Sua Majestade, O Bardo

Minha foto
Valença, Bahia, Brazil
Escritor, autor do livro "Estrelas no Lago" (Salvador: Cia Valença Editorial, 2004) e coautor de "4 Ases e 1 Coringa" (Valença: Prisma, 2014). Graduado em Letras/Inglês pela UNEB Falando de mim em outra forma: "Aspetti, signorina, le diro con due parole chi son, Chi son, e che faccio, come vivo, vuole? Chi son? chi son? son un poeta. Che cosa faccio? scrivo. e come vivo? vivo."

domingo, 24 de fevereiro de 2013

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Sol Nascente

Valença, 17 de fevereiro de 2013 (05h55)

Coroa dourada que diviso dentre a janela
O Sol nascente calmamente s'eleva do banho,
Como um querubim travesso ainda sonolento.
Ele me encontra com meus olhos insones,
Trazendo seus tons pasteis, ainda úmido do orvalho.
A Lua, rainha de meus versos e meus sonhos,
A muito se deitou e as estrelas se encontram no camarim,
Descansado do seu eterno balé no firmamento.
Os passarinhos ensaiam seus primeiros acordes
Nos galho, enquanto os últimos vagalumes
Recolhem-se para os domínios de Morfeu.

Sol Nascente, que do Oriente lança teus braços,
Tua aurora surge como um enigma quântico,
Aquarela exótica que cega o vampiro insône
E relaxa, encantando o poeta neurastêmico,
Agora eu vislumbro uma nota esquecida
E por, tantalizado pela tuas pinceladas,
Redescubro um outro espetáculo sereno Já esquecido.

Sol nascente dos treze mistérios e orixás,
Que cantas com suas setes seta douradas,
Arpões que recobre o Horizonte selvagem
E dominando nesta sinfonia de cores e sabores?
Parece uma Lady in Red dançado andrógina,
Apolo camaleão que se refreta num quadro de Caravaggio.

Sol nascente,
Eis que teu lume já desponta e coroa o céu,
Escondendo as últimas constelações boêmias.
Deixo-te que com tuas asas criselefantinas
Conduza teu coche, pois o dia precisa romper.
Eu que me despeço de tua exuberância.
Deixa-me descansar de meus fantasmas,
Pois nasci para noite, como os gatos...





Coroa dourada que diviso dentre a janela
O Sol nascente calmamente s'eleva do banho,
Como um querubim travesso ainda sonolento.
Ele me encontra com meus olhos insones,
Trazendo seus tons pasteis, ainda úmido do orvalho.
A Lua, rainha de meus versos e meus sonhos,
A muito se deitou e as estrelas se encontram no camarim,
Descansado do seu eterno balé no firmamento.
Os passarinhos ensaiam seus primeiros acordes
Nos galhos, enquanto os últimos vagalumes
Recolhem-se para os domínios de Morfeu.

Sol Nascente, que do Oriente lança teus braços,
Tua aurora surge como um enigma quântico,
Aquarela exótica que cega o vampiro insône
E relaxa, encantando o poeta neurastêmico,
Agora eu vislumbro uma nota esquecida
Que, tantalizado pela tuas pinceladas,
Redescubro num outro espetáculo sereno Já esquecido.

Sol nascente dos treze mistérios e orixás,
Que cantas com suas setes setas douradas,
Arpões que recobre o Horizonte selvagem
E dominam esta sinfonia de cores e sabores?
Parece uma Lady in Red dançado andrógina,
Apolo camaleão que se refreta num quadro de Caravaggio.

Sol nascente,
Eis que teu lume já desponta e coroa o céu,
Escondendo as últimas constelações boêmias.
Deixo-te que com tuas asas criselefantinas
Conduza teu coche, pois o dia precisa romper.
Eu é que me despeço de tua exuberância.
Deixa-me descansar de meus fantasmas,
Pois nasci para noite, como os gatos...

