Via Láctea, revisitada
(Para Mustafá
Rosemberg e Maurício Sena)
Valença; 23 de junho
de 2014 (19h33)
Ora (direis) ouvir
estrelas! Certo
Perdeste o senso! (…)
Via Láctea XIII – Olavo
Bilac
Queria eu, dos quasares quânticos, ouvir encantos
De uma sereia cósmica perdida na escuridão.
E dentre poemas, queria sentir os silenciosos cantos
Do pulsar solitário a admirar a imensidão.
Queria, com meus dedos frios, ficar dissecando
Bósons de Higgs em meio ao oriônico Cinturão.
E nesse laboratório acima de pecados miserandos,
Veria que o ser humano (coitado!) é fugaz botão.
Abro a janela para contemplar os rubros cometas
Que cruzam a distantes galáxias como mensageiros
De mistérios maiores a habitar longínquos exoplanetas.
Sim, no meio da Via Láctea, em sua placidez sideral,
Reina um bom senso e uma paz, que me faz estrangeiro
Em meio da mesquinharia de minha Humanidade natal…
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