Farol dos Titãs
(sobre um quadro de Junior da Hora)
Baia de Todos os Santos, 20 de dezembro de 2011 (21h49)
O manto negro da noite se estende
Como uma volúpia canibal sobre o voraz mar.
Eis que o farol rompe distante,
Mensageiro mastodôntico da ordem e do lar.
Teus olhos luminosos perscrutam
Como lanças trágicas para além do horizonte.
E as estrelas, no alto da noite,
Responde a estes fachos com risos e rimas.
Gigante de granito e ferro,
O farol está em pé com uma sentinela,
Ao largo da velha baia,
Gritando com sua luz sobre os perigos da vida.
Ah, titã solitário no seu orgulho!
Quem me dera que eu fosse sereno como tu!
Apesar das ondas serem navalhas
Nos teus pés, nada te impede de mirar a imensidade…
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