Soneto da Sereia de Botero
Baía de Todos os
Santos (F/B Maria Bethânia); 1º de março de 2016 (18h51)
A beleza dos gestos, tentação final
Beiços carnudos rubros sem nada que sobre,
Agitados quadris loucura sem igual
Mulher - Mustafá Rosemberg
A beleza dos gestos, tentação final
Beiços carnudos rubros sem nada que sobre,
Agitados quadris loucura sem igual
Mulher - Mustafá Rosemberg
Sob a luz noturna do farol escarlate,
Surge do
mar uma sereia renascentista.
Seios ebúrneos e doces, face de ametista,
Que enfeitiçava a todos: marujos e vates.
Reclinada como deusa no velho quebra-mar,
Cantava cavatinas, canções e delírios,
Sua voz
trazia o olor mágico dos lírios
Nascidos nas ondas de um novo cantar.
Ah, sereia, de um sonho de Botero, nascida!
Como não desejar seus primores
luxuriosos?
Como não se apaixonar por essa fofa beldade?
Surge assim, como uma ninfa oferecida,
Para saciar do poeta os sonetos gozosos
A serem escritos com prazer e suavidade.
P:.
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