As Harpas
(Dedicado à harpista Ana Míccolis, após assistir a seu recital)
Salvador, 15 de abril de 2007 - 23h40 AM
Como um borbulhar doce
De riacho brincando na primavera,
As harpas destilam as notas claras no palácio.
São límpidas as notas de dó, si, ré,
E o sol sustenido fulgura apolíneo
Nos dedos ágeis de Ana Míccolis,
Que colhem delicadamente nos fios da harpa
A alegria suave das canções e temas.
E assim conduzem a alma
D’audiência pelas nuvens atemporais do Elíseo.
Cada nota é um sonho
E cada melodia fatalmente descreve
No espaço, evoluções coloridas de desejos,
Como elfos enamorados
Passeando num crepúsculo âmbar.
Ah! Que doçuras azuladas é o sol das harpas
Quando imperam na sala do palácio, aclamadas
Borboletas de ternuras que pousam nos nossos ouvidos
Como expressão única da Arte e da beleza…
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