Bièn, ontem terminou meu estágio e o prazo do concurso de literatura do Banco Capital, edição 2008. Sobre o concurso, curiosamente este ano eu acho que a concorrência deva ser menor, já que foi conto. Suponho que deva ter uns 35 a 40 inscritos este ano, comparado aos 80 do anos passado (minha inscrição, ano passado, foi a 79ª). Agora é esperar o resultado.
Mas, isso não significa repouso: agora é a vez deu um me dedicar à minha monografia de conclusão de curso sobre o Fetichismo do Olhar nos Contos de Anaïs Nin, elaborar um projeto de mestrado para o ano que vem e, mais adiante, o concurso de literatura Brasken/ Academia de Letras da Bahia.
Isso tudo é para dizer que trabalho de intelectual é mole....
C'est la vie!!!!!!!
2 comentários:
Você é muito vaidoso...
Caro Anônimo (Se bem que, pela expressão usada e o tema do posts, eu sei bem que é o "gamberro"):
Não é "vaidade minha" não, é apenas um registro do lado duro e real da profissão. Para quem imagina que nossa vida de escritor é ficar apenas o tempo todo numa rede, olhando para estrelas, esperando que o texto caia redondo e maravilhoso no colo, depois colocar isso no papel para no outro dia ficar só dando autógrafos, participando de lançamentos com pompa e circunstância e virar celebridade, que só ver ao glamour; eu quero contrapor com meu post a face dura e sem brilho da moeda: É batalhar com 40 pessoas para ver quem terá o livro publicado em um concurso, é gastar horas e horas revisando o texto, reescrever ad infnitum o mesmo texto, suar em cima do teclado, ler muitíssimo antes de escrever uma linha (para não falar bobagem), é ter que, às vezes, dividir o computador com a família, e gastar muito papel e tinta e caneta, receber porta na cara de editora - e ainda, se "virar nos trinta" para levar a vida. E uma vez que a literatura (principalmente aqui no Brasil) é vista "apenas" como uma passatempo ou um douramento intelectual da carreira (como se escrever um poema ou um ficção "sérios" não exigesse da pessoa um comprometimento profissional igual a de qualquer outro artista), temos ainda que dividir o tempo precioso de nossa escrita com uma outra profissão, com uma formação acadêmica que garanta o futuro, arranjar alguma fonte de renda extra aos direitos autoriais porque não dá para viver de literatura no Brasil, infelizmente. Mesmo quem escreve "pulp-fiction", "best-sellers" ou "auto-ajuda e afins" aqui no Brasil sabe das dificuldades do mercado e quão difícil é entrar no "Olimpo".
Não falo de minhas dificudades não para me vagloriar ou vaidade, apenas repetindo a roda-viva de outros escritores de verdades, alguns até consegrados, e cujas carreiras possuem seus altos e baixos. Veja os exemplos de Machados de Assis, Drummond, Carlos Ribeiro e outros verá que os cursos são mais o menos o mesmo, alguns com sorte, outros com muito suor. Em todo caso, obrigado pelo comentário e espero que tenha lido os outros posts do meu blog.
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