Soneto Mélico
Salvador, 04 de maio de 2015 (21h22)
Canção! Escrevo-te como inspiração,
Como chama fugidia na madrugada.
Escrevo-te como um soneto concreto,
Feito de sal, suor e temperado aço!
Desmonte-te em iâmbicos e dáctilos,
Vou remoendo cada peça com graxa,
Na poeira das estrelas – para depois
Remontar os versos como máquinas!
E dentro da melopeia insone das flores,
Quando traduzo as metáforas em visões,
A melodia nasce e cresce como tufão!
A poesia (não duvides) é puro ritmo.
É quimera solta nas brumas da aurora,
Força bruta dos todos os Elementais.
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