Capela no Canavial
(para o Padre Edegard Silva Junior)
BR 324; 10 de janeiro
de 2016
No mar açucarado e verde do canavial,
(Quase escondida da estrada vizinha)
Erguia uma humilde e velha capelinha
Coberta de suavidade, musgos e cal.
Às vezes passava célere como vendaval,
Enquanto pegava um ônibus de linha.
Outras, em um carro lento eu vinha.
Mas sempre via a capelinha sem rival.
Ela surgia como um convite à oração,
Quando, banhada pelo sol do Poente,
Irradiava fortes vermelhos e devoção.
Era um farol de paz ao errante peregrino,
Pois instigava a crença e a fé mais fremente.
Essa capela[1], com
sua aura e fulgor divino.
P:.
[1]
Logo quando eu fui morar em Salvador (em 1996), havia uma fazenda de cana na BR
324 – creio eu pertencente a uma Usina. Nessa fazenda se via uma capela no meio
no mato, em cujo lado crescia uma árvore. A imagem bucólica sempre encantava e
algumas vezes tentei fotografá-la no carro. Com o passar do tempo (e, imagino
eu, com falta de uso) a capela foi perdendo telhado até ser demolida. Mesmo
assim, a imagem ainda ficou na memória.
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