2008, ano de eleições municipais. Ano de ebulição e de tormentas. Ano em que eu vivo uma de minhas paixões: a política. Principalmente quando a política trata do meu querido e desolado torrão natal.
Em alguns posts anteriores (mais precisamente os de junho), eu deixei alguns cometários sobre o tema. Deixei clara qual é a minha visão do papel do escritor (não nego minha adesão a persperctiva gramsciana do intelectual orgânico e engajado), minhas preferências pela candidatura do atual presidente da CUT-Bahia, Martiniano Costa, a prefeito de Valença e meu desagravo diante da postura do outro postulante a candidatura, cujo jeito causou antipatia e desconfiança como candidato pelo PT, partido ao qual sou filiado e não nego.
Só que fiz estes comentários ainda calor das convenções, quando os dados ainda estavão rolando e as apostas do poquer eleitoral estava sendo feitas. E agora, em pleno mês de agosto, com as candidaturas já registradas e homologadas, as cartas postas na mesa e vendo quando ganhoupor blefe ou porter uma mão forte? Como fica?? Quem eu irei votar?? Isso algum leitor - natural de minha cidade de Valença - pode me perguntar neste momento. É aí que faço uma peuena reflexão no meu blog:
Sobre a candidatura majoritária, o que temos? Apesar de Martiniano ter sido escolhido, ele preferiu renunciar a candidatura. Creio que ele fez a escolha certa. Apesar de que, a princípio, sua candidatura seria vitoriosa este ano (sua ligação com o presidente Lula e o governador Jacques Wagner, alem do que, dos candidatos de 2004, ele foi o único que não se desgastou com o troca-troca de prefeitos nesta última gestão), as ranhuras provocadas durante as eleições interna do PT (fruto de uma postura que eu achei condenável do outro pré-candidato de métodos estalinista e que fez com que ele perdesse aos meus olhos qualquer empatia pela sua campanha) minou a unidade e o prestígio do partido na cidade. Diante deste quadro, é melhor sair por cima (como ele saiu) do que participar de uma campanha que começava problemática. Só lameto que a cidade perdeu um candidato que era sabidamente democrático e socialista e que representa todos aqueles que lutam pelo mais justo, o mais ético e o melhor para Valença.
Então, como ficou a chapa majotirária do PT valenciano? Infelizmente, o outro candidato, de quem eu tinha reservas profundas, se apresentou. O tal médico stalinsita que caiu de para-quedas em valença. E agora, José Ricardo? Devo dizer que ele arrefeceu completamente meu entusiasmo para a eleição deste ano. Contudo, reconheço que ele será um bom teste para minha formação "partisan". Como militante de um partido, creio que o candidato apresentado pela minha agremiação é o que mais se assemelha as minhas convicções. Todavia, eu admito que existe uma grande diferença entre minha posição marxista democrática que defendo e a postura stalinista deste candidato. Felizmente, como o candidato a vice-prefeito é um primo meu do qual tenho confiança na honestidade e no espírito democrático e progressista, a digestão da escolha fica menos amarga.
Quanto a eleição proporcional, eu já decidi. É uma mulher, professora, sindicalista (ex-presidenta da delegacia da APLB na minha cidade) cujas idéias eu comungo e que representa todos valencianos que querem o progresso, democracia e a justiça social. Como não sei se pode divulgar nomes de candidatos num blog sem que isso acarrete penalidades à candidata, só direi que que o número dela é PT650!!! (Assim que sair o site dela, eu divulgo aqui). Com ela eu vou junto sim, por amor a minha querida e amada Valença.
Pois bem. Por enquanto, é só isso que tenho a comentar sobre a política em minha cidade, este ano. Se o candidato a prefeito não ajuda, pelo menos confio no vice e na candidata a vereadora.
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