(para uma cantora valenciana)
Toca!
Toca meu coração,
Toca meu sonho…
Toca, que a felicidade é bem assim:
Um ijexá dos Cavalheiros de Jorge
Voando pela melodia das galáxias,
Enquanto uma rosa desabrocha em bemóis,
Descobrindo um universo de mim tão pleno de Dons.
Toca!
Toca o meu sentimento,
Toca o meu bom gosto.
Toca, que Eu vou, por entre amores,
Embarcar dentre as estrelas supernovas,
Sinfonia de aquarelas sintetizadas em gestos
E que explodem como flores de cerejeiras no céu.
Toca!
Toca o meu Don Quixote de la Mancha.
Toca os meus Cem Anos de Solidão.
Toca o poema que, con
un poquito de gracia,
Os mestres e deuses da arte são conjurados
Através de uma voz macia com gosto de êxtase,
Voz valenciana, vigorosa, vagando pelas névoas do véu.
Toca!
Toca com os seus encantos,
Toca com as suas emoções,
Toca com os seus sonhos temperados
E vai djavaneando todas as nuvens de cravo,
Doce retrato de um rosa só sua e tão marcante
Que nasce dentre as ondas da aurora rubra e
caetanesca.
Toca! E vai cantando suas rosas,
pois como você mesmo diz entre sorrisos:
“Deixa eu só lembrar:
a vida é pra festejar”
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