda das camisas e o pôsteres com a estampa acima serão doadas para campanha "Dives for Darfur". Naturalmente a griffe em que questão não gostou de ver o desenho de sua bolsa sendo usada sem sua permissão e cobrou os direitos autorais.... Paralelamente a isso, Renata alude à sua monografia sobre o direito a intimidade nos tempos modernos com a superexposição do caso Nardoni. Diante disso ela joga aos seus leitores a discussão do tema, sobre a colisão de direitos.

Realmente, o desafio que Renata Belmonte lançou no seu blog me interessou por envolver algumas de meus princípios e minha antiga e quase formação em jornalismo. Como escritor de formação humanística, defendo que a liberdade de expressão e informação é essencial para construção de uma sociedade democrática e solidária. E para tanto, o direito autoral é uma das garantias desta liberdade, pois permite que o artista não só possa ser reconhecido como criador de uma obra intelectual como permite que ele ganhe dinheiro com sua criação e seja estimulado a criar mais. Aliás, como escritor, eu sou o primeiro que gotaria de ganhar uns cobres com meus escritos para que possa ter condição de escrever mais.... É importante, no entanto, este direito deve ser visto dentro do contexto que de a proteção da criação intelectual esteja a serviço da coletividade.

Contudo, se o interesse público precisar ultrapassar o direito autoral de um artista, como no caso da Querela da Bolsa Vitton? Renata Belmonte lembra que a pessoa que criou esta imagem do "Simple Living" poderia ter feito uma caricatura ou pastiche do desenho da bolsa, em lugar de representar uma estampa real da grife. Concordo com a posição dela. E também defendo que o designer de moda tenha que receber dinheiro e ter direitos de veiculação de seu trabalho. Porém, fico pensando se, no fundo, isso teria o mesmo efeito. Será que mostrando uma bolsa com o desenho de Vitton contrastando com uma criança africana, desnutrida e desamparada não causa maior impacto e não deixaria pelo menos a semente da dúvida de que a solução de algumas das calamidades do mundo é mais importante na mídia do que a (falta de) calcinha de Paris Hilton ou a festa de uma BBB do momento? Creio que neste ponto o interesse humanitário deveria falar mais alto. Que fique o direito moral de se saber que a bolsa é criação de Louis Vitton (ou Pierre Cardin ou a grife que for), mas o direito econômico deve sim servir para minorar o sofrimento das pessoas em Darfur. Para ser sincero, se um poema ou artigo meu puder ajudar a melhorar o mundo, combater uma injustiça ou promover uma causa humanitária, abriria mão dos direitos econômicos com alegria e batalharia para que estas causas sejam sempre presentes na mídia, nas suas mais diferentes formas. Liberdade de Expressão e Informação (neste caso) sempre!

Só que, ao defender a Liberdade de Expressão e Informação, lembro que ela deva ser feita com responsabilidade e visando o interesse público, se não cairemos em um lado fascista da Comunicação que exatamente se opõe a este interesse. Cremilda Medina, teórica do jornalismo, tem um livro clássico da responsabilidade social da profissão do jornalismo. Todos os cidadãos têm o direito a informação. Isso é interesse publico! Contudo, a atual cobertura do caso Nardoni mostra os excessos que deveríamos evitar no direito à expressão. Apesar de alguns cuidados, infelizmente, vemos repetir o mesmo caso da Escola-Base. O interesse comercial está levando a uma superexposição dos suspeitos que, se por um lado cansa as pessoas de bom senso, por outro fere o direito a intimidade das pessoas. Além de corrermos o risco de a comoção que a cobertura midiática do caso venha a interferir negativamente na investigação e no julgamento. Onde deveria haver justiça, corremos o risco de ver um típico espetáculo de circo romano, em que as pessoas são soltas a feras para que a turba veja o sangue correr (e quantos cristãos foram martirizados assim?).

Em resumo, na minha opinião de leigo na Ciência das Leis, numa situação de colisão de direito, o que deve imperar é o interesse público e humanitário. É importante que o direito a informação e expressão (e nós escritores somos um dos principais beneficiários dela) - mas que ela não ultrapasse o direito à intimidade a ponto de causar graves problemas à pessoa humana. O Direito Autoral e as patentes devem ser consideradas sagradas. Contudo, se a quebra de patente de um remédio ou a utilização de obra de arte puder salvar uma vida humana, pois que salvemos esta vida. Quebremos todas patentes necessárias sem dó e que os artistas (inclusive nós escritores) e intelectuais não nos esqueçamos que nosso trabalho serve, ante de tudo, ao bem da humanidade.

No mais, fica renovado o meu convite para que as pessoas visitem o belíssimo blog de Renata Belmonte, Vestígio da Senhora B. A leitura dele é enriquecedora!

