Sua Majestade, O Bardo

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Valença, Bahia, Brazil
Escritor, autor do livro "Estrelas no Lago" (Salvador: Cia Valença Editorial, 2004) e coautor de "4 Ases e 1 Coringa" (Valença: Prisma, 2014). Graduado em Letras/Inglês pela UNEB Falando de mim em outra forma: "Aspetti, signorina, le diro con due parole chi son, Chi son, e che faccio, come vivo, vuole? Chi son? chi son? son un poeta. Che cosa faccio? scrivo. e come vivo? vivo."

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Antiode sobre o Amor

Anti-ode sobre o Amor

Brasília; 30 de setembro de 2014 (03h47)

Não sei qual mal ao amor fiz,
Para dele, eu provar fel e fogo.
Sei que alimentamos utopias
E nos iludimos em construir castelos
Que serão derrubados na primeira onda.
Sei que o Amor-Ideia de Platão
É mais uma sombra na caverna
E só nos poemas a alegria é absoluta.
Mas, ainda assim prosseguimos
Em quimeras mil cultivar alhures
E sonhar com princesas e fadas.
Fingimos ignorar os espinhos da rosa
E que mesma abelha dá mel e ferroada.
Insistimos ilogicamente em fazer
Do coração a morada do amor
(criança travessa que sempre será mimada).
E nos entregamos como cordeiro ao lobo…
Deixamos o cupido entrar e fazer bagunça,
Retorcer planos e sonhos e desejos,
A ponto de nos perdermos a nós mesmos!
Ah! Tudo é paixão! Tudo é Eros, Ágape, Filos!
Tudo é um amor avassalador e louco
Que nos faz, por segundo, crer no Paraíso…
Não vemos a Tempestade no horizonte
E então, aprendermos amargamente
Que amar pode ser sinônimo de sofrer.
Que os mesmos olhos que são faróis
Também podem ser perdição e gelo.
Sol e trevas caminhando junto,
Dor e Alegria, prazer e tristeza,
E quando pensamos estar imunes
Ao fogo que arde sem ser visto,
Eis que novamente o cupido vem
Para bagunçar tudo mais uma vez…
Mas, se tanto fel o amor pode produzir,
Por que sem ele a vida é mais triste?

(É o que pergunta o meu coração)

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