Elegia ao Deus Pã
Salvador, 04 de abril de 2000
"………Bosques, desencantai-vos…
Fontes do ermo, chorai que é morto o Grande Pã!…"
A Morte de Pã - Manuel Bandeira
Quando as hostes celestes, nos céus da PalestinaFontes do ermo, chorai que é morto o Grande Pã!…"
A Morte de Pã - Manuel Bandeira
Cantaram o advento do Cristo Nazareno;
Um grande gemido ouviu-se lá no porto d’Athenas.
O grão deus Pã, senhor d’Arcádia, estava morto!
***
As belezas que existiam na nobre Antiguidade,
Os vários sonhos doirados do velho paganismo,
A poesia e a arte dos helenos e dos romanos,
Tudo acabou! Cristo nasceu, porém Pã está morto!
***
Morreram todas as hamadríadas e os faunos,
Morreu a Alegria e toda a potência do Viver.
A Terra, em profusão chora: O deus Pã está morto!
***
Florestas de cruzes e imensas catedrais brotam
Na terra como sementes boas e fecundas.
Entretanto, o grande Deus, O Rei Pã está morto!
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