Balada do Condor Baiano
(para Antônio Frederico de Castro Alves)
Salvador; 08 de março
de 2016 (23h24)
Castro Alves del Brasil,
tú para quién cantaste?
Para la flor cantaste?
Para el agua
cuya hermosura dice
palabras a las piedras?
(……………………………………)
-Canté para los
esclavos, ellos sobre los barcos
como el racimo oscuro
del árbol de la ira
viajaron, y en el puerto
se desangró el navío
dejándonos el peso de
una sangre robada.
(……………………………………)
-Cada rosa tenía un
muerto en sus raíces.
La luz, la noche, el
cielo se cubrían de llanto,
los ojos se apartaban de
las manos heridas
y era mi voz la única
que llenaba el silencio.
Castro Alves del Brasil – Pablo Neruda
Castro Alves (sem ser casto, mas gigante),
Para quem cantaste teus poemas?
Não foram apenas os olhos de Moema
Ou para relembrar do canto da ema.
Tua sombra se projeta bem distante.
Pequenino que mirava o horizonte,
Sabia que arte vinha de outra fonte,
Era da mesma têmpera de Anacreonte.
Dos sertões agrestes de Curralinho
Levantou voo jovem baiano condor.
Abriu as asas em máximo esplendor
De poeta audaz, altaneiro cantor.
E com seus cabelos em desalinho,
Aos colegas de farra, ele assombrava,
Às moçoilas em flor, ele encantava,
A todos os desmandos, ele denunciava.
Tua voz era o ribombar do trovão,
Refletia os sonhos da juventude.
Era voz da desgraçada negritude,
Sem perder estro, arte e virtude.
Era lava bruta de fogoso vulcão
Que acendia a chama republicana,
Sem s’esquecer dos beijos da baiana
Ou perder a doçura sul-americana.
Ah, Castro Alves, excelso poeta!
Com mão cheia poemas tu semeaste
Como sementes de firmes hastes
A vencer séculos e tempestades.
Tua aura de tribuno, boêmio e esteta
Já venceu a implacável eternidade.
E se hoje nos reunimos com saudade,
É pra celebrar suas nobres qualidades.
Evoê, Condor Castro Alves, Evoê!
Emocione como emocionou Neruda!
Emocione como quem, da pedra bruta
Tirou as mais belas flores do amarelo ipê.
Para quem cantaste teus poemas?
Não foram apenas os olhos de Moema
Ou para relembrar do canto da ema.
Tua sombra se projeta bem distante.
Pequenino que mirava o horizonte,
Sabia que arte vinha de outra fonte,
Era da mesma têmpera de Anacreonte.
Dos sertões agrestes de Curralinho
Levantou voo jovem baiano condor.
Abriu as asas em máximo esplendor
De poeta audaz, altaneiro cantor.
E com seus cabelos em desalinho,
Aos colegas de farra, ele assombrava,
Às moçoilas em flor, ele encantava,
A todos os desmandos, ele denunciava.
Tua voz era o ribombar do trovão,
Refletia os sonhos da juventude.
Era voz da desgraçada negritude,
Sem perder estro, arte e virtude.
Era lava bruta de fogoso vulcão
Que acendia a chama republicana,
Sem s’esquecer dos beijos da baiana
Ou perder a doçura sul-americana.
Ah, Castro Alves, excelso poeta!
Com mão cheia poemas tu semeaste
Como sementes de firmes hastes
A vencer séculos e tempestades.
Tua aura de tribuno, boêmio e esteta
Já venceu a implacável eternidade.
E se hoje nos reunimos com saudade,
É pra celebrar suas nobres qualidades.
Evoê, Condor Castro Alves, Evoê!
Emocione como emocionou Neruda!
Emocione como quem, da pedra bruta
Tirou as mais belas flores do amarelo ipê.
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