Ode Patética
Ricardo Vidal
Salvador, 11 de setembro de 2003
Meu coração é uma bandeira desfraldada
Em cima do infinito,
Que brada um grito aflito
Ao senhor dos céus, das terras e dos abismos.
É uma quimera suja solta no espaço-tempo,
A voar lenta e louca,
Com sua voz rude e rouca,
Pelas planícies sublimes de meus paroxismos.
É uma pantera a devorar tebanas esfinges,
Que se encontram perdidas
E jazendo esquecidas
Dentre os cometas arcanos da negra Alvorada.
Seja o que for, meu coração: tu, somente tu,
Semente ou quimera,
Estandarte ou pantera,
Irás me acompanhar insigne até o misterioso Nada…
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