Espaçonauta


Valença, 17 de fevereiro de 2013 (04H42 AM)

No labirinto das estrelas teus olhos
Procuram por um anjo de asas de metal,
Arcanjo que toque com uma guitarra telúrica
Uma supernova em infravermelho.
Espaçonauta de teus sonhos e delírios,
Caminhas por entre quasares de safira,
Distraidamente pisando em astros.
Teu horizonte de matéria escura fervilha em táquions,
Como um Star Trek de tacape, primitivo e tão humano...
Ah, Espaçonauta que navega no tempo, em silêncio,
Ouvindo a sutil melodia das esferas,
Como gostaria de cavalgar um cometa ao teu lado,
Ser o cowboy sideral, centauro das galáxias
Rasgando esta nova fronteira.
Esquecer-me da mesquinhez dos plutocratas
E da pequena burguesia fétida e dogmática.
Pergunto que filosofias os pulsares cantam
Com Bóson de Higgs e Quanta 
Recolhidos nos ventos sideriais...
Quantas sinfonias os plutonídeos
Retorcem em duetos e óboes, 
Dentre malhas de raios gama esquecidas na solidão...
Quais mitologias cthulhunianas são tecidas
Por gigantes vermelhas e planetas ctônicos
Com os íons viajando na velocidade da luz...
Com certeza é feito de um outro cristal hermenêutico,
Não é feito das matérias de nossas ignorâncias
Que repetimos através de e-mails apócrifos
Como a mais absoluta verdade sofismável.
Espaçonauta, lobisomem atroz em teu foguete positrônico,
Galgue este Ganges galático e galvânico
E pela escuridão, desapareça sem mágoas ou saudades,
Encontre no oceano de estrelas e fótons
A felicidade que nunca achará dentre teus irmãos...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Abismo

Valença, 12 de fevereiro de 2013 (04H18 AM)

O limite se oferece, logo ali, a nossa frente:
Eis o abismo e seus mistérios.
Ele se apresenta como um convite,
Um desafio, Um horizonte...
O abismo tangencia a estrada e a vida,
Como uma possibilidade audaz.
Ele convida ao pulo.
Mergulhar na ousadia,
Como um troféu vermelho de treze estrelas,
Como uma senha para uma utopia.
O rebanho tem medo do abismo
E por isso o evita. 
"Ninguém deve ultrapassar o abismo!
Só os loucos se atiram para além 
Dos limites seguros da mediocridade..."
Apenas um herói nietzschieniano,
Que, ouvindo as canções de Zaratustra,
Sabe que o abismo é o caminho.
O abismo está lá e além dele há Vida.
Por isso que o herói se joga, sem medo,
Sem certezas nem esperanças.
O simples de ultrapassar os limites já basta para ele.
E quem mais enfrentará o rebanho,
Romperá os grilhões da comodidade,
Ousará rasgar suas fés e suas ciências,
Para se aventurá na escuridão
De se jogar no abismo que se apresenta aos teus pés???


Biblioteca do Bardo Celta (Leituras recomendadas)

  • Revista Iararana
  • Valenciando (antologia)
  • Valença: dos primódios a contemporaneidade (Edgard Oliveira)
  • A Sombra da Guerra (Augusto César Moutinho)
  • Coração na Boca (Rosângela Góes de Queiroz Figueiredo)
  • Pelo Amor... Pela Vida! (Mustafá Rosemberg de Souza)
  • Veredas do Amor (Ângelo Paraíso Martins)
  • Tinharé (Oscar Pinheiro)
  • Da Natureza e Limites do Poder Moderador (Conselheiro Zacarias de Gois e Vasconcelos)
  • Outras Moradas (Antologia)
  • Lunaris (Carlos Ribeiro)
  • Códigos do Silêncio (José Inácio V. de Melo)
  • Decifração de Abismos (José Inácio V. de Melo)
  • Microafetos (Wladimir Cazé)
  • Textorama (Patrick Brock)
  • Cantar de Mio Cid (Anônimo)
  • Fausto (Goëthe)
  • Sofrimentos do Jovem Werther (Goëthe)
  • Bhagavad Gita (Anônimo)
  • Mensagem (Fernando Pessoa)
  • Noite na Taverna/Macário (Álvares de Azevedo)
  • A Casa do Incesto (Anaïs Nin)
  • Delta de Vênus (Anaïs Nin)
  • Uma Espiã na Casa do Amor (Anaïs Nin)
  • Henry & June (Anaïs Nin)
  • Fire (Anaïs Nin)
  • Rubáiyát (Omar Khayyam)
  • 20.000 Léguas Submarinas (Jules Verne)
  • A Volta ao Mundo em 80 Dias (Jules Verne)
  • Manifesto Comunista (Marx & Engels)
  • Assim Falou Zaratustra (Nietzsche)
  • O Anticristo (Nietzsche)