Hic Sunt Dracones
Valença; 01° de agosto de 2012 (01h54)
Cuidado,
além dos nossos olhos há o desconhecido!
O
abismo surge ante nossos pés como um horizonte em trevas
E
nenhum farol se ouve na terra dos dragões.
Todos
os dias minha estrela mira esta muralha
E
diante desta verdade medita: “Hic sunt
dracones”.
Ir além
do Bojador,
Dobrar
a esperança,
Vencer
o titã Adasmastor,
Eis o
que todas as almas almejam e lutam.
Para
isso foram feitas tuas mãos e teus olhos,
Tuas
garras e tuas asas.
Vencer!
Sonhar! Ser!
Não
temer quando uma voz mais cautelosa
Sussurra
dentre os dentes: “Hic sunt dracones”.
Entretanto
há os que preferem ficar na praia:
Vêem as ondinas chamando para a
vida.
No entanto, se recolhem ao
rebanho
Que se aninha em volta da
fogueira.
E o mais ignorante da manada
eleva a voz
Para amedontrar: “Hic sunt dracones”.
Prefiro
cortar as ondas com minha espada
E cavalgando
no cometa de Cervantes
Irei
para além do crepúsculo cítrico de Cthulhu,
Fincarei
minha bandeira nesta terra estranha.
E mesmo
lutando com dragões ou domando centauros,
Dentre
fadas e elfos, estabelecerei morada
Nesta
terra que todos fogem dizendo: “Hic sunt
dracones”.
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