No labirinto das estrelas teus olhos
Procuram por um anjo de asas de metal,
Arcanjo que toque com uma guitarra telúrica
Uma supernova em infravermelho.
Espaçonauta de teus sonhos e delírios,
Caminhas por entre quasares de safira,
Distraidamente pisando em astros.
Teu horizonte de matéria escura fervilha em táquions,
Como um Star Trek de tacape, primitivo e tão humano...
Ah, Espaçonauta que navega no tempo, em silêncio,
Ouvindo a sutil melodia das esferas,
Como gostaria de cavalgar um cometa ao teu lado,
Ser o cowboy sideral, centauro das galáxias
Rasgando esta nova fronteira.
Esquecer-me da mesquinhez dos plutocratas
E da pequena burguesia fétida e dogmática.
Pergunto que filosofias os pulsares cantam
Com Bóson de Higgs e Quanta
Recolhidos nos ventos sideriais...
Quantas sinfonias os plutonídeos
Retorcem em duetos e óboes,
Dentre malhas de raios gama esquecidas na solidão...
Quais mitologias cthulhunianas são tecidas
Por gigantes vermelhas e planetas ctônicos
Com os íons viajando na velocidade da luz...
Com certeza é feito de um outro cristal hermenêutico,
Não é feito das matérias de nossas ignorâncias
Que repetimos através de e-mails apócrifos
Como a mais absoluta verdade sofismável.
Espaçonauta, lobisomem atroz em teu foguete positrônico,
Galgue este Ganges galático e galvânico
E pela escuridão, desapareça sem mágoas ou saudades,
Encontre no oceano de estrelas e fótons
A felicidade que nunca achará dentre teus irmãos...
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