Soneto do Jasmim
Salvador, 14 de junho
de 2016 (01h45)
Um doce aroma recorda minha
aurora,
Quando o jasmim a noite
brinca com a brisa.
É um cheiro mágico, do tempo
de outrora,
Que minha fronte afaga,
queima e alisa.
Ele chega de mansinho, sem
demora,
E vai alojando seu império e
harmoniza.
Abre-se então uma sutil caixa
de Pandora,
Pois no final uma tristeza se
concretiza.
Tudo era lembrança e nada
mais sobrou.
Somente resta uma vã e tola
esperança
De acreditar que se vive mais
uma trova.
Ah, jasmim doce que me
acompanhou
Como um elfo guardião das
lembranças!
Serve para avisar que o Tempo
não volta.
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