ALACAZUM - um site para se visitar


Não irei mentir: ultimamente estou vivendo uma fase bairrista: não consigo deixar de tirar meus olhos da cidade de Valença! Não sei se por conta da minha primeira viagem internacional, ter visto os tesouros de Florença, Roma e Vaticano (além de ter pisado no solo espanhol donde nasceu meu avô paterno); ou por ser uma ano de eleições municipais (o que nos faz a voltarmos nossas atenções para nossa realidade); ou ainda este ano ser o cinquentário de publicação do livro "Notas Geográficas da Cidade de Valença" do prof. Brasílio Machado - a verdade que sinto na minha alma renascer este fogo (que nunca se apagou) de poeta apaixonado pela cidade. Sendo assim, é com indisfarçavel alegria que comento hoje sobre o site cultural "Alacazum" (http://www.alacazum.com/).


Idealizado pela artista multimídia valenciana (e mestranda de Análise do Discurso pela Faculdade de Filosofia e Letras da Universidad de Bueno Aires) Celeste Martinez e com o web-designer de Guigui Martinez, podemos encontrar a galeria de obras de artes de da própria Celeste, de seu esposo Horácio Martinez e de seu filho Martinez. Também podemos encontrar a disposição os arquivos em mp3 do CD de poesia "Destilo Loucuras Dosadas" e o blog de programa radiofônico "Alacazum - Palavras para Entreter" (http://alacazum.blogspot.com/), que passa todo domigo, das 11h00 às 12h00, na Rádio Clube de Valença 650 Khz.


Celeste Martinez nasceu em Valença. Pedagoga formada pela UNEB, é especialista em Planejamento e Prática do Ensino Superior pela FACE e mestranda em Análise do Discurso pela Faculdade de Filosofia e Letras de Universidade de Buenos Aires. Já escreveu para teatro, foi roteirista de documentário “Valença, Cidade Desejo”, . Artista visual com experiência em instalações. Apresentou-se em exposições de artes coletivas nos Salões Regionais de Artes Plásticas da Bahia ente 1995 a 1997 onde obteve prêmios. Participou do Ecodramas 96, através do Parque das Árvores Queimadas, com exposição coletiva no Shopping Barra (Bahia) e no Teatro Nacional Cláudio Santoro em Brasília - DF. Poetisa de inspiração visceral, participou da antolgia “Valenciando”, organizada pelo acadêmico Araken Vaz Galvão. Idealizadora, produtora e apresentadora do programa radiofônico ALACAZUM - PALAVRAS PARA ENTRETER. Celeste Martinez é casada com Horácio Martinez, um dos frandes artistas plásticos de Valença


Para quem conhecer um pouco da cultura de Valença através de alguns de seus melhores seus artistas, este site é imperdível!

sábado, 3 de maio de 2008

Vila Operaria de Valenca

Vila Operária de Valença

Salvador; 02 de maio de 2008 (23h54 PM)

Cem gêmeas amarelas de sorriso verde,
Cem crianças brincam na Praça Vargas.
Cem moças catitas esperam na janela
Cem operários atravessarem o Rio Una.

Cem flores brotam alegres na nossa Vila.
Cem pássaros cantam uma Sinfonia Mágica.
Cem velas saúdam Nossa Senhora do Amparo
Que caminham por cem pedras da calçada.

Cem vitórias o nosso Ipiranga conquistou,
Cem vezes resplandeceu o Poder Operário
Nestes cem anos de histórias e estórias.

Contam seu passado cem anos de glórias,
Pr’anunciar os próximos cem anos de felicidade,
Centenária e Querida Vila Operária.

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Publicado no jornal Valença Agora (http://www.valencaagora.com/x/b/bs.php?bl=1&menu=1427)

Biblioteca do Bardo Celta (Leituras recomendadas)

  • Revista Iararana
  • Valenciando (antologia)
  • Valença: dos primódios a contemporaneidade (Edgard Oliveira)
  • A Sombra da Guerra (Augusto César Moutinho)
  • Coração na Boca (Rosângela Góes de Queiroz Figueiredo)
  • Pelo Amor... Pela Vida! (Mustafá Rosemberg de Souza)
  • Veredas do Amor (Ângelo Paraíso Martins)
  • Tinharé (Oscar Pinheiro)
  • Da Natureza e Limites do Poder Moderador (Conselheiro Zacarias de Gois e Vasconcelos)
  • Outras Moradas (Antologia)
  • Lunaris (Carlos Ribeiro)
  • Códigos do Silêncio (José Inácio V. de Melo)
  • Decifração de Abismos (José Inácio V. de Melo)
  • Microafetos (Wladimir Cazé)
  • Textorama (Patrick Brock)
  • Cantar de Mio Cid (Anônimo)
  • Fausto (Goëthe)
  • Sofrimentos do Jovem Werther (Goëthe)
  • Bhagavad Gita (Anônimo)
  • Mensagem (Fernando Pessoa)
  • Noite na Taverna/Macário (Álvares de Azevedo)
  • A Casa do Incesto (Anaïs Nin)
  • Delta de Vênus (Anaïs Nin)
  • Uma Espiã na Casa do Amor (Anaïs Nin)
  • Henry & June (Anaïs Nin)
  • Fire (Anaïs Nin)
  • Rubáiyát (Omar Khayyam)
  • 20.000 Léguas Submarinas (Jules Verne)
  • A Volta ao Mundo em 80 Dias (Jules Verne)
  • Manifesto Comunista (Marx & Engels)
  • Assim Falou Zaratustra (Nietzsche)
  • O Anticristo (Nietzsche)