No fundo, é isso: você está sozinho em um sábado a noite. Resolve fazer seu jantar, então prepara (se achando um novo Adrià) aquele talharini al sugo, cujo tempero especial é um terço da garrafa de vinho tinto derramado no molho, outro terço é bebido enquanto você corta os temperos. Prepara a comida com carinho pois é o seu jantar e você está com fome. Cebola, alho, vinho, tomate, coentro, vinho, molho inglês, molho soyu, mais vinho, azeitonas, azeite e para completar... vinho. Tudo cortado bem cortadinho, devidamente marinado e depois batido no liquidificador. Fogo, pasta al dente e - voilà! Já é meia-noite. Ajeita-se a mesa, coloca o aparelho de som com aquele CD especial, com as melhores músicas de Tim Maia. Não se sabe porque, resolve desligar todas as luzes e acende as velas de um castiçal perdido no armário. Com a comida ainda fumegando, coloca-se mais uma taça de vinho (o que sobrou da garrafa, liga-se o som na faixa em que Tim Maia é mais romântico: "Azul da cor-do-mar", "Você", "These are the songs". E deixa o espírito viajar. Fora do apartamento, a metrópole ferve com seus pecados noturnas, alheia a estes fulgazes prazeres anônimos vividos cafajestemente por solitários...
Segundo dia de trabalho disciplinado na escrita do livro Mil folhas e uma
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Amigas convidadas, bom dia.
A partir de hoje dou inicio a esta partilha pelo blog do meu processo de
escrita.
E estando aqui novamente entendo que não ...
Há 3 semanas
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