Era madrugada do ano-novo de 2011 no Castelo. o escritor R. Vidal já havia se despedido da sarau do ano-bom e por isso estava exausto. Não fora a festa que o cansara (como poderia se cansar quando estava com a Senhorita B, Musa Isabel, Barão de Olho D'Água de Pai Mané, Condessa Karinina de la Luna e outros amigos?), mas o nascimento de mais um ano.
R Vidal foi até a sua torre, esperar o nascer do dia. Acendeu algumas velas e ficou olhando a sua escrivaninha. Neles, anda estavam os rascunhos dos cartazes do ano passado, misturado. Numa pasta esquecida na poltrona, estavam os poucos rabiscos poéticos. Ele sentia dúvida. Seria mesmo um Mayakósvky? Queria acreditar que sim: usar sua criatividade para ajudar o novo governo do Reino de Jambom, criar um país mais justo. Aliás, lutara tanto para ter um governo de esquerda, trabalhista, sobre a liderança de Don Ignácio... E eis que ele foi chamado para o governo, dar uma modesta contribuição no Departamento de Agitação e Propaganda. Também não era nada grande, porque ele não tinha ambição. Só que os dias nos estúdios não eram de alegria vermelha. Agitprop também era stress roxa, cansaço verde, riso amarelo para contornar os problemas. E para isso sacrificou alguns saraus e adiou o lançamento dos livros. E pensou no final de Mayakósky. Surgiram dúvidas e uma outra ambição, mas terrena e pessoal tomou conta de teu coração.
Por isso que 2010 foi um ano confuso e estressante e 2011 nascia como uma encruzilhada para o nosso escritor. Encruzilhada que na vida civil é mais complexa, com o concurso para professor, o namoro sério, a necessidade de entrar no mestrado e ter poemas novos pedindo para serem escritos.
Por isso que 2010 foi um ano confuso e estressante e 2011 nascia como uma encruzilhada para o nosso escritor. Encruzilhada que na vida civil é mais complexa, com o concurso para professor, o namoro sério, a necessidade de entrar no mestrado e ter poemas novos pedindo para serem escritos.
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