Que venham as flores
Ricardo Vidal e Adriano Pereira
Felizmente, muito se tem falado sobre a “Ocupação Cultural”, iniciativa que surgiu e se mantêm simplesmente pela vontade de se fazer algo por Valença e pela nossa Cultura.
Cansamos de reclamar da falta de opções sem fazer nada. Deixamos a comodidade dos braços cruzados para assumir os riscos de se realizar o projeto – que felizmente está frutificando rápido. Usando uma linguagem “contemporânea”, resolvemos ser “pro-ativos”. Se for pra reclamar, que outros reclamem do que fazemos. Mas, não ficaremos lamentando, sem fazer nada!
A OCUPAÇÃO CULTURAL surgiu como uma provocação. Ocupar espaços. Ocupar o tempo. Preencher vazios… Quais vazios? Vazio de Gente. Vazio de Beleza. Vazio de Sensações. Vazio de Cultura. Ocupar a mente com o belo. Ocupar a vida com a arte. Ocupar os espaços públicos com o povo. Ocupar sem culpas aquele lugar que é nosso de direito.
O que pretende então a ocupação? Todas as artes sem censura. Todas as falas e sons sem medo. Todas as visões sem dogmas. Todos os movimentos sem divisões. Todas as imagens sem vergonha. Pretende que arte seja parte do cotidiano de nossa Valença.
No momento falta-nos tempo e espaço para analisar e descrever a grandeza que tem sido cada ocupação. Daremos apenas uma descrição sumária para quem ainda não participou entenda o funcionamento e se sinta convidado a comparecer.
A “Ocupação Cultural” acontece quinzenalmente as sextas, no Centro de Cultura, a partir das 18 horas. O espaço é aberto gratuitamente para declamação de poesias, performances, números de dança, música, exibição de curtas-metragens ou qualquer atividades artística. Todos os artistas estão convidados para expor seu trabalho durante a Ocupação Cultural.
Convidamos também a população valenciana que venha prestigiar as apresentações dos nossos artistas. Chame seus amigos, colegas, namorada, família… Abandone o poluído ambiente (infestado pelo som dos carros, música de qualidade duvidosa e feiúra) e venha deliciar-se, divertir-se, curtir uma conversa agradável, beber e degustar (em ambos os sentidos – uma vez que a cantina do Centro também estará aberta, servindo petiscos). O ambiente é para todas as idades.
Nesta sexta-feira, 13 de março, serão homenageados especialmente os baianos Castro Alves e Glauber Rocha. E contaremos com a presença do poeta soteropolitano Geraldo Maia.
Como falamos acima, outro dia analisaremos o que aconteu. Limitamo-nos a confirmar que todos que comparecem à OCUPAÇÃO CULTURAL, têm saído renovados e rejuvenescidos, querendo mais e dispostos à retornar.
Agradecemos o apoio recebido e reforçamos o convite para que todos venham conferir!
E “pra não dizer que não falei das flores”, parodiando Vandré: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”!
Nenhum comentário:
Postar um comentário