Balada do Rio Una
Valença, 16 de agosto de
2013 (18h13)
A noite deitou pesada
E carros engarrafados
Cruzam o rio Una
Com suas sombras
De fumaça metálicas.
Valença respira insegurança
E as luzes escondem-se de medo.
A Boemia refugiou-se
Nos claustros e nos silêncios,
Enquanto a poesia errante
Cambaleia por ruas tortas.
É noite em Valença
Uma neblina de medo
E indiferença cobre
As ruas como um véu morto.
Só treze estrelas vermelhas
Resistem - guerrilheiras
Esperando a aurora redentora,
Em que canções brotem
Nos sorrisos de crianças
E lágrimas felizes inundem
O rio Una com Vida.
Ah, treze estrelas vermelhas!
Como o poeta sonha
Que Valença se ilumine
Com suas esperanças!
E que desperte o lobisomem
Vingador que limpe
E regenere o velho Una
De tantos versos e vinhos!
Lobisomem, traga a aurora
Das treze estrelas vermelhas…