Memórias de um Boliche Denunciado
Último domingo de novembro, o primeiro de férias da nossa turma do curso de Letras com Inglês da UNEB. Depois de um semestre duro de projetos e mais projetos de pesquisas, seminários em cima de seminários sobre a literatura anglo-irlandesa de expressão pré-céltica; tratados sobre tratados acerca de lingüística gerativista aplicada ao processo de aquisição de terceira língua altaico mongol em uma comunidade de surdo-mudos indianos da ilha de Papua Nova Guiné; alguns alunos (desculpe-me a força do hábito, Profª. Cristina, eu deveria falar em "educandos") resolvemos quebrar a estafa com uma singela partida de boliche.
Confirmada a partida, na noite anterior eu procurei informar-me na internet sobre o funcionamento o jogo, as regras, as técnicas de lançamento da bola (bem, eu só conhecia o jogo pelos desenhos dos Flintstones). Quanto ao preparo físico... Deixei por conta de vintes levantadas de copos de cerveja com os amigos, em um bar próximo de casa. Afinal, o único esporte que eu pratico é o halteroCOPIsmo... Em suma, sentia-me super-tera-hiper-mega-preparado para jogar.
Da turma de uns trinta e poucos colegas encontrei-me com três. Bem, já foi um começo rever parte da turma nas férias. Marcamos a partida no Boliche em Brotas. Cheguei cedo - somente me atrasei em trinta e cinco minutos de meu "apertamento" em Campinas de Brotas até o Brotas Center. Clarice e Kátia já estavam fazendo uma concentração tática na lanchonete em frente, malhando bastante, comendo salgadinhos e tomaando sorvetes. Não demorou muito para chegar Mauro e entrarmos no Boliche.
Jogamos três boas partidas. Clarice, que já havia treinado antes, daria uma boa técnica de um futuro time de Boliche dos estudantes de Letras da UNEB. Volta e meia derrubava todos os pinos da pista, o que lhe garantia uma boa pontuação. Kátia e Mauro se revelaram bons jogadores. Mauro, eu colocaria na posição de artilheiro em nosso futuro time: Venceu as duas partidas, a primeira com 64 pontos, contra 48 da segunda colocada (fui o último, com 26 pontos). Kátia jogava com graça e firmeza - candidata forte a capitã do nosso futuro time, "English Letras UNEB Bowling Club". Quanto a Ricardo...
Eu fui um show à parte... em trapalhadas! Na primeira vez em que lancei a bola caí de cara no chão. Meus tiros foram precisos! Em acertar as bolas nas canaletas e não marcar nenhum ponto (não sei porque isso acontecia toda vez que usei a técnica "Flintstones" de correr nas pontas dos pés e lançar a bola com toda força no final). Bem, meu vexame teria sido menor se nas últimas jogadas eu não tivesse acertado a bola em minhas pernas, o que não só me fez cair na pista como acabei jogando minha bola na pista ao lado. Alvo de risada do Boliche inteiro, eu vi que minha posição no time é de "cartola", ou seja, só devo ficar assistindo as partidas, nunca jogando!
Durante a noite nossos professores foram muito bem lembrados. Cada pino era batizado com o nome das matérias e dos trabalhos que fizemos ao longo do semestre. Como foi relaxante derrubá-los e compensarmos aquela nota baixa ou o cansaço trabalhoso de ter preparado aquele seminário! Fora isso, ainda nos embriagamos com muito suco de laranja...
Mas entre mortos e feridos, se salvaram todos e nos divertimos bastante naquela tarde. Apesar de ter meus braços até agora doendo, devido aos esforços de jogar uma bola mais pesada que eu, espero que tenha outras partidas de boliche com os colegas da turma. Até lá, eu continuarei malhando, levando minhas taças de vinhos e meus copos de cerveja...
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