Balada dos Mestres
Valença, 19 de dezembro de 2012
Poesia de todas as noites
nativas,nervosas,
navegantes;
Poesia de todos os erários
errantes,
erráticos,
rastejantes;
Poesia nossa e necessária,
fortuita,
roubada de um anelo de Zé Inácio,
furtada de uma canção de Vínicius
Que se transforma numa
Elegia eleita de Drummond,
és pedra perene em todos os caminhos de Bilac.
Poesia noite grande, noigrandes,
sem matéria, sem métrica, sem messe
Nesses campos augustos
e haroldos de Pignatári.
Poesia bandeira,
poesia www.castro.alves.ba
que é colhida madura e jovem,
como um soneto de Mustafá
rosembergueando
dentre as moças em flor-fada.
Poesia arlequim, prismática;
Poesia exponencial de Fernando, o Pessoa(s)
- heterônimo cíclico e ciclópico
que reina em campos caeiros -
É no hermetismo galego-lusitano
da Bela Flor Espanca
que se nutrem luxuriosamente
os Otávios & Motas & Amálias & Grimaldis.
Poesia prosaica, poética prosa
Que Vaz como um Galvão arakenesco,
É a fada verde que encanta a morte
Em perpétuo socorro alfrediano-neto
Nessa viagem sem fim e sem volta
da Poesia sempre, infinita poesia....
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