Faz tempo que eu não via uma tempestade em Valença, durante a madrugada. Sentia saudades quando estas chuvas aconteciam na minha infância, quando minha mãe, com medo, vinha para o meu quarto chamar a mim e meu irmão para ficarmos todos juntos no quarto de meus pais.
Assim, agora que voltei a minha cidade e estando sozinho agora na casa e sem medo, restava-me ver a fúrias dos elementos através da janela semi-cerrada. Água da chuva, fogo dos raios, o vento em espiral, a terra tremendo diante das trovoadas demoníacas, tudo era um espetáculo lindo, feérico, divino e maravilhoso. Mesmo que um ou outro respingo bate-se em minha cara, nada impedia de ver esta orquestra nervosa e - por isso mesmo, encantadora.
Claro que isso não iria passar em branco: haveria de transformar essas imagens em poesia...
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