Lamentos do Velho Druida
Salvador, 30 de janeiro de 2000
“Estrela do crepúsculo (…) O que procura teu olhar na charneca?”
Verso ossiânico citado por Goethe em Werther.
Iº
(O Choro do Druida)
Oh! Grande mal se abatera na terra!
Não mais se acende as fogueiras de Beltane;
Não mais se colhe o visco dos carvalhos!
É o fim de Avalon!!
As velhas pedras, a hera se faz dona!
Não mais meus irmãos se reúnem
E saúdam a Grande Deusa Mãe!
É o fim de Avalon!!
Oh, mãe Morgana! Oh!, grande Merlim!
Onde estão as vossas forças, o vosso poder?
A ilha se perderas nas brumas para sempre!
É o fim de Avalon!!
IIº
(Oisím)
O velho bando já não mais se reúne
Debaixo do antigo carvalho.
Não mais o Fianna Éireann
Se encontram nas charnecas.
Oisím, onde se encontra Fingal?
De Ryno? De Alpim?
Onde se encontram os nossos irmãos?
A nossa Alegria?
O que foi feito de nossa Vida?
IIIº
(Cromlech)
Venho ao sagrado círculo de pedra;
De ancestrais tradições.
Sobre este antigo, velho cromlech
Coberto de hera,
Trago minhas parcas oferendas
A grã Deusa.
Venho ao sagrado e antigo henge
Trazer meu presente.
“Não mais os bardos se reúnem
“No Samh’in.
“Não mais, não mais se ateia
“O sacro fogo.
“O povo se esquecera dos vossos favores,
“Ó grande Deusa!
“Não mais se lembram dos feitos
“De Fingal e Oísin.
“Esqueceram o estandarte do dragão
“E de Excalibur.”
Venho, sob a luz da velha lua,
À esquecida
Mesa das minhas ancestrais tradições
E queridas visões
E pedir a velha e ignota deusa
A minha ida à Avalon.
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